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Os movimentos sociais na Europa

Protesto dos metalurgicos, na Alemanha, reivindicando aumento salarial de 8%
Protesto dos metalurgicos, na Alemanha, reivindicando aumento salarial de 8% Direitos de autor Henning Kaiser/(c) Copyright 2022, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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O inverno tem sido marcado por movimentos sociais na Europa, particularmente em França, contra o projeto do governo de reforma das pensões.

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Recurso crucial para os sindicatos, a greve continua a ser um importante instrumento de pressão na Europa, especialmente em França, pais com longa tradição de movimentos sociais.

Em 2020, o hexágono registou a greve mais longa da sua história moderna. O país esteve literalmente num ime durante mais de 42 dias. Até os advogados protestaram contra a reforma das pensões que Emmanuel Macron já então estava a planear.

Os protestos continuam atuais, dois anos depois, tal como a intenção do governo de levar por diante a reforma.

Na Alemanha, os protestos são coordenados localmente pelo poderoso sindicato IG Mettal que, no outono ado, conseguiu alcançar um aumento salarial de 8%, o maior desde 2008 para cerca de 3,9 milhões de trabalhadores do setor da metalurgia.

"As greves têm vindo a diminuir nas últimas décadas em todos os países do hemisfério norte, com períodos de conflito intenso em alguns países, como a França, particularmente sobre reformas de instituições importantes, tais como as pensões", explica Roberto Pedersini, professor de Sociologia Económica na Universidade de Milão. "Trata-se portanto de greves 'políticas', uma vez que as contrapartidas são os governos e as suas iniciativas de reformas", afirma.

Em Portugal, as greves são também o principal recurso de luta dos sindicatos. Os meses de janeiro e fevereiro têm sido essencialmente marcados pelas greves diárias dos professores, tendo havido também outras greves setoriais, como os transportes ou enfermeiros e médicos.

A Itália também tem uma história sindical importante, mas com menos recurso a greves. Normalmente, é num dia de protesto a nível nacional, que os sindicatos denunciam as políticas governamentais.

O secretário-geral da CGIL tem os olhos postos na austeridade. Maurizio Landini, afirmou que "Bruxelas deu o OK às contas do governo de Roma, porque Meloni e o ministro da Economia apresentaram uma proposta mais austera do que a que a própria Europa estava a pedir. Ao mesmo tempo, porém, não há intervenção sobre os lucros extra".

Austeridade e Europa são duas palavras que não ouvimos juntas há mais de uma década. Foi a 14 de novembro de 2012, que, pela primeira vez na história europeia, se realizou uma greve geral em protesto contra as políticas de austeridade de Bruxelas em vários países europeus como França, Itália, Chipre, Malta, Grécia e Portugal.

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