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Sinal "verde" ao fim da era Merkel: coligação "semáforo" avança com paridade nos ministérios

Membros dos "Verdes" designados para integrar o governo, incluindo a líder Annalena Baerbock (ao centro)
Membros dos "Verdes" designados para integrar o governo, incluindo a líder Annalena Baerbock (ao centro) Direitos de autor AP Photo/Markus Schreiber
Direitos de autor AP Photo/Markus Schreiber
De Francisco Marques
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Depois do SPD e do FDP durante o fim de semana, partido ecologista confirma novo governo federal de maioria centro-esquerda e com paridade entre os ministros

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Sinal "verde" ao fim da era Merkel na Alemanha.

Depois de social-democratas (SPD) e liberais (FDP) com maiorias acima de 90% no fim de semana, também o partido ecologista alemão aprovou por larga maioria o acordo da chamada coligação "semáforo" para formar o novo governo federal na maior economia da União Europeia.

A consulta às bases pelos "Verdes" decorreu durante o fim de semana e o resultado foi conhecido esta segunda-feira: uma aprovação de 86%.

Um "grande, grande resultado" que deixou "feliz" a líder do partido, Annalena Baerbock, a designada para ministra dos Negócios Estrangeiros no futuro executivo.

"Começamos com um forte impulso da votação conseguida para formar o novo governo federal, com um executivo muito forte e diverso", afirmou Annalena Baerbock, no discurso após anunciar a aprovação do acordo para a nova coligação.

Paridade nos ministros

Do lado do SPD, o mais votado dos três partidos nas últimas eleições, esta segunda-feira foi dia de se ficar a conhecer os titulares das pastas que ainda estavam em aberto.

Os nomes propostos pelos social-democratas fazem com que, no total e como Olaf Scholz desejava, metade dos ministérios venham a ser dirigidos por mulheres no próximo executivo.

Pelo SPD, Nancy Fraser vai liderar o Ministério do Interior; Christine Lambrecht o da Defesa; Svenja Schulze, que já estava no executivo cessante com o Ambiente, transita para o da Cooperação e Desenvolvimento; Anna Spiegel irá liderar o da Família; e Klara Geywitz o das Obras.

A estas somam-se, dos "Verdes", a já referida Annalena Baerbock (Negócio Estrangeiros) e Steffi Lemke (Meio Ambiente, Ecologia, Segurança Nuclear e Proteção ao Consumidor).

O FDP vai contar com Bettina Stark-Watzinger no Ministério da Educação e Pesquisa.

Referência ainda para a secretaria da Cultura e Comunicação, que não tem estatuto de ministério, e será liderada pela ecologista Claudia Roth.

Estou particularmente orgulhoso do facto de que estes ministérios, ao contrário do que era a tradição, vão ser agora liderados por mulheres. Gostava de deixar isto claro uma vez mais.

Do meu ponto de vista, este é um sinal muito, muito notável.
Olaf Scholz
Líder do SPD e chanceler designado na Alemanha

A aprovação total do acordo de coligação pelos três partidos agora aliados confirma o fim da era Merkel e da hegemonia conservadora da União Democrata-Cristã (CDU), de centro-direita.

Esta terça-feira, o acordo é oficializado no papel e na quarta a chanceler em funções deve ver Olaf Scholz ser confirmado pelo "Bundestag", o parlamento alemão, como novo chanceler da Alemanha à frente de um governo federal de maioria centro-esquerda.

As coligações de governo na Alemanha

Os executivos da maior economia da União Europeis são formados por tradição por coligações de diversos partidos porque a prática mostra que apenas por uma vez em 70 anos a maioria no "Bundestag" foi conseguida por apenas um partido político.

Algumas destas alianças governativas recebem apelidos curiosos. Eis as mais usuais:

"Semáforo"
É a designação para uma coligação entre o SPD (vermelho), o FDP (amarelo) e os Verdes, já testada a nível regional, mas ainda por estrear a nível federal, o que deve acontecer esta quarta-feira, 8 de dezembro;

Grande coligação/GroKo
Junta os dois maiores partidos alemães, a CDU e o SPD, e daí o nome de "grande coligação" ou "GroKo". A primeira versão surgiu em 1966. A segunda surgiu em 2005, no aparecimento de Angela Merkel (CDU) como chanceler. A coligação viria a ser retomada em 2013 e, após nova negociação de mais quatro meses em 2017, durou até agora;

"Jamaica"
Parte das cores da bandeira do país e, claro, de novo das cores dos partidos envolvidos. Neste caso, trata-se de uma aliança também já testada a nível regional e ainda por estrear no Parlamento nacional. Junta os democratas-cristãos da CDU/CSU (preto) com os Verdes e o FDP (amarelo);

Preto-amarelo
É a coligação que mais vezes esteve no poder e junta a CDU, com o irmão-bávaro CSU, ao FDP. Formaram juntos 10 executivos e governaram 19 anos, mas a perda de força dos liberais, praticamente extinguiu a possibilidade de uma "reencarnação" a dois;

Verde-Vermelho
Os ecologistas entraram pela primeira vez num governo federal em 1998, ao lado do SPD. Depois de uma perda de força após 2011, os Verdes voltaram a ganhar força com o Acordo de Paris e a necessária luta contra as alterações climáticas. Em 2017, chegaram a ser ponderados para uma coligação,tal comoa gora, mas ainda sem a força necessária para um novo executivo bipartido com os sociais-democratas de centro-esquerda.

Outras fontes • AP e AFP

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