{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/09/13/todos-os-arguidos-no-processo-dos-incendios-de-pedrogao-grande-foram-absolvidos" }, "headline": "Todos os arguidos no processo dos inc\u00eandios de Pedr\u00f3g\u00e3o Grande foram absolvidos", "description": "Em causa estavam crimes de homic\u00eddio por neglig\u00eancia e ofensa \u00e0 integridade f\u00edsica por neglig\u00eancia, num processo onde o Minist\u00e9rio P\u00fablico contabilizou 63 mortos", "articleBody": "Todos os onze arguidos foram absolvidos pelo Tribunal Judicial de Leiria de responsabilidades criminais nos tr\u00e1gicos inc\u00eandios de Pedr\u00f3g\u00e3o Grande, de 2017, em que morreram 63 pessoas, contabilizadas pelo minist\u00e9rio P\u00fablico. \u0022Acordam os ju\u00edzes que comp\u00f5em este tribunal coletivo em julgar a pron\u00fancia, a acusa\u00e7\u00e3o e as acusa\u00e7\u00f5es particulares totalmente improcedentes e n\u00e3o provadas, e absolver os arguidos da pr\u00e1tica de todos os crimes\u0022, disse a presidente do coletivo de ju\u00edzes, Maria Clara Santos, na leitura do ac\u00f3rd\u00e3o, esta ter\u00e7a-feira. Em causa estavam crimes de homic\u00eddio por neglig\u00eancia e ofensa \u00e0 integridade f\u00edsica por neglig\u00eancia, alguns dos quais graves. Os ju\u00edzes do Tribunal de Leiria onde decorreu o processo do mais mort\u00edfero inc\u00eandio florestal em Portugal concluiram que \u0022as fatalidades aconteceram e aconteceriam\u0022 independentemente das a\u00e7\u00f5es dos autarcas, bombeiros e empres\u00e1rios. Entre os arguidos, estavam o comandante dos Bombeiros Volunt\u00e1rios de Pedr\u00f3g\u00e3o Grande, Augusto Arnaut, que era \u00e0 data o respons\u00e1vel pelas opera\u00e7\u00f5es de socorro, e dois funcion\u00e1rios da antiga EDP Distribui\u00e7\u00e3o (atual E-REDES), Jos\u00e9 Geria e Casimiro Pedro, tidos como respons\u00e1veis da empresa que geria a linha de m\u00e9dia tens\u00e3o Lous\u00e3-Pedr\u00f3g\u00e3o, onde ocorreram descargas el\u00e9tricas que desencadearam os inc\u00eandios. Arnaut confessou estar \u0022aliviado\u0022 mas sublinhou que era a decis\u00e3o que esperava, pois foi feito \u0022tudo\u0022 para tentar evitar a trag\u00e9dia. Tr\u00eas funcion\u00e1rios da Ascendi (Jos\u00e9 Rev\u00e9s, Ugo Berardinelli e Rog\u00e9rio Mota) estavam tamb\u00e9m acusados devido ao facto de a empresa deter a subconcess\u00e3o rodovi\u00e1ria do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional (EN) 236-1, onde ocorreu a maioria das mortes e que ficou conhecida \u00e0 data como a \u0022estrada da morte\u0022. Os ex-presidentes das C\u00e2maras de Castanheira de Pera e Pedr\u00f3g\u00e3o Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, o antigo vice-presidente da C\u00e2mara de Pedr\u00f3g\u00e3o Grande Jos\u00e9 Gra\u00e7a e a ent\u00e3o respons\u00e1vel pelo Gabinete Florestal deste munic\u00edpio, Margarida Gon\u00e7alves, estavam igualmente entre os arguidos, assim como o presidente da C\u00e2mara de Figueir\u00f3 dos Vinhos, Jorge Abreu. O Tribunal frisou, no entanto, que havia meios de combate \u00e0s chamas que podiam ter sido usados e n\u00e3o foram. J\u00e1 os advogados de familiares das v\u00edtimas falam em \u0022injusti\u00e7a\u0022. O presidente portugu\u00eas, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu afirmando que \u0022o que a justi\u00e7a decide est\u00e1 decidido, a menos que haja recursos do Minist\u00e9rio P\u00fablico e n\u00e3o seja uma decis\u00e3o final\u0022. O inc\u00eandio que chocou o pa\u00eds, em junho de 2017, fez 63 mortos - inclu\u00edndo um bombeiro - e 44 feridos. ", "dateCreated": "2022-09-13T13:56:56+02:00", "dateModified": "2022-09-13T23:04:33+02:00", "datePublished": "2022-09-13T19:02:16+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F01%2F37%2F32%2F1440x810_cmsv2_968a884a-8f38-537b-a95e-f84081c49b0b-7013732.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Imagem da chamada \u0022estrada da morte\u0022 resultante dos inc\u00eandios de Pedr\u00f3g\u00e3o Grande", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F01%2F37%2F32%2F432x243_cmsv2_968a884a-8f38-537b-a95e-f84081c49b0b-7013732.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Todos os arguidos no processo dos incêndios de Pedrógão Grande foram absolvidos

Imagem da chamada "estrada da morte" resultante dos incêndios de Pedrógão Grande
Imagem da chamada "estrada da morte" resultante dos incêndios de Pedrógão Grande Direitos de autor AP Photo/Armando França/Arquivo
Direitos de autor AP Photo/Armando França/Arquivo
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Em causa estavam crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, num processo onde o Ministério Público contabilizou 63 mortos

PUBLICIDADE

Todos os onze arguidos foram absolvidos pelo Tribunal Judicial de Leiria de responsabilidades criminais nos trágicos incêndios de Pedrógão Grande, de 2017, em que morreram 63 pessoas, contabilizadas pelo ministério Público.

"Acordam os juízes que compõem este tribunal coletivo em julgar a pronúncia, a acusação e as acusações particulares totalmente improcedentes e não provadas, e absolver os arguidos da prática de todos os crimes", disse a presidente do coletivo de juízes, Maria Clara Santos, na leitura do acórdão, esta terça-feira.

Em causa estavam crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves.

Os juízes do Tribunal de Leiria onde decorreu o processo do mais mortífero incêndio florestal em Portugal concluiram que "as fatalidades aconteceram e aconteceriam" independentemente das ações dos autarcas, bombeiros e empresários.

Entre os arguidos, estavam o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, que era à data o responsável pelas operações de socorro, e dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro, tidos como responsáveis da empresa que geria a linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios.

Arnaut confessou estar "aliviado" mas sublinhou que era a decisão que esperava, pois foi feito "tudo" para tentar evitar a tragédia.

Três funcionários da Ascendi (José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota) estavam também acusados devido ao facto de a empresa deter a subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional (EN) 236-1, onde ocorreu a maioria das mortes e que ficou conhecida à data como a "estrada da morte".

Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, o antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estavam igualmente entre os arguidos, assim como o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.

O Tribunal frisou, no entanto, que havia meios de combate às chamas que podiam ter sido usados e não foram.

Já os advogados de familiares das vítimas falam em "injustiça".

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu afirmando que "o que a justiça decide está decidido, a menos que haja recursos do Ministério Público e não seja uma decisão final".

O incêndio que chocou o país, em junho de 2017, fez 63 mortos - incluíndo um bombeiro - e 44 feridos.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Incêndios em Vila Real e Ourém

Pedrógão Grande dois anos depois da tragédia

Incêndios florestais não dão descanso aos bombeiros portugueses