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Milhares de russos contra a mobilização de Putin

Policia fez mais de 1300 detenções em poucas horas
Policia fez mais de 1300 detenções em poucas horas Direitos de autor Alexander Zemlianichenko/AP
Direitos de autor Alexander Zemlianichenko/AP
De Teresa Bizarro com Agências
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Uns protestam na rua; outros fogem do país. Russos contestam decisão de chamar de militares na reserva para combater na Ucrânia

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O presidente russo Vladimir Putin garantiu não fazer bluff e os russos acreditaram. Depois do anúncio da mobilização de reservistas para a guerra na Ucrânia, o protesto saiu à rua em várias cidades. Milhares de pessoas contestam a decisão do presidente russo. Organizações independentes contabilizaram mais de 1300 detidos, incluindo 9 jornalistas.Nas ruas, a indignação junta-se ao medo.

"A mobilização é terrível. Putin começou esta guerra. A maioria das pessoas comuns não a apoia, mas têm medo de protestar porque podem ser presas," desabafa um manifestante, em Moscovo.

A maior parte das detenções ocorreram na capital russa e em São Petersburgo, mas o retrato da contestação e da repressão repete-se um pouco por todo o país.

Kirill Rogov, um analista político citado pela Associated Press, descreveu a ordem de mobilização como uma "mistura explosiva de loucura, incompetência e desespero". Rogov diz que Putin corre o risco de perder o apoio da maioria da população russa que até agora via a guerra como algo "distante e circunscrito".

Alexander Baunov, do Carnegie Endowment for International Peace, considera que a mobilização quebrou o pacto de Putin com a sua base política que esperava que ele proporcionasse estabilidade sem a necessidade de sacrifício pessoal.

"Agora o sacrifício é necessário, e é uma violação dos acordos não escritos do ado que desencadearia mais repressões", afirma Baunov.

Russos esgotam viagens para sair do país

O receio da mobilização levou muitos a abandonar o país de imediato. Os bilhetes de avião para destinos onde os cidadãos russos não precisam de visto esgotaram em minutos.

Um dos destinos é a capital da Arménia.

À chegada a Erevan, Sergey conta que este cenário estava nos planos desde o início da guerra, em fevereiro. "Não lhe chamaria pânico - já tinha imaginado um cenário como este. Os bilhetes não custaram muito, pois provavelmente fui suficientemente rápido, e conseguimos atravessar a fronteira muito bem - simplesmente amos e voamos," desabafa.

Nikolay, com apenas 17 anos, ite que esta viagem não estava nos planos. O jovem ainda não recebeu qualquer carta do gabinete de recrutamento, mas não quis arriscar ficar. "Estou a pesquisar online o que pode ser usado para pedir imunidade e por isso saímos," afirma ainda no aeroport da capital arménia.

Esta é a primeira mobilização de reservistas russos desde a Segunda Guerra Mundial. Há 25 milhões de cidadãos que podem ser chamados. O Kremlin diz que vai mobilizar 300 mil.

Há já países europeus que estão a considerar, face a um possível êxodo em massa de cidadãos em idade de combate, limitar a concessão de vistos turísticos a cidadãos russos.

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