{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/09/19/argelia-quer-afirmar-se-no-setor-farmaceutico-em-africa" }, "headline": "Arg\u00e9lia quer afirmar-se no setor farmac\u00eautico em \u00c1frica", "description": "A Arg\u00e9lia produz 70% dos medicamentos gen\u00e9ricos consumidos no pa\u00eds,", "articleBody": "O setor farmac\u00eautico na Arg\u00e9lia tem vindo a fazer um esfor\u00e7o de transforma\u00e7\u00e3o para refor\u00e7ar a seguran\u00e7a sanit\u00e1ria da regi\u00e3o. Nas \u00faltimas d\u00e9cadas, a Arg\u00e9lia tem vindo a afirmar-se no setor farmac\u00eautico, em \u00c1frica.\u00a0 No ano ado, o pa\u00eds produziu mais de 2,5 mil milh\u00f5es de euros de medicamentos.\u00a0 As cerca de 200 unidades de produ\u00e7\u00e3o do setor farmac\u00eautico d\u00e3o resposta a quase 70% das necessidades b\u00e1sicas do pa\u00eds.\u00a0 Uma vantagem num contexto de tens\u00e3o crescente no mercado internacional dos medicamentos. A aposta nas biotecnologias Em plena pandemia, um laborat\u00f3rio foi capaz de colocar no mercado um anticoagulante destinado aos doentes de Covid-19. \u00c9 a primeira vez na Arg\u00e9lia que se produzem medicamentos biosimilares, ou seja, feitos a partir de organismos vivos. \u0022O mundo de hoje est\u00e1 a caminhar para a biotecnologia. Antecip\u00e1mos essa tend\u00eancia da mesma forma que os laborat\u00f3rios internacionais e estrangeiros, atrav\u00e9s da inova\u00e7\u00e3o no campo farmac\u00eautico, orient\u00e1mos a nossa produ\u00e7\u00e3o para produtos biosimilares e para a cria\u00e7\u00e3o de produtos a partir da cultura celular. Esse produto tinha sido importado durante 20 anos. Agora, garantimos a auto-sufici\u00eancia para o nosso pa\u00eds, para os doentes argelinos\u0022, explicou Abderrahmane Boudiba, secret\u00e1rio-geral do laborat\u00f3rio Frater-Razes. Refor\u00e7ar a auto-sufici\u00eancia gra\u00e7as \u00e0 s\u00edntese de subst\u00e2ncias org\u00e2nicas O laborat\u00f3rio argelino tem planos para acelerar as exporta\u00e7\u00f5es e quer dar mais um o para alcan\u00e7ar a auto-sufici\u00eancia do pa\u00eds ao n\u00edvel dos medicamentos: gra\u00e7as \u00e0 investiga\u00e7\u00e3o, espera em breve ser capaz de sintetizar subst\u00e2ncias org\u00e2nicas. \u0022Se realizarmos esa bioss\u00edntese, n\u00e3o precisamos de importar mat\u00e9rias primas. Fabricaremos as nossas pr\u00f3prias mat\u00e9rias-primas. aremos a assegurar a realiza\u00e7\u00e3o da bioss\u00edntese, e todo o ciclo fabrico\u0022, salientou Hamza Mansour, diretor-geral do laborat\u00f3rio. A Arg\u00e9lia realizou v\u00e1rias reformas para dinamizar o mercado dos medicamentos, e criar uma trajet\u00f3ria de crescimento para a ind\u00fastria farmac\u00eautica. Recentemente, um laborat\u00f3rio do pa\u00eds come\u00e7ou a comercializar produtos para o tratamento do cancro, o que implicou a implementa\u00e7\u00e3o de infra-estruturas complexas e investimentos maci\u00e7os. \u0022A ind\u00fastria farmac\u00eautica \u00e9 a locomotiva da ind\u00fastria em geral na Arg\u00e9lia. Nesta ind\u00fastria houve um crescimento de dois d\u00edgitos nos \u00faltimos vinte anos. O desafio \u00e9 adquirir o know-how para a produ\u00e7\u00e3o de novas tecnologias. Temos tamb\u00e9m a ambi\u00e7\u00e3o, para o pr\u00f3ximo ano, de ar \u00e0 hormonologia. E porque n\u00e3o avan\u00e7ar para os medicamentos biol\u00f3gicos num futuro pr\u00f3ximo?