{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2023/03/10/kurti-queremos-relacoes-normais-entre-o-kosovo-e-a-servia" }, "headline": "Kurti: \u0022Queremos rela\u00e7\u00f5es normais entre o Kosovo e a S\u00e9rvia\u0022", "description": "A Euronews falou com o primeiro-ministro kosovar acerca dos efeitos da guerra na Ucr\u00e2nia nos Balc\u00e3s Ocidentais e do di\u00e1logo entre o Kosovo e a S\u00e9rvia", "articleBody": "A guerra na Ucr\u00e2nia provocou tens\u00f5es na totalidade dos Balc\u00e3s Ocidentais, com a desconfian\u00e7a entre s\u00e9rvios e albano-kosovares a atingir n\u00edveis preocupantes. A Uni\u00e3o Europeia est\u00e1 profundamente preocupada com a situa\u00e7\u00e3o.\u00a0 A Euronews debateu a quest\u00e3o com o primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti. Sergio Cantone, Euronews: Quais s\u00e3o as suas expectativas para o dia 18 de Mar\u00e7o, quando ser\u00e1 retomado o di\u00e1logo com a S\u00e9rvia? Albin Kurti, primeiro-ministro do Kosovo: \u0022Dev\u00edamos ter assinado o acordo a 27 de Fevereiro. Infelizmente, o Presidente da S\u00e9rvia n\u00e3o quis . Este Tratado B\u00e1sico que foi proposto pela Uni\u00e3o Europeia, constitui um terreno s\u00f3lido para avan\u00e7ar, e esperamos finalmente alcan\u00e7\u00e1-lo a 18 de Mar\u00e7o.\u0022 Euronews: A S\u00e9rvia pede, por exemplo, que o Kosovo cumpra as obriga\u00e7\u00f5es de criar a comunidade de munic\u00edpios s\u00e9rvios no Kosovo. Essa parte do acordo negociado com a UE \u00e9 aceit\u00e1vel para si? Kurti: \u0022Estou aqui como primeiro-ministro de todos os cidad\u00e3os, apesar da nacionalidade, identidade nacional ou origem \u00e9tnica ou religiosa. Por isso, quero satisfazer todos os cidad\u00e3os de acordo com os seus direitos, necessidades e exig\u00eancias. 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Kurti: \u0022Uma grande maioria dos membros do Conselho da Europa mostra-se positiva no que diz respeito \u00e0 candidatura do Kosovo e espero que agora aceleremos os procedimentos para obter uma vota\u00e7\u00e3o final e nos tornarmos membros do Conselho da Europa. Para n\u00f3s, \u00e9 muito importante, porque seria ainda mais ben\u00e9fico para os pr\u00f3prios cidad\u00e3os do que para o pa\u00eds. No di\u00e1logo com o Presidente da S\u00e9rvia em Bruxelas, sublinho sempre que a normaliza\u00e7\u00e3o das rela\u00e7\u00f5es deve ter os cidad\u00e3os como principais benefici\u00e1rios.\u0022 Euronews: Ap\u00f3s a agress\u00e3o russa contra a Ucr\u00e2nia, temos visto as tens\u00f5es crescer nessa parte da Europa. Qual \u00e9, na sua opini\u00e3o, a rela\u00e7\u00e3o? Kurti: \u0022A Ucr\u00e2nia constitui tamb\u00e9m uma linha da frente onde a democracia, liberdade e direitos humanos est\u00e3o a ser defendidos. Houve v\u00e1rios efeitos no nosso pa\u00eds. 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Mas o que sofremos foi um genoc\u00eddio.\u0022 Euronews: Mas esse n\u00e3o \u00e9 o ponto de vista do tribunal internacional.... Kurti: \u0022Chegar\u00e1 o dia em que tamb\u00e9m os tribunais internacionais falar\u00e3o sobre isso. Infelizmente, Milosevic morreu em Haia na pris\u00e3o, sem viver o dia em que teria sido condenado.\u0022 Euronews: Mas porque \u00e9 que est\u00e1 a ligar este epis\u00f3dio \u00e0 guerra na Ucr\u00e2nia? \u00c9 do mesmo ponto de vista \u00e9tico e moral ou existe uma continuidade pol\u00edtica? Kurti: \u0022H\u00e1 aqui dois elementos importantes: em 2022, todas as semanas, o Kremlin mencionava o Kosovo. Se n\u00e3o Putin, ent\u00e3o Medvedev ou Zakharova, ou Lavrov...\u0022 Euronews: N\u00e3o se sente protegido pela presen\u00e7a da KFOR? As tropas da NATO est\u00e3o presentes no Kosovo. Kurti: \u0022O maior vizinho [a S\u00e9rvia], que n\u00e3o reconhece o pa\u00eds, que n\u00e3o se distancia de Milosevic, que n\u00e3o se distancia de Putin, que afecta 3% do nosso PIB para equipamento militar e apresenta um elevado n\u00edvel de prontid\u00e3o de combate das suas tropas junto \u00e0 fronteira, n\u00e3o pode ser negligenciado. \u00c9 claro que o Kosovo n\u00e3o est\u00e1 na NATO, \u00e9 a NATO que est\u00e1 no Kosovo. Sentimo-nos seguros. N\u00e3o temos medo, mas estamos muito vigilantes.\u0022 Euronews: Espera algum resultado positivo em termos de concess\u00f5es m\u00fatuas por ambas as partes? Kurti: \u0022Queremos rela\u00e7\u00f5es normais. Compreendemos que a normaliza\u00e7\u00e3o total das rela\u00e7\u00f5es deve ter como pe\u00e7a central o reconhecimento m\u00fatuo. N\u00e3o estou a dizer que o reconhecimento m\u00fatuo deve ser a \u00fanica coisa em cima da mesa, estou pronto para discutir todas as quest\u00f5es, de forma paciente. 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Kurti: "Queremos relações normais entre o Kosovo e a Sérvia"

