{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/02/26/guerra-na-ucrania-dia-3-o-cerco-a-capital-intensifica-se-diante-de-uma-forte-resistencia" }, "headline": "Guerra na Ucr\u00e2nia, Dia 3: Estados Unidos enviam armas para o combate \u00e0 invas\u00e3o russa", "description": "Ao terceiro dia de invas\u00e3o, as for\u00e7as afetas ao Kremlin est\u00e3o h\u00e1 dois a tentar tomar a capital. Presidente Zelenskyy mant\u00e9m-se firme e apela \u00e0 defesa da liberdade da p\u00e1tria", "articleBody": "Ao terceiro dia da invas\u00e3o russa da Ucr\u00e2nia, as for\u00e7as afetas ao Kremlin j\u00e1 levam dois a tentar tomar a capital Kiev, mas parecem estar a ser travadas por uma forte resist\u00eancia dos militares ucranianos e das mil\u00edcias civis da cidade, que continuam a lutar contra a agress\u00e3o ordenada na madrugada de quinta-feira por Vladimir Putin. Resposta russa \u00e0s san\u00e7\u00f5es A luta \u00e0 desinforma\u00e7\u00e3o O balan\u00e7o de v\u00edtimas Os Estados Unidos v\u00e3o contribuir para o pacote de armamento a enviar por alguns pa\u00edses europeus para a Ucr\u00e2nia. A ajuda vai incluir armas antitanques, armas ligeiras, armaduras de prote\u00e7\u00e3o e diversas muni\u00e7\u00f5es, anunciou o Departamento de Defesa norte-americano, falando de um refor\u00e7o adicional de 350 milh\u00f5es de d\u00f3lares autorizado pelo Presidente Joe Biden. A For\u00e7a A\u00e9rea do Brasil tem dois avi\u00f5es KC-390 Millenium prontos para uma poss\u00edvel opera\u00e7\u00e3o de resgate de cidad\u00e3os brasileiros retidos na Ucr\u00e2nia . \u0022As aeronaves s\u00e3o do mesmo modelo das utilizadas noutras miss\u00f5es humanit\u00e1rias internacionais\u0022, explicou a FAB, sem revelar detalhes da opera\u00e7\u00e3o que estar\u00e1 a ser preparada. Na sexta-feira, a embaixada brasileira na Ucr\u00e2nia j\u00e1 tinha anunciado ter arranjado o a um comboio de Kiev para Chernivtsi, no ocidente do pa\u00eds sob invas\u00e3o russa. As for\u00e7as russas adiantaram a destrui\u00e7\u00e3o de uma importante barragem ucraniana , na regi\u00e3o de Kherson, na boca do rio Dniepre, e itiram ter havido um ciberataque para neutralizar o portal da Roscosmos, a ag\u00eancia espacial russa. \u0022O ataque DDoS ao portal da Rscosmos partiu de Lviv e envolveu uma rede de bots sediada em servidores de vrios pa\u00edses\u0022, informou a Roscosmos, garantindo que os t\u00e9cnicos conseguiram identificar o \u0022pirata\u0022. A rede social Twitter informou que est\u00e1 a par de algumas estarem a \u0022sofrer restri\u00e7\u00f5es de o\u0022 a plataforma e garante estar \u0022a trabalhar para manter a rede segura e \u00edvel\u0022. Na sexta-feira, a R\u00fassia j\u00e1 havia restringido o o \u00e0 Facebook, acusando a rede social de estar a servir de apoio a organiza\u00e7\u00f5es anti-Kremlin. \u0022Cidad\u00e3os russos comuns est\u00e3o a usar a nossa aplica\u00e7\u00e3o para se exprimirem e para organizar atividades. Queremos que continuem a fazer-se ouvir\u0022, afirmou o vide-presidente do Facebook, Nick Clegg. A Alemanha levantou um embargo que tinha a armas letais para a Ucr\u00e2nia para permitir o envio dos Pa\u00edses Baixos cerca de 400 lan\u00e7adores de granadas, os populares RPG em cen\u00e1rios de guerra. A decis\u00e3o germ\u00e2nica est\u00e1 a ser