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Cidade ucraniana de Bucha está em reconstrução

Famílias em Bucha tentam reconstruir a cidade e as respetivas vidas
Famílias em Bucha tentam reconstruir a cidade e as respetivas vidas Direitos de autor euronews
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De Valérie Gauriat
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Em Bucha, enquanto se tenta reconstruir a cidade, fazem-se denúncias sobre a situação desumana em que vivem ucranianos detidos pela Rússia

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Nas ruas devastadas de Bucha, palco de massacres notórios durante a ocupação russa no ano ado, está em curso a reconstrução.

Apesar das tragédias que aqui ocorreram, a cidade também abriu as suas portas aos refugiados das cidades mais destruídas e das zonas onde a guerra está em curso.

Casas temporárias têm vindo a alojar dezenas de pessoas do leste do país há vários meses. Nesse dia, uma associação veio distribuir ajuda alimentar à comunidade.

Tetyana Matiushenko está encarregue do centro. Ela fugiu da região de Donesk e luta no seio de uma associação pela defesa dos presos políticos para tentar salvar o seu marido, na sequência da anexação da sua cidade.

Tetyana testemunha: "A minha cidade tem estado sob ocupação desde 2014. Em 2017, porque queríamos manter a nossa cidadania ucraniana num território ocupado, o meu marido foi raptado. Ele está em cativeiro há 6 anos. Sobreviveu a um campo de concentração chamado "Izolaciya", onde permaneceu durante 10 meses. Foi submetido a torturas desumanas. Isto afetou gravemente a sua saúde. Tinha costelas partidas, órgãos queimados, devido à tortura com eletricidade.

Não há ajuda médica, não há medicamentos. Há prisioneiros que estão acamados, deitados nos seus excrementos. Os outros estão a tentar ajudar aqueles que não se podem mexer, pessoas de 75 anos de idade.

Há uma mulher em muito mau estado e a Federação Russa recusa-se a libertar estas pessoas. Pedimos a ajuda de todo o mundo, e de todos os meios de comunicação social, para denunciar estas graves violações das Convenções de Genebra. É pior do que o fascismo, o que está a acontecer agora, no século XXI, no coração da Europa".

O Conselho da Europa manifestou-se alarmado perante as condições de detenção de dezenas de cidadãos ucranianos na Rússia e na Crimeia, desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.

A esta situação acrescem os alegados crimes de guerra reportados pelas autoridades de Kiev desde o início da invasão do país, há um ano.

"Em abril ado, cerca de 10.000 casos de crimes de guerra contra civis tinham sido registados, menos de um ano depois, mais de 65.000 casos estão a ser investigados", relata a repórter da Euronews, em Bucha, Valérie Gauriat .

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