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Em entrevista exclusiva \u00e0 Euronews o Secret\u00e1rio-geral da Organiza\u00e7\u00e3o Africana de Produtores de Petr\u00f3leo (OAPP), Omar Ibrahim, considerou a transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tic a uma quest\u00e3o ideol\u00f3gica e disse n\u00e3o acreditar que seja uma quest\u00e3o que poder\u00e1 fazer com que os investidores tradicionais na ind\u00fastria do petr\u00f3leo e g\u00e1s, em \u00c1frica, alterem o seu posicionamento. Omar Ibrahim acrescentava que, ainda assim, as atividades das petrol\u00edferas e as\u00a0empresas de g\u00e1s natural no continente africano \u0022ajudaram a trazer receitas aos governos e \u00e9 com os quais estas receitas que gerem as istra\u00e7\u00f5es locais\u201d \u00a0. Deficit na produ\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo em \u00c1frica A aus\u00eancia de investimento no setor de petr\u00f3leo e g\u00e1s em \u00c1frica, ao longo dos \u00faltimos anos, provocou um decl\u00ednio acentuado na produ\u00e7\u00e3o. Com o embargo parcial do petr\u00f3leo e g\u00e1s russo, a Organiza\u00e7\u00e3o dos Pa\u00edses Exportadores de Petr\u00f3leo ( OPEP ) e os seus aliados estabeleceram uma meta para atender uma maior cota do mercado global, mas n\u00e3o aconteceu, o que ter\u00e1 provocado uma subida do pre\u00e7o do barril de petr\u00f3leo em mar\u00e7o para m\u00e1ximos de 2008, quando o barril de petr\u00f3leo chegou a ser transacionado por 139 USD. No mesmo m\u00eas, Angola e Nig\u00e9ria, segundo dados da OPEP, foram respons\u00e1veis por quase metade do deficit no fornecimento de petr\u00f3leo ao mercado global. Ainda assim, o diretor da Corpora\u00e7\u00e3o Nacional de Petr\u00f3leo da Nig\u00e9ria, Mele Kyari, garantiu que as consequ\u00eancias das \u201ctens\u00f5es pol\u00edticas entre a R\u00fassia e a Ucr\u00e2nia\u201d n\u00e3o afetaram a ind\u00fastria local apesar de reconhecer que h\u00e1 ruturas no abastecimento do mercado global. Novos Investimentos nas Energias Renov\u00e1veis Depois de quase 14 anos de desinvestimento no setor, devido aos pre\u00e7os baixos do barril de petr\u00f3leo, a procura por novas fontes de energia para substituir o g\u00e1s russo , anima agora as tradicionais multinacionais que renovam o seu interesse em investir em \u00c1frica no setor das energias renov\u00e1veis. Olivier Jouny, diretor-geral da Total Angola, em entrevista exclusiva \u00e0 Euronews, disse que sua a multinacional tem um claro interesse em atingir a neutralidade de carbono at\u00e9 2050 e para isso redefiniu a sua estrat\u00e9gia em \u00c1frica. 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África debate financiamento do setor petrolífero em Luanda

8º Congresso e Exposição de Petróleo de África, Luanda
8º Congresso e Exposição de Petróleo de África, Luanda Direitos de autor AMPE ROGÉRIO/ 2022 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Direitos de autor AMPE ROGÉRIO/ 2022 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De Neusa e Silva com Lusa
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8º Congresso do Petróleo Africano reúne os principais Produtores e Exportadores de Petróleo deste continente em Luanda, a capital de Angola.

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Os principais Produtores e Exportadores de Petróleo de África estão reunidos até 19 de maio em Luanda, capital de Angola. Procuram novas soluções para aumentar o investimento no setor petrolífero e para alavancar a transição energética.

Em entrevista exclusiva à Euronews o Secretário-geral da Organização Africana de Produtores de Petróleo (OAPP), Omar Ibrahim, considerou a transição energética uma questão ideológica e disse não acreditar que seja uma questão que poderá fazer com que os investidores tradicionais na indústria do petróleo e gás, em África, alterem o seu posicionamento.

“Hoje, estão a acontecer muitas coisas no mundo que nos fazem acreditar que não estão a levar a sério a transição energética porque quando a segurança do interesse nacional, a segurança energética é ameaçada, esquecem qualquer transição e vêm pedir mais petróleo e gás e até mesmo carvão".
Omar Ibrahim
Secretário-geral da Organização Africana de Produtores de Petróleo

Omar Ibrahim acrescentava que, ainda assim, as atividades das petrolíferas e as empresas de gás natural no continente africano "ajudaram a trazer receitas aos governos e é com os quais estas receitas que gerem as istrações locais” .

Deficit na produção de petróleo em África

A ausência de investimento no setor de petróleo e gás em África, ao longo dos últimos anos, provocou um declínio acentuado na produção.

Com o embargo parcial do petróleo e gás russo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados estabeleceram uma meta para atender uma maior cota do mercado global, mas não aconteceu, o que terá provocado uma subida do preço do barril de petróleo em março para máximos de 2008, quando o barril de petróleo chegou a ser transacionado por 139 USD.

No mesmo mês, Angola e Nigéria, segundo dados da OPEP, foram responsáveis por quase metade do deficit no fornecimento de petróleo ao mercado global.

Ainda assim, o diretor da Corporação Nacional de Petróleo da Nigéria, Mele Kyari, garantiu que as consequências das “tensões políticas entre a Rússia e a Ucrânia” não afetaram a indústria local apesar de reconhecer que há ruturas no abastecimento do mercado global.

“Sem dúvida que a tensão política entre a Rússia e a Ucrânia causou ruturas de abastecimento no mercado e, por conseguinte, há escassez de abastecimento, mas não afeta a Nigéria porque temos um nível elevado de petróleo bruto, que é sempre exigido pelo mercado para mistura com outras produções de petróleo bruto no mundo” .
Mele Kyari
Diretor da Corporação Nacional de Petróleo da Nigéria

Novos Investimentos nas Energias Renováveis

Depois de quase 14 anos de desinvestimento no setor, devido aos preços baixos do barril de petróleo, a procura por novas fontes de energia para substituir o gás russo, anima agora as tradicionais multinacionais que renovam o seu interesse em investir em África no setor das energias renováveis.

Olivier Jouny, diretor-geral da Total Angola, em entrevista exclusiva à Euronews, disse que sua a multinacional tem um claro interesse em atingir a neutralidade de carbono até 2050 e para isso redefiniu a sua estratégia em África.

“Nós somos uma Companhia multienergias com a ambição muito clara de atingir a neutralidade de carbono até 2050. (...) Isso, significa que não vamos parar a produção de gás e petróleo, (...) porque foi o nosso business durante vários anos. Vamos continuar a fazer isso de forma diferente, com projetos de baixos custos e baixo carbono. Isso é importante e vai ser toda a nossa estratégia em Angola e África”.
Olivier Jouny
Diretor-geral da Total Angola

Uma das conclusões saídas do 8º Congresso e Exposição de Petróleo de África (CAPE VIII), que decorre de 16 a 19 de Maio em Luanda, Angola, é que para já os principais países produtores de petróleo em África não produzem o suficiente para atender à procura resultante do embargo do petróleo e gás russo. Mas item haver um maior interesse por parte dos investidores no setor de petróleo e gás em África.

O Congresso é uma iniciativa da Organização Africana dos Produtores de Petróleo (OAPP) em parceria com o Governo de Angola e a AME Trade Ltd e tem como tema central a Transição Energética, desafios e oportunidades na indústria africana de petróleo e gás.

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