\u0022, sublinhou Ayadi El-Ghani, gestor de produ\u00e7\u00e3o da Biopharm. A empresa argelina possui um laborat\u00f3rio dedicado \u00e0 investiga\u00e7\u00e3o onde est\u00e1 a desenvolver novos produtos em colabora\u00e7\u00e3o com a comunidade cient\u00edfica e acad\u00e9mica argelina. O objectivo \u00e9 n\u00e3o apenas responder \u00e0 pergunta interna mas desenvolver-se \u00e0 escala global. A integra\u00e7\u00e3o do setor farmac\u00eautico ao n\u00edvel do continente africano O sector farmac\u00eautico argelino cobre 70% das necessidades da popula\u00e7\u00e3o argelina ao n\u00edvel dos gen\u00e9ricos.\u00a0 \u0022Os restantes 30% s\u00e3o produtos bastante dif\u00edceis de desenvolver, produtos inovadores. Tudo depende da inova\u00e7\u00e3o, que \u00e9 a chave do sucesso de qualquer ind\u00fastria. E para encontrar esses produtos, temos de investir em recursos humanos, em instala\u00e7\u00f5es, em centros de Investiga\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento\u0022, explicou Idir Boutmeur, chefe do centro de Investiga\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento da empresa. A melhoria dos cuidados de sa\u00fade da diabetes Uma empresa argelina tornou-se na primeira em \u00c1frica a fabricar insulina em forma de caneta. O que permitiu reduzir as importa\u00e7\u00f5es. Na Arg\u00e9lia, os cuidados de sa\u00fade associados \u00e0 diabetes representam uma parte importante da despesa da seguran\u00e7a social. \u0022\u00c9 uma t\u00e9cnica, uma tecnologia \u00fanica no nosso continente africano. \u00c9 um produto vital para o paciente argelino e para o paciente do continente africano\u0022, disse Abdelkader Amraoui, gestor da Biocare. Para desenvolver a estrat\u00e9gia na \u00e1rea da sa\u00fade, a Arg\u00e9lia conta com um laborat\u00f3rio p\u00fablico.\u00a0 O Saidal foi um das primeiras em \u00c1frica a produzir uma vacina anti-Covid-19, Coronavac, em colabora\u00e7\u00e3o com a China.\u00a0 A empresa tem os olhos postos em \u00c1frica. O objetivo \u00e9 desenvolver uma ind\u00fastria integrada \u00e0 escala de todo o continente, com centros regionais especializados. \u0022Os nossos parceiros africanos tamb\u00e9m est\u00e3o a tornar-se mais exigentes e querem que uma parte da ind\u00fastria farmac\u00eautica esteja presente nos seus pa\u00edses. O Saidal pode oferecer-lhes isso. Quando a sa\u00fade corre bem, tudo corre bem. Quando come\u00e7armos a dar seguran\u00e7a sanit\u00e1ria \u00e0s popula\u00e7\u00f5es, a seguran\u00e7a alimentar ir\u00e1 certamente seguir-se. S\u00e3o as duas \u00e1reas mais importantes para o desenvolvimento de \u00c1frica e da Arg\u00e9lia\u0022, itiu Fatoum Akacem, presidente do grupo. Um dos desafios para o futuro \u00e9 convencer os principais doadores, como a OMS, a comprar medicamentos africanos para gerar criar valor acrescentado no continente africano. ", "dateCreated": "2022-08-30T17:18:43+02:00", "dateModified": "2022-09-22T18:12:30+02:00", "datePublished": "2022-09-19T16:00:20+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F98%2F21%2F64%2F1440x810_cmsv2_6d0cce2a-8359-507d-9747-63373312c505-6982164.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "A Arg\u00e9lia produz 70% dos medicamentos gen\u00e9ricos consumidos no pa\u00eds,", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F98%2F21%2F64%2F432x243_cmsv2_6d0cce2a-8359-507d-9747-63373312c505-6982164.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Fourneris", "givenName": "Cyril", "name": "Cyril Fourneris", "url": "/perfis/821", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue fran\u00e7aise " } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Argélia quer afirmar-se no setor farmacêutico em África