entendida como uma mudan\u00e7a de grande impacto na estrat\u00e9gia de assist\u00eancia europeia \u00e0 Ucr\u00e2nia. O primeiro-ministro do Reino Unido revelou ter falado ao telefone com o hom\u00f3logo neerland\u00eas. Boris Johnson disse ter agradecido a Mark Rutte \u0022a forte coopera\u00e7\u00e3o no assegurar do fornecimento de ajuda de defesa \u00e0 Ucr\u00e2nia\u0022. O l\u00edder brit\u00e2nico disse ainda ter falado com o neerland\u00eas sobre o SWIFT \u0022e a necessidade de a\u00e7\u00e3o urgente para excluir a R\u00fassia\u0022 deste sistema banc\u00e1rio de pagamento, medida que pode ter repercuss\u00f5es em alguns pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia e que por isso est\u00e1 a ter alguma resist\u00eancia \u00e0 aplica\u00e7\u00e3o. Fran\u00e7a, It\u00e1lia, Gr\u00e9cia, Chipre e Hungria tamb\u00e9m se mostram favor\u00e1veis \u00e0 exclus\u00e3o da R\u00fassia do sistema Swift. O presidente da Ucr\u00e2nia disse ter falado com o primeiro-ministro dos Pa\u00edses Baixos , Mark Rutte, a quem agradeceu a ajuda. \u0022A coliga\u00e7\u00e3o anti-guerra est\u00e1 a funcionar\u0022, escreveu Zelenskyy. Resposta russa \u00e0s san\u00e7\u00f5es A R\u00fassia anuncia entretanto respostas \u00e0s san\u00e7\u00f5es ocidentais. O presidente adjunto do Conselho de seguran\u00e7a russo, Dmitry Medvedev, ite que a R\u00fassia pode nacionalizar bens de pessoas registadas nos Estados Unidos, na uni\u00e3o Europeia e noutras jurisdi\u00e7\u00f5es agora inimigas do Kremlin. Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, refor\u00e7ou que a R\u00fassia ser\u00e1 capaz de mitigar os danos provocados pelas san\u00e7\u00f5es ocidentais. O Kremlin est\u00e1 tamb\u00e9m analisar os os a dar na sequ\u00eancia da expuls\u00e3o da R\u00fassia do Conselho da Europa , revelou a porta-voz do Minist\u00e9rio dos Neg\u00f3cios Estrangeiros. \u0022Os que iniciaram e apoiaram esta decis\u00e3o err\u00f3nea v\u00e3o ter de aguentar a total responsabilidade pelo colapso do espa\u00e7o comum legal e humanit\u00e1rio no continente\u0022, l\u00ea-se no comunicado de Maria Zakharova. A R\u00fassia anunciou o fecho do espa\u00e7o a\u00e9reo \u00e0s companhias a\u00e9reas da Rom\u00e9nia \u0022devido a decis\u00f5es pouco amig\u00e1veis das autoridades de avia\u00e7\u00e3o romenas\u0022, anunciou a Rosaviatsiya. Por outro lado, a Litu\u00e2nia tamb\u00e9m decidiu fechar o respetivo espa\u00e7o a\u00e9reo a companhias russas a partir deste s\u00e1bado \u00e0 noite, devido \u00e0 invas\u00e3o e bloqueando assim o o do enclave russo de Kalinegrado \u00e0 Ucr\u00e2nia. A Ucr\u00e2nia decidiu, entretanto, alargar a todo o fim de semana o recolher obrigat\u00f3rio noturno j\u00e1 em vigor em Kyiv, estando a medida agora em curso at\u00e9 \u00e0s 08 horas da manh\u00e3 desta segunda-feira (menos duas horas em Lisboa). O ministro do Interior da Pol\u00f3nia estima que pelo menos 115 mil pessoas j\u00e1 atravessaram a fronteira, oriundas da Ucr\u00e2nia, desde o in\u00edcio da invas\u00e3o russa. Um n\u00famero que o Alto Representante das Na\u00e7\u00f5es Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, diz j\u00e1 ultraar as 150 mil, mas incluindo tamb\u00e9m a Hungria, a Mold\u00e1via e a Rom\u00e9nia. As sele\u00e7\u00f5es da Pol\u00f3nia e da Su\u00e9cia