Presidente e primeiro-ministro do Mali foram detidos por militares. União Europeia apela ao regresso à transição civil e ameaça tomar medidas.
O Presidente do Mali, Bah Ndaw, e o primeiro-ministro, Moctar Ouané, foram detidos na segunda-feira e levados para o maior campo militar país, o de Kati, situado nos arredores da capital, Bamaco.
Os dois dirigentes foram levados por um grupo de soldados em rebelião e que se dizem insatisfeitos com o novo governo.
A União Europeia já reagiu ao que chama de "rapto". Em conferência de imprensa, no final da primeira sessão de trabalhos da cimeira de líderes da UE, o presidente do Conselho Europeu afirmou que o que se ou foi grave e que estão também prontos a considerar as medidas necessárias. Charles Michel acrescentou que apoiam a comunicação que foi feita pela CEDEAO e pela União Africana e apelou ao regresso à transição civil.
Foi no campo militar de Kati que o antigo Presidente do país, Ibrahim Boubacar Keïta, foi obrigado a renunciar ao cargo por um grupo de coronéis, durante um golpe militar, em agosto de 2020.