{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/02/09/os-microrganismos-brasileiros-que-transformam-poluicao-em-alimentos-do-ecossistema" }, "headline": "Os microrganismos brasileiros que transformam polui\u00e7\u00e3o em alimentos do ecossistema", "description": "Processo criado nos ano ps 60 e desenvolvido em diversos pa\u00edses est\u00e1 a ser implementado desde agosto em Maric\u00e1, no Brasil, com expetativa de exporta\u00e7\u00e3o", "articleBody": "O projeto \u0022Lagoa Viva\u0022 , de despolui\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel do sistema lagunar de Maric\u00e1 , munic\u00edpio do Rio de Janeiro, no Brasil, est\u00e1 prestes a completar seis meses , prazo definido para avaliar os primeiros resultados. A iniciativa partiu do governo local, foi desenvolvido por investigadores da Universidade Federal Fluminense e est\u00e1 a ser implementado pela Codemar, a Companhia de Desenvolvimento de Maric\u00e1. A primeira etapa do projeto incidiu na Lagoa de Ara\u00e7itaba. Nas proximidades foi instalada uma biof\u00e1brica para a produ\u00e7\u00e3o de ' bioinsumos ', o termo brasileiro para descrever os microrganismos vivos utilizados para filtrar as \u00e1guas e transformar os patog\u00e9nicos em ingredientes que podem ser consumidos pela fauna e vegeta\u00e7\u00e3o do ecossistema em despolui\u00e7\u00e3o. Os investigadores apontam para efeitos transformadores vis\u00edveis em seis meses , como a renova\u00e7\u00e3o do ecossistema, a elimina\u00e7\u00e3o de mau cheiro e a limpeza da \u00e1gua. \u0022As lagoas t\u00eam uma representa\u00e7\u00e3o simb\u00f3lica importante para Maric\u00e1. Recuperar o nosso sistema lagunar traz-nos a mensagem de que somos todos, poder p\u00fablico e cidad\u00e3os, respons\u00e1veis por uma viv\u00eancia harm\u00f3nica com o meio ambiente\u0022, afirmou o presidente da c\u00e2mara, Fabiano Horta , na inaugura\u00e7\u00e3o do projeto, em agosto. O investigador da UFF Estefan Monteiro, de 56 anos, destaca a \u0022 sustentabilidade \u0022 como \u0022o foco mais interessante\u0022 neste projeto. \u0022N\u00e3o estamos a usar qu\u00edmicos nocivos para o meio ambiente nem vamos promover impactos secund\u00e1rios que possam provocar danos com impactos reais\u0022, explicou o investigador. O processo em curso na Lagoa de Ara\u00e7itaba tem por base uma t\u00e9cnica surgida h\u00e1 cerca de 60 anos e que tem vindo a ser aplicada em diversos pa\u00edses, incluindo o Jap\u00e3o, onde os investigadores brasileiros recolheram informa\u00e7\u00f5es. Em Maric\u00e1, a t\u00e9cnica foi ajustada \u00e0 realidade local, onde muita gente despeja os esgotos diretamente nos rios. Os 'bioinsumos' produzidos t\u00eam a forma de bolas ou 'tijolos' s\u00f3lidos de material org\u00e2nico, mas tamb\u00e9m em l\u00edquido, que os colaboradores do projeto, alguns alunos da rede municipal de Maric\u00e1, despejam na lagoa. Os dejetos patog\u00e9nicos s\u00e3o transformados por estes microrganismos produzidos na biof\u00e1brica em novos res\u00edduos, mas num composto que serve de \u0022alimento a peixes, camar\u00f5es e p\u00e1ssaros, reativando a cadeia local\u0022, explicam os promotores. O projeto \u0022Lagoa Viva\u0022 teve um investimento de 16 milh\u00f5es de reais , isto \u00e9, mais de 2,6 milh\u00f5es de euros. O munic\u00edpio de Maric\u00e1 aguarda agora os resultados, na expetativa de poder exportar a t\u00e9cnica para outras regi\u00f5es do Brasil. ", "dateCreated": "2022-02-09T07:30:26+01:00", "dateModified": "2022-02-09T11:54:24+01:00", "datePublished": "2022-02-09T11:54:17+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F45%2F92%2F32%2F1440x810_cmsv2_b357cf0b-11a9-5cdf-a9ae-dff3017b2a8e-6459232.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Colaboradores do \u0022Lagoa Viva\u0022 despejam microrganismos l\u00edquidos na lagoa", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F45%2F92%2F32%2F432x243_cmsv2_b357cf0b-11a9-5cdf-a9ae-dff3017b2a8e-6459232.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Os microrganismos brasileiros que transformam poluição em alimentos do ecossistema