j\u00e1 se mostraram indispon\u00edveis em defrontar a R\u00fassia nos jogos de apuramento do \u0022playoff\u0022 para o Mundial 2022. Os polacos t\u00eam o duelo com os russos marcado para o final de mar\u00e7o e os suecos, de acordo com o sorteio, podem encontrar os russos depois no jogo decisivo. O Manchester United e o Watford posaram esta tarde com um cartaz a pedir \u0022Paz\u0022 em seis idiomas diferentes antes de se enfrentarem em mais uma jornada da Liga inglesa de futebol. O desporto t\u00eam-se associado aos apelos para o fim da guerra e algumas organiza\u00e7\u00f5es, como a UEFA, j\u00e1 tomaram decis\u00f5es a penalizar a R\u00fassia. Com a ag\u00eancia russa TASS a noticiar o avan\u00e7o das tropas russas na capital ucraniana, devido \u00e0 alegada rejei\u00e7\u00e3o ucraniana de negociar, o Presidente da Ucr\u00e2nia afirmou que a Turquia vai impor um bloqueio \u00e0 entrada de navios militares russos no Mar Negro. Volodymyr Zelenskyy tem estado muito ativo nas redes sociais, ora com publica\u00e7\u00f5es escritas ora com v\u00eddeos de locais emblem\u00e1ticos de Kiev, e na referida publica\u00e7\u00e3o agradeceu ainda a ajuda humanit\u00e1ria que lhe ter\u00e1 sido tamb\u00e9m garantida pelo hom\u00f3logo Recep Tayyp Erdogan. Do lado turco, n\u00e3o houve qualquer confirma\u00e7\u00e3o dessas garantis de apoio referida por Zelenskyy. Apenas foi confirmado que ambos os presidentes falaram por telefone \u0022sobre a interven\u00e7\u00e3o militar russa e os \u00faltimos desenvolvimentos\u0022. A R\u00fassia tamb\u00e9m disse n\u00e3o ter recebido qualquer indica\u00e7\u00e3o turca sobre altera\u00e7\u00f5es no o naval ao Mar Negro. Antes de revelar a conversa com Erdogan, o chefe do Estado ucraniano revelou ter falado tamb\u00e9m com o primeiro-ministro Narenda Modi, da \u00cdndia, um dos tr\u00eas pa\u00edses que se absteviram na vota\u00e7\u00e3o da condena\u00e7\u00e3o nas Na\u00e7\u00f5es Unidas da invas\u00e3o russa da Ucr\u00e2nia. \u0022Apelei \u00e0 \u00cdndia para nos conceder apoio pol\u00edtico no Conselho de Seguran\u00e7a da ONU. Parem a agress\u00e3o juntos\u0022, apelou Zelenskyy, estimando haver \u0022100 mil invasores\u0022 no territ\u00f3rio ucraniano \u0022a disparar insidiosamente sobre edif\u00edcios residenciais\u0022. O primeiro-ministro Modi comprometeu-se em \u0022contribuir para os esfor\u00e7os de paz\u0022 na Ucr\u00e2nia. Na linha de mensagens do presidente ucraniano h\u00e1 tamb\u00e9m uma garantia de que o primeiro-ministro de It\u00e1lia ir\u00e1 apoiar o corte da R\u00fassia do sistema banc\u00e1rio SWIFT, que permite, por exemplo, \u00e0 Alemanha pagara diariamente \u00e0 R\u00fassia pelo fornecimento de g\u00e1s e petr\u00f3leo existente entre ambos. \u0022 A Ucr\u00e2nia tem de fazer parte da Uni\u00e3o Europeia \u0022, reiterou Zelenskyy na mesma mensagem onde falou da conversa mantida com Mario Draghi. Do lado russo, entretanto, foi anunciada a rejei\u00e7\u00e3o da Ucr\u00e2nia em negociar, j\u00e1 confirmada em Kiev alegando as condi\u00e7\u00f5es irredut\u00edveis apresentadas pelo Kremlin e que dever\u00e3o manter-se no reconhecimento da anexa\u00e7\u00e3o russa da Crimeia, na desmilitariza\u00e7\u00e3o e na rejei\u00e7\u00e3o da desejada ades\u00e3o \u00e0 NATO. Em resposta, o Kremlin disse ter dado