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Guerra na Ucrânia está a "esgotar reservas" e NATO relança debate das contribuições

Soldado francês da NATO durante um exercício no leste da Roménia, em janeiro
Soldado francês da NATO durante um exercício no leste da Roménia, em janeiro Direitos de autor AP Photo/Vadim Ghirda
Direitos de autor AP Photo/Vadim Ghirda
De Francisco Marques
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Ministros da Defesa debateram em Bruxelas o apoio à defesa ucraniana a 10 dias do aniversário da invasão russa e revelaram preocupações internas perante contexto mundial

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A NATO relançou esta quarta-feira, em Bruxelas, o debate sobre o aumento da contribuição dos Estados-membros para a defesa da aliança do Atlântico norte.

Com um intenso apoio militar já há quase um ano à defesa da Ucrânia perante a invasão russa, os aliados começam a revelar preocupação pela redução do respetivo poder dissuasão e defesa.

O apoio à Ucrânia mantém-se consensual, mas não a cedência intensiva a Kiev de armamento de grande calibre, nomeadamente os agora desejados aviões de caça.

Na reunião da NATO desta quarta-feira, o ministro da Defesa dos Estados Unidos disse "ainda" haver "muito por fazer", mas deixou um aviso.

"Mesmo enquanto aceleramos para apoiar a Ucrânia nos meses críticos que se aproximam, devemos todos repor as nossas reservas para reforçar o nosso poder de dissuasão e defesa a longo prazo", afirmou Lloyd James Austin III.

Os ministros da Defesa dos atuais 30 Estados-membros da NATO, onde se inclui Portugal, acordaram em avançar com projetos multinacionais para precaver eventuais carências no respetivo arsenal da aliança dentro o atual contexto global, sublinhado pelo secretário-geral Jens Stoltenberg, para justificar um pedido de mais fundos aos aliados.

"Há uma guerra total em curso na Ucrânia, na Europa. E depois vemos a persistente ameaça terrorista e também os desafios que a China está a colocar à nossa segurança. Por isso, é óbvio que precisamos de gastar mais. A minha ideia é que em vez de mudar os 2%, deveríamos pensar antes em deixar de os ver como teto e ar a ver esses 2% do PIB como o valor de base, o mínimo [da contribuição]", perspetivou Soltenberg.

A ministra da Defesa de Portugal garantiu "apoio à Ucrânia até quando e como for possível", mas chegar aos 2% do PIB na contribuição do país para a NATO só em 2030.

Para já, Portugal antecipou a subida do orçamento para a NATO para 1,6%, valor que estava previsto apenas para 2024, mas a meta dos 2% mantém-se inalterada no final da década, assegurou a ministra Helena Carreiras, em Bruxelas.

A revisão do valor das contribuições dos aliados para a NATO será debatida na cimeira de julho, em Vilnius, na Lituânia.

Prioridade à Ucrânia

Para já, a prioridade é a defesa da Ucrânia perante uma esperada grande ofensiva russa. Dentro de 10 dias, o Kremlin assinala um ano sobre a "operação militar especial", como Vladimir Putin designou a invasão do leste ucraniano, e tem-se falado de uma grande concentração bélica do lado russo da fronteira para avançar nos próximos dias sobre os territórios ucranianos.

Perante os combates em curso, a Ucrânia tem vindo a gastar munições de grande calibre a uma velocidade maior do que aquela a que os aliados as conseguem produzir.

À medida que a Rússia intensifica os ataques no sul e no leste da Ucrânia, a urgência dos soldados ucranianos na linha da frente também aumenta e os recursos começam a escassear.

Estimativas da Defesa norte-americana apontam para que a Rússia esteja a disparar, por dia, 20 mil projéteis de artilharia. Do lado de Kiev, os números são mais modestos, a rondar no máximo os sete mil.

Ainda assim, a indústria ocidental está a ter dificuldade em acompanhar o ritmo da guerra. O conflito, alerta secretário-geral da NATO, está a "esgotar as reservas" dos aliados.

Em Bruxelas, ao lado dos ministros da Defesa da Aliança, Jens Stoltenberg reiterou o apoio da aliança a Kiev e pediu um aumento da produção para acompanhar o esforço bélico da Ucrânia.

"Os aliados da NATO estão a prestar um apoio sem precedentes à Ucrânia, para ajudar a defender o seu direito de autodefesa e, desde o início, temos vindo a trabalhar em estreita colaboração com a União Europeia os termos para apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário", assegurou.

Stoltenberg tem insistido no envio urgente de armamento, peças e combustível para a Ucrânia. Para o secretário-geral da NATO o reforço do exército ucraniano é uma prioridade quando se antevê uma ofensiva de larga escala da Rússia para assinalar de forma simbólica o primeiro aniversário da invasão.

Portugal já afirmou, no entanto, não ter capacidade para responder ao apelo do secretário-geral da NATO.  De acordo com a ministra da Defesa, Helena Carreiras, o país não pode fornecer mais armamento à Ucrânia porque tem de equilibrar o auxílio a Kiev com as capacidades portuguesas.

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