{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/06/09/mulheres-mocambicanas-lutam-contra-violencia" }, "headline": "Mulheres mo\u00e7ambicanas lutam contra viol\u00eancia", "description": "ONG LeMuSiCa sensibiliza sociedade no centro do pa\u00eds para costumes que normalizam agress\u00f5es", "articleBody": "Cenas de viol\u00eancia \u00a0fazem parte do quotidiano de muitas mulheres em Mo\u00e7ambique , em especial nos meios rurais, onde as sociedades s\u00e3o marcadamente patriarcais. Na pequena aldeia de Manhene , na prov\u00edncia de Manica , perto da fronteira com o Zimbabu\u00e9 , a organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental LeMuSiCa , acr\u00f3nimo de Levante-se Mulher e Siga o seu Caminho , colocou em marcha um projeto que visa dar poder as mulheres e sensibilizar a sociedade para a viol\u00eancia baseada no g\u00e9nero. Uma agress\u00e3o onde o inimigo est\u00e1, por vezes, na pr\u00f3pria casa e por vezes, dentro de cada um. \u0022Antes de come\u00e7armos a trabalhar com a LeMuSiCa, as mulheres n\u00e3o viam a viol\u00eancia como opress\u00e3o. Elas viam esta viol\u00eancia como parte de uma cultura que, quando algu\u00e9m se casa, qualquer dano que lhes seja feito \u00e9 visto como normal, porque fazia parte de uma cultura\u0022 , conta a coordenadora do Grupo de Mulheres de Manhene. Elisa Eduardo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estat\u00edstica de Mo\u00e7ambique , em 2020, mais de 15100 mulheres foram v\u00edtimas de viol\u00eancia no pa\u00eds, 4015 eram meninas. No entanto, a maior parte dos casos n\u00e3o chega a ser reportado \u00e0s autoridades. Mas esta realidade ultraa as fronteiras mo\u00e7ambicanas, como sublinha a diretora da LeMuSiCa, Achia Anaiva: \u0022H\u00e1 viol\u00eancia em casa, na rua, em todo o lado. \u00c9 o resultado do sistema que temos nesta prov\u00edncia e em \u00c1frica. Um sistema patriarcal que na maior parte das vezes nos educa na ideia de que estas mulheres n\u00e3o t\u00eam voz, que estas mulheres n\u00e3o t\u00eam poder de decis\u00e3o, que n\u00e3o t\u00eam nada de importante a fazer na vida. O problema de uma mulher \u00e9 o problema de todas as mulheres. Defendemos esta luta para que as mulheres deixem a humilha\u00e7\u00e3o para tr\u00e1s, que aprendam sobre os seus direitos, que lutem por estes direitos, e para que haja igualdade de g\u00e9nero.\u0022 ", "dateCreated": "2022-06-09T13:30:38+02:00", "dateModified": "2022-06-11T06:00:18+02:00", "datePublished": "2022-06-09T18:10:39+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F76%2F58%2F44%2F1440x810_cmsv2_83760c68-5c71-5537-b592-f3b3159e0d2e-6765844.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A LeMuSiCa apoia mulheres v\u00edtimas de viol\u00eancia dom\u00e9stica", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F76%2F58%2F44%2F432x243_cmsv2_83760c68-5c71-5537-b592-f3b3159e0d2e-6765844.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Mulheres moçambicanas lutam contra violência

A LeMuSiCa apoia mulheres vítimas de violência doméstica
A LeMuSiCa apoia mulheres vítimas de violência doméstica Direitos de autor ALFREDO ZUNIGA/AFP or licensors
Direitos de autor ALFREDO ZUNIGA/AFP or licensors
De euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

ONG LeMuSiCa sensibiliza sociedade no centro do país para costumes que normalizam agressões

PUBLICIDADE

Cenas de violência fazem parte do quotidiano de muitas mulheres em Moçambique, em especial nos meios rurais, onde as sociedades são marcadamente patriarcais.

Na pequena aldeia de Manhene, na província de Manica, perto da fronteira com o Zimbabué, a organização não-governamental LeMuSiCa, acrónimo de Levante-se Mulher e Siga o seu Caminho, colocou em marcha um projeto que visa dar poder as mulheres e sensibilizar a sociedade para a violência baseada no género. Uma agressão onde o inimigo está, por vezes, na própria casa e por vezes, dentro de cada um.

"Antes de começarmos a trabalhar com a LeMuSiCa, as mulheres não viam a violência como opressão. Elas viam esta violência como parte de uma cultura que, quando alguém se casa, qualquer dano que lhes seja feito é visto como normal, porque fazia parte de uma cultura", conta a coordenadora do Grupo de Mulheres de Manhene. Elisa Eduardo.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique, em 2020, mais de 15100 mulheres foram vítimas de violência no país, 4015 eram meninas. No entanto, a maior parte dos casos não chega a ser reportado às autoridades.

Mas esta realidade ultraa as fronteiras moçambicanas, como sublinha a diretora da LeMuSiCa, Achia Anaiva:

"Há violência em casa, na rua, em todo o lado. É o resultado do sistema que temos nesta província e em África. Um sistema patriarcal que na maior parte das vezes nos educa na ideia de que estas mulheres não têm voz, que estas mulheres não têm poder de decisão, que não têm nada de importante a fazer na vida. O problema de uma mulher é o problema de todas as mulheres. Defendemos esta luta para que as mulheres deixem a humilhação para trás, que aprendam sobre os seus direitos, que lutem por estes direitos, e para que haja igualdade de género."

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Contestação à violência contra mulheres no México

ONU denuncia violência sexual como arma de guerra na Ucrânia

Eliminar a violência contra as mulheres