ordem para novo avan\u00e7o da ofensiva no cerco a Kiev, o que o Reino Unido assegurou estar a ser retardado, sim, mas por dificuldades log\u00edsticas das for\u00e7as fi\u00e9is a Putin e \u00e0 forte resist\u00eancia ucraniana. A NATO, entretanto, partilhou uma publica\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da Ucr\u00e2nia a explicar que \u0022a agress\u00e3o russa come\u00e7ou com a Crimeia h\u00e1 oito anos\u0022. \u0022Agora enfrentamos uma guerra de grande escala lan\u00e7ada pela R\u00fassia por terra, mar e ar\u0022, l\u00ea-se numa publica\u00e7\u00e3o onde os ucranianos garantem estar a lutar \u0022n\u00e3o s\u00f3 pela Ucr\u00e2nia, mas por toda Europa democr\u00e1tica e amante da liberdade\u0022. A luta \u00e0 desinforma\u00e7\u00e3o J\u00e1 depois de a R\u00fassia ter ficado ainda mais isolada na assembleia-geral das Na\u00e7\u00f5es Unidas , onde vetou unilateralmente a condena\u00e7\u00e3o da invas\u00e3o \u00e0 Ucr\u00e2nia, o Presidente da Ucr\u00e2nia, que t\u00eam estado a difundir regularmente mensagens de v\u00eddeo em Kiev, mostrou-se otimista num triunfo da resist\u00eancia ucraniana sobre a ofensiva russa. Para contra-atacar a desinforma\u00e7\u00e3o, que tem sido uma das principais armas do Kremlin nesta invas\u00e3o, o chefe do Estado ucraniano tem desmentido os relatos de que teria deixado Kiev, mostra-se diante de edif\u00edcios emblem\u00e1ticos da capital e tenta inspirar os compatriotas a manterem a defesa do \u0022cora\u00e7\u00e3o\u0022 da Ucr\u00e2nia. A resist\u00eancia Como se tem ouvido em diversas reportagens internacionais realizadas a partir de v\u00e1rias cidades da Ucr\u00e2nia, as mensagens do Presidente Volodymyr Zelenskyy parecem estar a manter em alta a motiva\u00e7\u00e3o de muitos ucranianos em continuar a luta pela liberdade da Ucr\u00e2nia perante a R\u00fassia. As enviadas especiais da Euronews a Kiev, Sasha Vakulina e Val\u00e9rie Gauriat, est\u00e3o a acompanhar os desenvolvimentos deste cerco russo \u00e0 capital em diferentes zonas. Sasha foi acordada esta manh\u00e3 pela explos\u00e3o do impacto de um m\u00edssil num edif\u00edcio residencial perto da aeroporto Giuliani. Val\u00e9rie esteve no metro, a ouvir os lamentos de quem ficou na cidade e ali se abriga dos bombardeamentos russos sobre o \u0022cora\u00e7\u00e3o\u0022 da Ucr\u00e2nia, a capital. Um cidad\u00e3o portugu\u00eas que conseguiu viajar de Kiev para Poltava contava esta manh\u00e3 \u00e0 esta\u00e7\u00e3o de televis\u00e3o portuguesa SIC, atrav\u00e9s de videochamada, que em muitos ucranianos que se assumiam opositores de Zelensky sentia agora uma ira\u00e7\u00e3o pelo chefe do Estado e um patriotismo refor\u00e7ado. Este portugu\u00eas revela-se, no entanto, preocupado com o apelo a civis para pegarem em armas e lutarem ao lados militares, receando uma resist\u00eancia desorganizada que podia virar-se contra a Ucr\u00e2nia. O balan\u00e7o de v\u00edtimas O Minist\u00e9rio da Sa\u00fade ucraniano anunciou esta manh\u00e3 a morte de pelo menos 198 ucranianos desde o in\u00edcio da invas\u00e3o russa, incluindo tr\u00eas crian\u00e7as . Tendo sido ainda relatados pelo menos 1.115 feridos , incluindo 33 crian\u00e7as. N\u00e3o foi poss\u00edvel verificar se as v\u00edtimas seriam apenas civis ou tamb\u00e9m militares. Imagens