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Os desafios socioeconómicos do sul de Itália

Jardim na Catânia, Sicília, Itália
Jardim na Catânia, Sicília, Itália Direitos de autor Salvatore Cavalli/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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O novo governo italiano terá pela frente tarefas difícieis como a redução das assimetrias e particularmente a resolução da crise socioeconómica do sul

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A Itália recebeu a maior fatia dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) acordados pela União Europeia na sequência da pandemia da Covid-19 e a forma como esses fundos vão ser utilizados é o grande tema da campanha eleitoral

A equação principal é a de colmatar a diferença de nível de vida entre o norte e o sul.

A Sicília, a região que mais tem recebido, aposta na conclusão de infraestruturas há muito iniciadas, como a rede ferroviária, mas os desafios são enormes, como refere o Assessor para as Infraestruturas da Região da Sicília, Marco Falcone.

"Por um lado não há profissionais suficientes [para istrar os fundos] e os municípios locais têm de se organizar de alguma forma... Por outro, o PRR e , os fundos nacionais de recuperação não são suficientes para cobrir todas as necessidades no setor das infraestruturas identificadas inicialmente. Se as estradas e autoestradas estiverem a ser deixadas de fora e as intervenções apenas disserem respeito a uma parte da rede ferroviária, o risco é não atingir o objetivo".

Mais de 230 milhões de euros serão investidos principalmente na restauração de edifícios de habitação social em toda a região.

A repórter da Euronews, Giorgia Orlandi visitou um bairro onde se encontram alguns destes edifícios e refere: "Aqui, no sul, os projetos que estão a ser financiados utilizando fundos pós-pandemia incluem propriedades confiscadas à máfia, como esta. Nos anos 80 este era um supermercado que pertencia a um dos chefes mafiosos mais poderosos da zona que será transformado numa instalação para ajudar as famílias com maiores dificuldades económicas.

São 600 metros quadrados que vão ser utilizados na ajuda à economia local. O assessor da comuna da Catânia para os bens confiscados à Máfia, Michel Cristaldi, explica o contexto socioeconómico.

"É um símbolo da luta contra o crime mafioso que será utilizado numa atividade social importante de inclusão e assistência a muitos residentes necessitados nesta zona. Aqui as organizações criminosas continuam fortes e tendem a recrutar jovens que depois seguem a via da ilegalidade".

O professor de Economia Política da Universidade da Catânia, Maurizio Caserta, refere a falta de competências na região.

"O problema é como transformar estes recursos em resultados concretos. Isto requer competências de planeamento, regras claras e transparência nos procedimentos da istração pública... Todos estes aspetos faltam aqui. Fazer uma transferência bancária não é suficiente, é apenas o ponto de partida e temos de mostrar à UE que estamos à altura da tarefa".

Resolver as assimetrias em Itália e particularmente a crise económica e social no sul do país é ainda um caminho longo, que o plano nacional de recuperação e os fundos da União Europeia não conseguem acompanhar em toda a sua dimensão.

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