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França: Greve e protestos contra a reforma das pensões

Manifestação contra a reforma das pensões em França
Manifestação contra a reforma das pensões em França Direitos de autor CHARLY TRIBALLEAU/AFP
Direitos de autor CHARLY TRIBALLEAU/AFP
De Maria Barradas com Agências
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É a terceira jornada de greve e protestos em França contra o projeto de reforma do sistema de pensões, que a a idade da reforma de 62 para 64 anos

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A França cumpre uma terceira jornada de luta contra o projeto de reforma das pensões.

Greve geral e manifestações nas principais cidades do país é o cenário, uma vez mais, para mostrar ao governo e ao presidente Emmanuel Macron o descontentamento por uma reforma que vai adiar a idade mínima da reforma dos 62 para os 64 anos.

Jean-Luc Mélenchon, o líder do partido da extrema-esquerda, La Insumise, acusa Macron de ser responsável pela instabilidade social do país: "A menos que se tenha tornado totalmente autoritário, numa democracia, em algum momento, alguém tem de ser razoável e é necessariamente ele que tem de se tornar razoável, uma vez que é responsável por ter criado este conflito desde o início", afirmou à AFP.

O protesto afeta especialmente os transportes públicos, embora os serviços mínimos estejam a funcionar normalmente. Desta vez, no entanto, os utentes apoiam a greve e muitos estão também a cumprir a greve.

O estudante, Mohammed Toualbia, diz: "Temos de nos mobilizar porque estamos a assistir a uma crise global. Não se trata apenas da França, da Suíça ou da Alemanha. É global. É uma era pós-covid, diria eu. E quando se olha para as condições de trabalho, a crise energética, etc. Temos muito a dizer".

A greve não atingiu a magnitude dos outros dois dias de protesto, particularmente porque há férias escolares em diversas regiões do país.

Mas este é apenas mais um dia de protesto, nos muitos que os sindicatos previram na esperança de fazer travar o processo legislativo. Um novo dia de greve está marcado para o dia 14 de fevereiro.

Para além disso, há um apelo sindical a uma mobilização massiva no sábado, dia 11 de fevereiro.

O objetivo é permitir a todas as pessoas que não podem, por razões económicas ou outras, fazer greve participarem nos protestos contra a reforma.

Para apelar à mobilização, a principal central sindical sa, a CGT, publicou no Twitter uma síntese das principais greves das últimas décadas e dos resultados que foram alcançados.

Segundo os media ses, os sindicatos estão a ponderar outras jornadas de luta e, por enquanto mantêm-se unidos, mas há o risco de que essa unidade venha a quebrar-se e algumas federações queiram aumentar a pressão e extremar o conflito.

Tudo depende das concessões que o governo esteja disposto a fazer. Para já, a primeira-ministra, Elisabeth Borne cedeu apenas às exigências dos deputados republicanos sobre as longas carreiras contributivas, porque o executivo quer garantir que terá os votos da direita e do centro durante a votação do texto.

Nem o governo, nem os sindicatos estão dispostos a ceder. Se não se alcançar uma maioria na Assembleia Nacional, o texto da reforma poderá ser aprovado com recurso ao artigo 49.3 da Constituição, que permite à primeira-ministra avançar com a lei, após a aprovação da decisão em conselho de ministros.

Se a primeira-ministra decidir recorrer a esse dispositivo, a discussão do texto é imediatamente suspensa e a lei é considerada adotada, sem ser votada, a menos que seja apresentada uma moção de censura nas 24 horas seguintes.

Nesta legislatura, sem maioria parlamentar, Elisabeth Borne já recorreu dez vezes ao artigo 49.3

A greve afeta todos os serviços. Monumentos que recebem milhares visitantes, como a Torre Eiffel, estão encerrados.

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