do impacto de proj\u00e9teis bal\u00edsticos a atingir edif\u00edcios residenciais nas zonas lim\u00edtrofes de Kiev tem estado a ser difundidos e partilhadas em diversas redes sociais e grupos de ucranianos na internet. Algumas imagens carecem de verifica\u00e7\u00e3o, mas outras t\u00eam estado a ser confirmadas por diversas ag\u00eancias internacionais. As imagens de edif\u00edcios resid\u00eancias destru\u00eddas tamb\u00e9m se sucedem. As zonas lim\u00edtrofes por onde as for\u00e7as afetas ao Kremlin avan\u00e7am est\u00e3o a tornar-se em aut\u00eanticos cen\u00e1rios de guerra urbana, com a resist\u00eancia a levantar barricadas para tentar travar os ve\u00edculos blindados russos. O mesmo Minist\u00e9rio da Sa\u00fade ucraniano alega terem sido mortos pelo menos 3.500 soldados russos e que pelo menos 200 foram feitos prisioneiros. Adianta ainda a destrui\u00e7\u00e3o de 14 avi\u00f5es, oito helic\u00f3pteros, 102 tanques e 536 ve\u00edculos blindados das for\u00e7as afetas a Vladimi Putin. O balan\u00e7o de v\u00edtimas e danos avan\u00e7ado pelo minist\u00e9rio ucraniano n\u00e3o pode ser verificado de forma imparcial pela Euronews, mas \u00e9 o \u00fanico balan\u00e7o existente da invas\u00e3o russa da Ucr\u00e2nia. Do lado russo n\u00e3o s\u00e3o anunciados quaisquer n\u00fameros de baixas. As reportagens internacionais em Kiev Os jornalistas internacionais a trabalhar em Kiev mant\u00eam-se numa zona por agora ainda salvo dos proj\u00e9teis bal\u00edsticos e dos referidos combates de rua, e v\u00e3o reportando como os civis se v\u00e3o tentando manter protegidos da invas\u00e3o russa, nas garagens de hot\u00e9is, nas esta\u00e7\u00f5es de metro e em caves de edif\u00edcios residenciais. Nas ruas desta zona central n\u00e3o se v\u00ea quase ningu\u00e9m e s\u00e3o poucos ou nenhuns os ve\u00edculos em circula\u00e7\u00e3o. Parte da comunidade internacional est\u00e1 a tentar enviar armas para ajudar a resist\u00eancia ucraniana. Os pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia vizinhos da Ucr\u00e2nia est\u00e3o a montar opera\u00e7\u00f5es de acolhimento e assist\u00eancia a quem est\u00e1 a cruzar as fronteiras, em fuga da guerra. A Pol\u00f3nia e a Rom\u00e9nia, dois desses pa\u00edses vizinhos da Ucr\u00e2nia membros da UE e tamb\u00e9m membros da NATO, est\u00e3o a ser recomendados como os destinos preferenciais para quem tenta fugir da guerra. Nas fronteiras ucranianas com a Uni\u00e3o Europeia h\u00e1 no entanto outro drama a acontecer. Devido \u00e0 Lei Marcial e \u00e0 mobiliza\u00e7\u00e3o geral decretadas pelo Presidente ap\u00f3s a invas\u00e3o russa, todos os homens entre 18 e 60 anos que apresentem condi\u00e7\u00f5es f\u00edsicas para lutar est\u00e3o a ser impedidos de sair do pa\u00eds o obrigados a entrar na guerra. Esta situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 a separar muitas fam\u00edlias ucranianas e h\u00e1 at\u00e9 um futebolista brasileiro que se naturalizou ucraniano h\u00e1 cerca de uma d\u00e9cada em risco de ser mobilizado para os combates. 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Capacete de um soldado furado por um tiro numa rua de Kiev
Capacete de um soldado furado por um tiro numa rua de Kiev Direitos de autor AP Photo/Efrem Lukatsky
Direitos de autor AP Photo/Efrem Lukatsky