Em parceria com
Argélia quer afirmar-se no setor farmacêutico em África
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Cyril Fourneriseuronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A Argélia produz 70% dos medicamentos genéricos consumidos no país,

PUBLICIDADE

O setor farmacêutico na Argélia tem vindo a fazer um esforço de transformação para reforçar a segurança sanitária da região.

Nas últimas décadas, a Argélia tem vindo a afirmar-se no setor farmacêutico, em África. No ano ado, o país produziu mais de 2,5 mil milhões de euros de medicamentos. As cerca de 200 unidades de produção do setor farmacêutico dão resposta a quase 70% das necessidades básicas do país. Uma vantagem num contexto de tensão crescente no mercado internacional dos medicamentos.

A aposta nas biotecnologias

Em plena pandemia, um laboratório foi capaz de colocar no mercado um anticoagulante destinado aos doentes de Covid-19. É a primeira vez na Argélia que se produzem medicamentos biosimilares, ou seja, feitos a partir de organismos vivos.

Se realizarmos essa biossíntese, não precisamos de importar matérias primas. Fabricaremos as nossas próprias matérias-primas. aremos a assegurar a realização da biossíntese, e todo o ciclo fabrico
Hamza Mansour

"O mundo de hoje está a caminhar para a biotecnologia. Antecipámos essa tendência da mesma forma que os laboratórios internacionais e estrangeiros, através da inovação no campo farmacêutico, orientámos a nossa produção para produtos biosimilares e para a criação de produtos a partir da cultura celular. Esse produto tinha sido importado durante 20 anos. Agora, garantimos a auto-suficiência para o nosso país, para os doentes argelinos", explicou Abderrahmane Boudiba, secretário-geral do laboratório Frater-Razes.

Reforçar a auto-suficiência graças à síntese de substâncias orgânicas

O laboratório argelino tem planos para acelerar as exportações e quer dar mais um o para alcançar a auto-suficiência do país ao nível dos medicamentos: graças à investigação, espera em breve ser capaz de sintetizar substâncias orgânicas.

"Se realizarmos esa biossíntese, não precisamos de importar matérias primas. Fabricaremos as nossas próprias matérias-primas. aremos a assegurar a realização da biossíntese, e todo o ciclo fabrico", salientou Hamza Mansour, diretor-geral do laboratório.

A Argélia realizou várias reformas para dinamizar o mercado dos medicamentos, e criar uma trajetória de crescimento para a indústria farmacêutica.

Recentemente, um laboratório do país começou a comercializar produtos para o tratamento do cancro, o que implicou a implementação de infra-estruturas complexas e investimentos maciços.

Tudo depende da inovação, que é a chave do sucesso de qualquer indústria. Temos de investir em recursos humanos, em instalações, em centros de Investigação e Desenvolvimento
Idir Boutmeur

"A indústria farmacêutica é a locomotiva da indústria em geral na Argélia. Nesta indústria houve um crescimento de dois dígitos nos últimos vinte anos. O desafio é adquirir o know-how para a produção de novas tecnologias. Temos também a ambição, para o próximo ano, de ar à hormonologia. E porque não avançar para os medicamentos biológicos num futuro próximo?", sublinhou Ayadi El-Ghani, gestor de produção da Biopharm.

A empresa argelina possui um laboratório dedicado à investigação onde está a desenvolver novos produtos em colaboração com a comunidade científica e académica argelina. O objectivo é não apenas responder à pergunta interna mas desenvolver-se à escala global.

A integração do setor farmacêutico ao nível do continente africano

O sector farmacêutico argelino cobre 70% das necessidades da população argelina ao nível dos genéricos. "Os restantes 30% são produtos bastante difíceis de desenvolver, produtos inovadores. Tudo depende da inovação, que é a chave do sucesso de qualquer indústria. E para encontrar esses produtos, temos de investir em recursos humanos, em instalações, em centros de Investigação e Desenvolvimento", explicou Idir Boutmeur, chefe do centro de Investigação e Desenvolvimento da empresa.

Quando a saúde corre bem, tudo corre bem. Quando começarmos a dar segurança sanitária às populações, a segurança alimentar irá certamente seguir-se. São as duas áreas mais importantes para o desenvolvimento de África e da Argélia
Fatoum Akacem

A melhoria dos cuidados de saúde da diabetes

Uma empresa argelina tornou-se na primeira em África a fabricar insulina em forma de caneta. O que permitiu reduzir as importações. Na Argélia, os cuidados de saúde associados à diabetes representam uma parte importante da despesa da segurança social.

"É uma técnica, uma tecnologia única no nosso continente africano. É um produto vital para o paciente argelino e para o paciente do continente africano", disse Abdelkader Amraoui, gestor da Biocare.

Para desenvolver a estratégia na área da saúde, a Argélia conta com um laboratório público. O Saidal foi um das primeiras em África a produzir uma vacina anti-Covid-19, Coronavac, em colaboração com a China. A empresa tem os olhos postos em África. O objetivo é desenvolver uma indústria integrada à escala de todo o continente, com centros regionais especializados.

"Os nossos parceiros africanos também estão a tornar-se mais exigentes e querem que uma parte da indústria farmacêutica esteja presente nos seus países. O Saidal pode oferecer-lhes isso. Quando a saúde corre bem, tudo corre bem. Quando começarmos a dar segurança sanitária às populações, a segurança alimentar irá certamente seguir-se. São as duas áreas mais importantes para o desenvolvimento de África e da Argélia", itiu Fatoum Akacem, presidente do grupo.

Um dos desafios para o futuro é convencer os principais doadores, como a OMS, a comprar medicamentos africanos para gerar criar valor acrescentado no continente africano.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notícia

Notícias relacionadas

Como a Argélia transformou o deserto num terreno agrícola fértil