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A "Candidata do Povo"

Marine Le Pen
Marine Le Pen Direitos de autor Daniel Cole/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Daniel Cole/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De Anelise Borges
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Apoiantes de Marine Le Pen falam de uma “candidata do povo”, em contraste com um “candidato dos ricos, que despreza o seu povo”

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Na reta final das presidenciais sas, a líder da extrema-direita pediu no norte do país, à classe operária, para ser a "maioria silenciosa" que mude o destino de França. “Se a maioria silenciosa sair do silêncio e votar, irá triunfar. Deixará finalmente de ter políticas que lhe são impostas, que a arruínam e que a rebaixam”, disse Marine Le Pen.

A candidata deixou uma mensagem “aos que são tentados por uma abstenção estéril”: “De que serve gritar em todo o lado a Macron para que se demita, quando dentro de três dias podem despedi-lo sem ter de pedir autorização?”.

A mensagem faz eco entre os apoiantes, conscientes de que Le Pen nunca esteve tão perto do palácio do Eliseu. Falam de uma “candidata do povo”, em contraste com um “candidato dos ricos, que despreza o seu povo”.

Uma vitória de Le Pen enviaria ondas de choque a todos os estados-membros da União Europeia, estrutura que a candidata prometeu reformar radicalmente se ganhar o poder. E França também poderá reorientar os seus interesses, virando-se nomeadamente para a Rússia, país com o qual são públicas as relações estreitas de Marine Le Pen, em particular no que diz respeito ao financiamento político.

Camille Vigogne, jornalista da revista l’Express, lembra que Le Pen “alinhou todas as posições de movimentos com as do Kremlin, desde a saída do comando militar da NATO, até à crítica sistemática de todas as sanções europeias contra a Rússia”. Camille Vigogne sublinha que Le Pen reconheceu a legitimidade do referendo para a independência da Crimeia, um processo que toda a comunidade internacional considera ilegal. Reuniões secretas com Vladimir Putin e pelo menos dois empréstimos de bancos russos são bons exemplos da relação que a candidata da União Nacional mantém com Moscovo. "Estamos a falar de valores muito elevados. No total, os dois empréstimos contraídos por Le Pen na Rússia ascendem a 11 milhões de euros. E uma grande parte destes empréstimos ainda não foi reembolsada”, destaca a jornalista.

Para os eleitores de Marine Le Pen, a proximidade com a Rússia e com Vladimir Putin não parece ser uma prioridade. Os ses estão mais preocupados com o poder de compra e com o facto do dinheiro não chegar ao fim do mês. Por agora, não se preocupam com o realinhamento diplomático que a França deverá realizar se Le Pen vencer.

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