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Portas abertas a migrantes em Minsk

Portas abertas a migrantes em Minsk
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De Francisco Marques
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Vistos e viagens diretas para a capital da Bielorrússia por escassos milhares de euros na base da crise humanitária na fronteira da Polónia

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No aeroporto internacional de Minsk, a cerca de 300 quilómetros da fronteira com a Polónia, podem encontrar-se migrantes que ali chegam facilmente, dizem, atrás do sonho de viver na União Europeia.

A Bielorrússia garante estar a tentar repatriar os migrantes acampados junto à fronteira, mas chegar à capital desta antiga república soviética ainda com laços apertados a Moscovo não parece difícil para quem viaja atrás do sonho.

"É fácil. Conseguimos o visto no Iraque pagando pouco mais de dois mil dólares (cerca de €1.740)", conta um migrante, entrevistado pela " Television", em Minsk.

Os migrantes chegam à capital da Bielorrússia com pouca coisa. Sabem que ainda vão ter de caminhar muito e limitar o peso ao essencial é importante. Acreditam que mais cedo ou mais tarde vão conseguir entrar na União Europeia.

"Se for preciso, fico cinco ou seis meses. Depois vou para a Alemanha porque preciso de ir", garante outro migrante, entrevistado ainda em Minsk.

Do lado polaco, em Bialystock, encontrámos Ammar, um sírio. Vive na Bélgica já há seis anos, mas veio à Polónia para se encontrar com a mãe, que acaba de conseguir cruzar a fronteira e entrar na União Europeia.

"[Os bielorrussos] cortam as vedações para permitir aos migrantes entrar na Polónia. Às vezes ajudam-nos a atravessar; às vezes batem-lhes; às vezes levam-nos para locais desconhecidos, para a Lituânia. Felizmente, a minha mãe estava num grupo que trouxeram para a Polónia", congratula-se Ammar.

Fugir de Beirute

Ainda longe da União Europeia, em Beirute, Rabih Ibrahim conta levar o filho em breve para a Europa e escapar da crise económica que se tem vindo a agravar no Líbano.

"A Bielorrússia é o único país que permite a entrada de pessoas que querem ir para a Europa. Os outros países estão fechados. Esta é a nossa única oportunidade", conta-nos Rabih Ibrahim.

Diversas agências de viagens oferecem voos diretos de Beirute para Minsk a troco de mil euros. Os voos têm estado lotados.

A União Europeia ameaçou, entretanto, impor sanções aos indivíduos e empresas que contribuam para a atual crise de migrantes.

O bloco europeu responsabiliza diretamente o regime de Aleksander Lukashenko pelo agravar da situação junto à fronteira com a Polónia e, numa declaração emitida durante uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas, revelou ter modificado "o regime de sanções a fim de poder responder à instrumentalização dos seres humanos pelo regime bielorrusso".

"Vamos endurecer ainda mais as sanções", garantiu o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão Heiko Maas, garantindo a aprovação, hoje, de "um novo pacote de sanções contra os bielorrussos responsáveis pelo que está a acontecer".

A ameaça surge um dia depois do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, se ter encontrado com o homólogo bielorrusso, Vladimir Makei, e ter garantido que a situação estaria a ficar sob controlo.

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