Guerra na Ucrânia, Dia 3: Estados Unidos enviam armas para o combate à invasão russa

De Francisco Marques
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Ao terceiro dia de invasão, as forças afetas ao Kremlin estão há dois a tentar tomar a capital. Presidente Zelenskyy mantém-se firme e apela à defesa da liberdade da pátria

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Ao terceiro dia da invasão russa da Ucrânia, as forças afetas ao Kremlin já levam dois a tentar tomar a capital Kiev, mas parecem estar a ser travadas por uma forte resistência dos militares ucranianos e das milícias civis da cidade, que continuam a lutar contra a agressão ordenada na madrugada de quinta-feira por Vladimir Putin.

Os Estados Unidos vão contribuir para o pacote de armamento a enviar por alguns países europeus para a Ucrânia. A ajuda vai incluir armas antitanques, armas ligeiras, armaduras de proteção e diversas munições, anunciou o Departamento de Defesa norte-americano, falando de um reforço adicional de 350 milhões de dólares autorizado pelo Presidente Joe Biden.

A Força Aérea do Brasil tem dois aviões KC-390 Millenium prontos para uma possível operação de resgate de cidadãos brasileiros retidos na Ucrânia.

"As aeronaves são do mesmo modelo das utilizadas noutras missões humanitárias internacionais", explicou a FAB, sem revelar detalhes da operação que estará a ser preparada.

Na sexta-feira, a embaixada brasileira na Ucrânia já tinha anunciado ter arranjado o a um comboio de Kiev para Chernivtsi, no ocidente do país sob invasão russa.

As forças russas adiantaram a destruição de uma importante barragem ucraniana, na região de Kherson, na boca do rio Dniepre, e itiram ter havido um ciberataque para neutralizar o portal da Roscosmos, a agência espacial russa.

"O ataque DDoS ao portal da Rscosmos partiu de Lviv e envolveu uma rede de bots sediada em servidores de vrios países", informou a Roscosmos, garantindo que os técnicos conseguiram identificar o "pirata".

A rede social Twitter informou que está a par de algumas estarem a "sofrer restrições de o" a plataforma e garante estar "a trabalhar para manter a rede segura e ível".

Na sexta-feira, a Rússia já havia restringido o o à Facebook, acusando a rede social de estar a servir de apoio a organizações anti-Kremlin. "Cidadãos russos comuns estão a usar a nossa aplicação para se exprimirem e para organizar atividades. Queremos que continuem a fazer-se ouvir", afirmou o vide-presidente do Facebook, Nick Clegg.

A Alemanha levantou um embargo que tinha a armas letais para a Ucrânia para permitir o envio dos Países Baixos cerca de 400 lançadores de granadas, os populares RPG em cenários de guerra.

A decisão germânica está a ser entendida como uma mudança de grande impacto na estratégia de assistência europeia à Ucrânia.

O primeiro-ministro do Reino Unido revelou ter falado ao telefone com o homólogo neerlandês. Boris Johnson disse ter agradecido a Mark Rutte "a forte cooperação no assegurar do fornecimento de ajuda de defesa à Ucrânia".

O líder britânico disse ainda ter falado com o neerlandês sobre o SWIFT "e a necessidade de ação urgente para excluir a Rússia" deste sistema bancário de pagamento, medida que pode ter repercussões em alguns países da União Europeia e que por isso está a ter alguma resistência à aplicação.

França, Itália, Grécia, Chipre e Hungria também se mostram favoráveis à exclusão da Rússia do sistema Swift.

O presidente da Ucrânia disse ter falado com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, a quem agradeceu a ajuda. "A coligação anti-guerra está a funcionar", escreveu Zelenskyy.

Resposta russa às sanções

A Rússia anuncia entretanto respostas às sanções ocidentais. O presidente adjunto do Conselho de segurança russo, Dmitry Medvedev, ite que a Rússia pode nacionalizar bens de pessoas registadas nos Estados Unidos, na união Europeia e noutras jurisdições agora inimigas do Kremlin.

Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, reforçou que a Rússia será capaz de mitigar os danos provocados pelas sanções ocidentais.

O Kremlin está também analisar os os a dar na sequência da expulsão da Rússia do Conselho da Europa, revelou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. "Os que iniciaram e apoiaram esta decisão errónea vão ter de aguentar a total responsabilidade pelo colapso do espaço comum legal e humanitário no continente", lê-se no comunicado de Maria Zakharova.

A Rússia anunciou o fecho do espaço aéreo às companhias aéreas da Roménia "devido a decisões pouco amigáveis das autoridades de aviação romenas", anunciou a Rosaviatsiya.

Por outro lado, a Lituânia também decidiu fechar o respetivo espaço aéreo a companhias russas a partir deste sábado à noite, devido à invasão e bloqueando assim o o do enclave russo de Kalinegrado à Ucrânia.

A Ucrânia decidiu, entretanto, alargar a todo o fim de semana o recolher obrigatório noturno já em vigor em Kyiv, estando a medida agora em curso até às 08 horas da manhã desta segunda-feira (menos duas horas em Lisboa).

O ministro do Interior da Polónia estima que pelo menos 115 mil pessoas já atravessaram a fronteira, oriundas da Ucrânia, desde o início da invasão russa.