Kurti: "Queremos relações normais entre o Kosovo e a Sérvia"
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De Sergio Cantone
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A Euronews falou com o primeiro-ministro kosovar acerca dos efeitos da guerra na Ucrânia nos Balcãs Ocidentais e do diálogo entre o Kosovo e a Sérvia

A guerra na Ucrânia provocou tensões na totalidade dos Balcãs Ocidentais, com a desconfiança entre sérvios e albano-kosovares a atingir níveis preocupantes. A União Europeia está profundamente preocupada com a situação. 

A Euronews debateu a questão com o primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti.

Sergio Cantone, Euronews: Quais são as suas expectativas para o dia 18 de Março, quando será retomado o diálogo com a Sérvia?

Albin Kurti, primeiro-ministro do Kosovo:"Devíamos ter assinado o acordo a 27 de Fevereiro. Infelizmente, o Presidente da Sérvia não quis . Este Tratado Básico que foi proposto pela União Europeia, constitui um terreno sólido para avançar, e esperamos finalmente alcançá-lo a 18 de Março."

Euronews: A Sérvia pede, por exemplo, que o Kosovo cumpra as obrigações de criar a comunidade de municípios sérvios no Kosovo. Essa parte do acordo negociado com a UE é aceitável para si?

Kurti:"Estou aqui como primeiro-ministro de todos os cidadãos, apesar da nacionalidade, identidade nacional ou origem étnica ou religiosa. Por isso, quero satisfazer todos os cidadãos de acordo com os seus direitos, necessidades e exigências. Mas não são possíveis soluções monoétnicas, devido à ordem jurídica da nossa república democrática."

Euronews: Sim, mas é por isso que estou a dizer que a autodeterminação está excluída. Estamos a falar de autonomia.

Kurti:"É por isso que estamos a falar de autogestão da comunidade sérvia no artigo sete do Tratado, que subscrevemos. E a autogestão da comunidade sérvia também faz referência ao Conselho da Europa como uma organização, o que significa que temos de nos referir à Convenção-Quadro sobre a Protecção dos Direitos das Minorias Nacionais. Penso que podemos fazer o mesmo no Kosovo, para não mergulharmos num etno-nacionalismo territorial como aconteceu na Bósnia."