Colaboradores do "Lagoa Viva" despejam microrganismos líquidos na lagoa
Colaboradores do "Lagoa Viva" despejam microrganismos líquidos na lagoa Direitos de autor AP Photo/Silvia Izquierdo
Direitos de autor AP Photo/Silvia Izquierdo
De Francisco Marques
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Processo criado nos ano ps 60 e desenvolvido em diversos países está a ser implementado desde agosto em Maricá, no Brasil, com expetativa de exportação

PUBLICIDADE

O projeto "Lagoa Viva", de despoluição sustentável do sistema lagunar de Maricá, município do Rio de Janeiro, no Brasil, está prestes a completar seis meses, prazo definido para avaliar os primeiros resultados.

A iniciativa partiu do governo local, foi desenvolvido por investigadores da Universidade Federal Fluminense e está a ser implementado pela Codemar, a Companhia de Desenvolvimento de Maricá.

A primeira etapa do projeto incidiu na Lagoa de Araçitaba. Nas proximidades foi instalada uma biofábrica para a produção de 'bioinsumos', o termo brasileiro para descrever os microrganismos vivos utilizados para filtrar as águas e transformar os patogénicos em ingredientes que podem ser consumidos pela fauna e vegetação do ecossistema em despoluição.

Os investigadores apontam para efeitos transformadores visíveis em seis meses, como a renovação do ecossistema, a eliminação de mau cheiro e a limpeza da água.

"As lagoas têm uma representação simbólica importante para Maricá. Recuperar o nosso sistema lagunar traz-nos a mensagem de que somos todos, poder público e cidadãos, responsáveis por uma vivência harmónica com o meio ambiente", afirmou o presidente da câmara, Fabiano Horta, na inauguração do projeto, em agosto.

O investigador da UFF Estefan Monteiro, de 56 anos, destaca a "sustentabilidade" como "o foco mais interessante" neste projeto.

"Não estamos a usar químicos nocivos para o meio ambiente nem vamos promover impactos secundários que possam provocar danos com impactos reais", explicou o investigador.

O processo em curso na Lagoa de Araçitaba tem por base uma técnica surgida há cerca de 60 anos e que tem vindo a ser aplicada em diversos países, incluindo o Japão, onde os investigadores brasileiros recolheram informações.

Em Maricá, a técnica foi ajustada à realidade local, onde muita gente despeja os esgotos diretamente nos rios.

Os 'bioinsumos' produzidos têm a forma de bolas ou 'tijolos' sólidos de material orgânico, mas também em líquido, que os colaboradores do projeto, alguns alunos da rede municipal de Maricá, despejam na lagoa.

Os dejetos patogénicos são transformados por estes microrganismos produzidos na biofábrica em novos resíduos, mas num composto que serve de "alimento a peixes, camarões e pássaros, reativando a cadeia local", explicam os promotores.

Para nós, a ousadia é entender que a gestão pública tem de sair da caixinha. A gestão pública precisa de construir soluções fáceis, simples, diretas, mais baratas e com resultados efetivos para a população.
Olavo Noleto
Presidnete da Codemar

O projeto "Lagoa Viva" teve um investimento de 16 milhões de reais, isto é, mais de 2,6 milhões de euros. O município de Maricá aguarda agora os resultados, na expetativa de poder exportar a técnica para outras regiões do Brasil.

Outras fontes • AP, Codemar

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Morte lenta do rio Sajó

Praias do Rio de Janeiro reúnem investigadores e pescadores na preservação de cavalos-marinhos

Alterações climáticas e excesso de turistas estão a causar pressão no Evereste