Um número que o Alto Representante das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, diz já ultraar as 150 mil, mas incluindo também a Hungria, a Moldávia e a Roménia.

As seleções da Polónia e da Suécia já se mostraram indisponíveis em defrontar a Rússia nos jogos de apuramento do "playoff" para o Mundial 2022. Os polacos têm o duelo com os russos marcado para o final de março e os suecos, de acordo com o sorteio, podem encontrar os russos depois no jogo decisivo.

O Manchester United e o Watford posaram esta tarde com um cartaz a pedir "Paz" em seis idiomas diferentes antes de se enfrentarem em mais uma jornada da Liga inglesa de futebol. O desporto têm-se associado aos apelos para o fim da guerra e algumas organizações, como a UEFA, já tomaram decisões a penalizar a Rússia.

Com a agência russa TASS a noticiar o avanço das tropas russas na capital ucraniana, devido à alegada rejeição ucraniana de negociar, o Presidente da Ucrânia afirmou que a Turquia vai impor um bloqueio à entrada de navios militares russos no Mar Negro.

Volodymyr Zelenskyy tem estado muito ativo nas redes sociais, ora com publicações escritas ora com vídeos de locais emblemáticos de Kiev, e na referida publicação agradeceu ainda a ajuda humanitária que lhe terá sido também garantida pelo homólogo Recep Tayyp Erdogan.

Do lado turco, não houve qualquer confirmação dessas garantis de apoio referida por Zelenskyy. Apenas foi confirmado que ambos os presidentes falaram por telefone "sobre a intervenção militar russa e os últimos desenvolvimentos".

A Rússia também disse não ter recebido qualquer indicação turca sobre alterações no o naval ao Mar Negro.

Antes de revelar a conversa com Erdogan, o chefe do Estado ucraniano revelou ter falado também com o primeiro-ministro Narenda Modi, da Índia, um dos três países que se absteviram na votação da condenação nas Nações Unidas da invasão russa da Ucrânia.

"Apelei à Índia para nos conceder apoio político no Conselho de Segurança da ONU. Parem a agressão juntos", apelou Zelenskyy, estimando haver "100 mil invasores" no território ucraniano "a disparar insidiosamente sobre edifícios residenciais".

O primeiro-ministro Modi comprometeu-se em "contribuir para os esforços de paz" na Ucrânia.

Na linha de mensagens do presidente ucraniano há também uma garantia de que o primeiro-ministro de Itália irá apoiar o corte da Rússia do sistema bancário SWIFT, que permite, por exemplo, à Alemanha pagara diariamente à Rússia pelo fornecimento de gás e petróleo existente entre ambos.

"A Ucrânia tem de fazer parte da União Europeia", reiterou Zelenskyy na mesma mensagem onde falou da conversa mantida com Mario Draghi.

Do lado russo, entretanto, foi anunciada a rejeição da Ucrânia em negociar, já confirmada em Kiev alegando as condições irredutíveis apresentadas pelo Kremlin e que deverão manter-se no reconhecimento da anexação russa da Crimeia, na desmilitarização e na rejeição da desejada adesão à NATO.

Em resposta, o Kremlin disse ter dado ordem para novo avanço da ofensiva no cerco a Kiev, o que o Reino Unido assegurou estar a ser retardado, sim, mas por dificuldades logísticas das forças fiéis a Putin e à forte resistência ucraniana.

A NATO, entretanto, partilhou uma publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia a explicar que "a agressão russa começou com a Crimeia há oito anos". "Agora enfrentamos uma guerra de grande escala lançada pela Rússia por terra, mar e ar", lê-se numa publicação onde os ucranianos garantem estar a lutar "não só pela Ucrânia, mas por toda Europa democrática e amante da liberdade".

A luta à desinformação

Já depois de a Rússia ter ficado ainda mais isolada na assembleia-geral das Nações Unidas, onde vetou unilateralmente a condenação da invasão à Ucrânia, o Presidente da Ucrânia, que têm estado a difundir regularmente mensagens de vídeo em Kiev, mostrou-se otimista num triunfo da resistência ucraniana sobre a ofensiva russa.

Para contra-atacar a desinformação, que tem sido uma das principais armas do Kremlin nesta invasão, o chefe do Estado ucraniano tem desmentido os relatos de que teria deixado Kiev, mostra-se diante de edifícios emblemáticos da capital e tenta inspirar os compatriotas a manterem a defesa do "coração" da Ucrânia.