Euronews: Teve algum sinal dos membros do Conselho da Europa de que poderá ter luz verde em breve?

Kurti:"Uma grande maioria dos membros do Conselho da Europa mostra-se positiva no que diz respeito à candidatura do Kosovo e espero que agora aceleremos os procedimentos para obter uma votação final e nos tornarmos membros do Conselho da Europa. Para nós, é muito importante, porque seria ainda mais benéfico para os próprios cidadãos do que para o país. No diálogo com o Presidente da Sérvia em Bruxelas, sublinho sempre que a normalização das relações deve ter os cidadãos como principais beneficiários."

Euronews: Após a agressão russa contra a Ucrânia, temos visto as tensões crescer nessa parte da Europa. Qual é, na sua opinião, a relação?

Kurti:"A Ucrânia constitui também uma linha da frente onde a democracia, liberdade e direitos humanos estão a ser defendidos. Houve vários efeitos no nosso país. O efeito imediato foi que os traumas da população sobre o genocídio da Sérvia jugoslava de Milosevic, na Primavera de 1999, voltaram a ressurgir."

Euronews: Não foi reconhecido como genocídio pelo tribunal. Reconheceram crimes de guerra, violência contra a população e limpeza étnica. Mas o genocídio foi sobre a Bósnia.

Kurti:"Houve um genocídio reconhecido em Srebrenica. Mas penso que não foi apenas em Srebrenica... [...] O__que nós sofremos foi um genocídio. Mulheres, crianças, mulheres grávidas foram mortas e queimadas, indiscriminadamente. E ainda não houve um [processo]."

Euronews: Os responsáveis já foram julgados...

Kurti:"Ainda não foi realizado um processo em que o Kosovo processasse a Sérvia por genocídio. Mas o que sofremos foi um genocídio."

Euronews: Mas esse não é o ponto de vista do tribunal internacional....

Kurti:"Chegará o dia em que também os tribunais internacionais falarão sobre isso. Infelizmente, Milosevic morreu em Haia na prisão, sem viver o dia em que teria sido condenado."

Euronews: Mas porque é que está a ligar este episódio à guerra na Ucrânia? É do mesmo ponto de vista ético e moral ou existe uma continuidade política?

Kurti:"Há aqui dois elementos importantes: em 2022, todas as semanas, o Kremlin mencionava o Kosovo. Se não Putin, então Medvedev ou Zakharova, ou Lavrov..."

Euronews: Não se sente protegido pela presença da KFOR? As tropas da NATO estão presentes no Kosovo.

Kurti:"O maior vizinho [a Sérvia], que não reconhece o país, que não se distancia de Milosevic, que não se distancia de Putin, que afecta 3% do nosso PIB para equipamento militar e apresenta um elevado nível de prontidão de combate das suas tropas junto à fronteira, não pode ser negligenciado. É claro que o Kosovo não está na NATO, é a NATO que está no Kosovo. Sentimo-nos seguros. Não temos medo, mas estamos muito vigilantes."

Euronews: Espera algum resultado positivo em termos de concessões mútuas por ambas as partes?

Kurti:"Queremos relações normais. Compreendemos que a normalização total das relações deve ter como peça central o reconhecimento mútuo. Não estou a dizer que o reconhecimento mútuo deve ser a única coisa em cima da mesa, estou pronto para discutir todas as questões, de forma paciente. Não quero qualquer tipo de pressa, qualquer tipo de solução rápida em detrimento da nossa segurança, paz e estabilidade a longo prazo. E mais uma vez, de boa fé, com boa vontade e intenções, estou pronto a fazer este acordo, que não tem apenas dois factores, Kosovo e Sérvia, mas também a União Europeia, que é o quadro dentro do qual negociamos e ao qual queremos aderir."

Euronews: Sim, mas a UE precisa de uma grande vitória política. Percebe que poderia dar-lhes isso?

Kurti:"Bom, não posso fazer um acordo comigo mesmo. Tenho de concluir um acordo com a Sérvia, com a UE. E, a 27 de Fevereiro, estava pronto para ."

Nome do jornalista • Sergio Cantone

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