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Estados Unidos procuram fonte da fuga de documentos

Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono
Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono Direitos de autor Manuel Balce Ceneta/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Manuel Balce Ceneta/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De Maria Barradas com AP
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Autoridades norte-americanas removem "céu e terra" para tentarem encontrar a fonte de onde escoaram dezenas, ou mesmo centenas, de documentos secretos

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Os serviços de segurança dos Estados Unidos estão a remover "céu e terra" para encontrarem a fonte da fuga dos documentos do Pentágono. 

O Pentágono tem conhecimento de pelo menos duas séries de fugas de informação, mas pode haver outros documentos secretos publicados anteriormente.

O secretário da Defesa, Lloyd Austin declarou: "...Tenho convocado diariamente os chefes de departamento superiores sobre a nossa resposta e dirigido um esforço urgente do departamento. Encaminhámos o assunto para o Departamento de Justiça, que abriu uma investigação criminal. Agora, não posso dizer muito mais enquanto a investigação do Departamento de Justiça estiver em curso. Mas levamos isto muito a sério e continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos excelentes aliados e parceiros. E nada nos impedirá de manter a América segura".

Há uma semana surgiram as primeiras notícias de fuga de documentos militares altamente classificados sobre a guerra da Ucrânia, colocando o Pentágono em alerta e a tentar controlar os danos. As reações das autoridades norte-americanas têm sido escassas. O porta-voz do Pentágono disse apenas que os documentos divulgados apresentam um "risco muito sério para a segurança nacional".

De que documentos se trata?

Os documentos classificados - que não foram autenticados individualmente pelos funcionários norte-americanos - vão desde diapositivos de informação que traçam as posições militares ucranianas até avaliações do apoio internacional à Ucrânia e outros tópicos sensíveis, incluindo em que circunstâncias o presidente russo Vladimir Putin poderá utilizar armas nucleares.

Não há uma resposta clara sobre quantos documentos foram divulgados. A agência de notícias Associated Press (AP) diz ter visualizado cerca de 50 documentos; algumas estimativas colocam o número total em centenas.

Lloyd Austin disse em conferência de imprensa que eram documentos que se encontravam "algures na web, onde exatamente, e quem tinha o a eles nessa altura, não sabemos. Simplesmente não sabemos".

É possível que a fuga tenha começado há alguns meses num site chamado Discord, uma plataforma de redes sociais muito popular entre as pessoas que jogam jogos online. O site Discord acolhe conversas de voz, vídeo e texto em tempo real para grupos e descreve-se como um lugar "onde se pode pertencer a um clube escolar, a um grupo de jogos, ou a uma comunidade artística mundial".

Num desses fóruns, em que se debateria a guerra na Ucrânia, um membro identificado apenas como "Lucca" partilhava documentos que afirmava serem classificados, primeiro digitando-os com os seus próprios pensamentos, depois, desde há alguns meses, carregando imagens dos próprios documentos.

Segundo a AP, que falou com um dos participantes dessses fóruns, "Lucca" terá partilhado os documentos num outro chat Discord e daí chegaram aos meios de comunicação social.

O que está a ser revelado?

Parece haver um pouco de tudo nestas fugas de informação e sobretudo a proximidade com que os EUA monitorizam a forma como os seus aliados e amigos interagem com a Rússia e a China. 

Oficiais em vários países têm negado ou rejeitado alegações dos registos divulgados. Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, classificaram como "categoricamente falsas" as alegações de que operacionais russos estarão a construir uma relação mais estreita com os EAU, a nação rica em petróleo do Médio Oriente, que alberga importantes instalações militares americanas.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio também negou a notícia do Washington Post de que o presidente do Egito ordenou aos subordinados que se preparassem secretamente para enviar até 40.000 foguetes para a Rússia, país fazia a guerra na Ucrânia. O porta-voz realça queo Egito está a manter "o não envolvimento nesta crise e a comprometer-se a manter a mesma distância com ambos os lados".

Outras fugas de informação têm sido relacionadas com alegações de que os líderes sul-coreanos estavam hesitantes em enviar cartuchos de artilharia para a Ucrânia e que o serviço de espionagem Mossad, de Israel, se opunha à proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de revisão do sistema judicial.

Financiados anualmente em 90 mil milhões de dólares, as agências de inteligência dos EUA têm poderes para inspecionar as comunicações eletrónicas, dirigir espiões e monitorizar com satélites. 

O Pentágono iniciou uma revisão interna para avaliar o impacto da fuga na segurança nacional e está também a tomar rapidamente medidas para reduzir o número de pessoas que têm o a briefings.

Separadamente, o Departamento de Justiça abriu uma investigação criminal sobre a forma como os diapositivos foram obtidos e divulgados.

Que impacto terá a fuga de informação?

Os líderes militares superiores começaram no fim de semana a ar os governos aliados para abordar as consequências.

Tanto Austin como o secretário de Estado, Antony Blinken, aram os seus homólogos na Ucrânia. Austin sugeriu que as fugas de informação não teriam grande impacto nos planos da Ucrânia para uma ofensiva de primavera.

A estratégia da Ucrânia "não será impulsionada por um plano específico". Eles têm um grande plano para começar e só o presidente Zelenskyy e a sua liderança conhecem realmente todos os detalhes desse plano", disse.

Para outras questões sensíveis destacadas nos documentos, tais como a escassez de munições de defesa aérea da Ucrânia, a própria escassez tem sido conhecida e é uma das razões pelas quais os líderes militares dos EUA têm pressionado os aliados para fornecerem quaisquer sistemas que possam, tais como os sistemas Iris-T prometidos pela Alemanha e os sistemas de defesa aérea Hawk fabricados pelos EUA, fornecidos pela Espanha.

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