A resistência

Como se tem ouvido em diversas reportagens internacionais realizadas a partir de várias cidades da Ucrânia, as mensagens do Presidente Volodymyr Zelenskyy parecem estar a manter em alta a motivação de muitos ucranianos em continuar a luta pela liberdade da Ucrânia perante a Rússia.

As enviadas especiais da Euronews a Kiev, Sasha Vakulina e Valérie Gauriat, estão a acompanhar os desenvolvimentos deste cerco russo à capital em diferentes zonas. Sasha foi acordada esta manhã pela explosão do impacto de um míssil num edifício residencial perto da aeroporto Giuliani.

Valérie esteve no metro, a ouvir os lamentos de quem ficou na cidade e ali se abriga dos bombardeamentos russos sobre o "coração" da Ucrânia, a capital.

Um cidadão português que conseguiu viajar de Kiev para Poltava contava esta manhã à estação de televisão portuguesa SIC, através de videochamada, que em muitos ucranianos que se assumiam opositores de Zelensky sentia agora uma iração pelo chefe do Estado e um patriotismo reforçado.

Este português revela-se, no entanto, preocupado com o apelo a civis para pegarem em armas e lutarem ao lados militares, receando uma resistência desorganizada que podia virar-se contra a Ucrânia.

O balanço de vítimas

O Ministério da Saúde ucraniano anunciou esta manhã a morte de pelo menos 198 ucranianos desde o início da invasão russa, incluindo três crianças. Tendo sido ainda relatados pelo menos 1.115 feridos, incluindo 33 crianças. Não foi possível verificar se as vítimas seriam apenas civis ou também militares.

Imagens do impacto de projéteis balísticos a atingir edifícios residenciais nas zonas limítrofes de Kiev tem estado a ser difundidos e partilhadas em diversas redes sociais e grupos de ucranianos na internet.

Algumas imagens carecem de verificação, mas outras têm estado a ser confirmadas por diversas agências internacionais.

As imagens de edifícios residências destruídas também se sucedem. As zonas limítrofes por onde as forças afetas ao Kremlin avançam estão a tornar-se em autênticos cenários de guerra urbana, com a resistência a levantar barricadas para tentar travar os veículos blindados russos.

O mesmo Ministério da Saúde ucraniano alega terem sido mortos pelo menos 3.500 soldados russos e que pelo menos 200 foram feitos prisioneiros. Adianta ainda a destruição de 14 aviões, oito helicópteros, 102 tanques e 536 veículos blindados das forças afetas a Vladimi Putin.

O balanço de vítimas e danos avançado pelo ministério ucraniano não pode ser verificado de forma imparcial pela Euronews, mas é o único balanço existente da invasão russa da Ucrânia.

Do lado russo não são anunciados quaisquer números de baixas.

As reportagens internacionais em Kiev

Os jornalistas internacionais a trabalhar em Kiev mantêm-se numa zona por agora ainda salvo dos projéteis balísticos e dos referidos combates de rua, e vão reportando como os civis se vão tentando manter protegidos da invasão russa, nas garagens de hotéis, nas estações de metro e em caves de edifícios residenciais.

Nas ruas desta zona central não se vê quase ninguém e são poucos ou nenhuns os veículos em circulação.

Parte da comunidade internacional está a tentar enviar armas para ajudar a resistência ucraniana. Os países da União Europeia vizinhos da Ucrânia estão a montar operações de acolhimento e assistência a quem está a cruzar as fronteiras, em fuga da guerra.

A Polónia e a Roménia, dois desses países vizinhos da Ucrânia membros da UE e também membros da NATO, estão a ser recomendados como os destinos preferenciais para quem tenta fugir da guerra.

Nas fronteiras ucranianas com a União Europeia há no entanto outro drama a acontecer. Devido à Lei Marcial e à mobilização geral decretadas pelo Presidente após a invasão russa, todos os homens entre 18 e 60 anos que apresentem condições físicas para lutar estão a ser impedidos de sair do país o obrigados a entrar na guerra.

Esta situação está a separar muitas famílias ucranianas e há até um futebolista brasileiro que se naturalizou ucraniano há cerca de uma década em risco de ser mobilizado para os combates.

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