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Ex-secretária de um campo de concentração nazi condenada aos 97 anos

A ex-secretária de um campo nazi Irmgard Furchner no tribunal, em novembro de 2021
A ex-secretária de um campo nazi Irmgard Furchner no tribunal, em novembro de 2021 Direitos de autor Christian Charisius/Pool via AP, Arquivo
Direitos de autor Christian Charisius/Pool via AP, Arquivo
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Irmgard Furchner foi considerada cúmplice de mortes em mais de 10 mil casos registados no campo de concentração de Stutthof, na atual Polónia

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Uma antiga secretária de um campo de concentração foi condenada esta terça-feira a dois anos de prisão, com pena suspensa, por um tribunal, na Alemanha, num dos últimos processos da época nazi.

Irmgard Furchner, de 97 anos, foi considerada culpada de cumplicidade de mortes em mais de 10 mil casos no campo de concentração de Stutthof, localizado na atual Polónia.

A antiga funcionária do regime nazi foi acusada num julgamento iniciado em setembro de 2021, no tribunal de Itzehoe, no norte da Alemanha.

De acordo com um porta-voz do tribunal, a arguida disse lamentar o que aconteceu e ter estado lá na altura.

Os advogados pediram para a sua cliente ser absolvida, alegando que, pelo facto de estar presente, não tinha necessariamente de saber das atrocidades cometidas.

A defesa também argumentou que as provas não tinham demonstrado, sem margem para dúvidas, que Furchner sabia das mortes sistemáticas no campo, o que significava que não havia provas de intenção, tal como exigido para a responsabilidade criminal.

O procurador considerou que Irmgard Furchner teria podido ver do seu gabinete grandes partes do campo, incluindo uma área onde chegavam novos prisioneiros, e também deve ter podido ver e cheirar o fumo proveniente da queima de corpos no crematório.

A acusação imputa a Furchner ter "ajudado e incitado os responsáveis do campo no assassinato sistemático dos prisioneiros entre junho de 1943 e abril de 1945, na sua função de estenógrafa e datilógrafa no gabinete do comandante do campo".

Dezenas de milhares de pessoas morreram em Stutthof e nos seus campos satélite, ou em marchas da morte no final da Segunda Guerra Mundial.

De acordo com a agência noticiosa alemã, DPA, o Procurador Maxi Wantzen afirmou, nos argumentos finais, que "estes processos têm um significado histórico notável".

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