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Nova vaga de Covid-19 preocupa países africanos

South Africa
South Africa Direitos de autor AFP
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De Neusa Silva com AFP, AP
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Covid-19 em África: Nova estirpe da doença já circula no Botswana, Namíbia e Zimbábue.

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O continente Africano, que ultraou os três milhões de casos positivos de Covid-19 e mais de 75 mil mortes, enfrenta agora a segunda vaga, em alguns países, provocada por uma nova estirpe do vírus. 

Esta quinta-feira, a diretora regional da Organização Mundial de Saúde para África apelou aos países africanos para reforçarem as medidas de Saúde Pública para evitarem um surto de infeções que pode levar os sistemas de saúde ao ponto de rutura.

A responsável da OMS, Mathidiso Moetidisse, adiantou: "análises preliminares encontraram a nova variante, que é mais transmissível, em circulação na África do Sul e parece que está a impulsionar o aumento de infeções no país e na sub-região. A sequência genómica encontrou a variante 501.V2 em outros três países: Botswuana, Gâmbia e Zâmbia".

A África do Sul continua a liderar a lista dos países mais afetados pela pandemia de Covid-19, em todo continente. Seguem-se Marrocos, Tunísia, Egito e Etiópia.

À Euronews, o jornalista Vinícius Assis, que trabalha para vários meios de comunicação brasileiros a partir de África, diz que a grande preocupação das autoridades sul-africanas é evitar, ao máximo, o colapso do sistema de Saúde.

"A África do Sul tem, atualmente, mais de 220 mil casos ativos, ou seja, pessoas que foram infetadas e ainda estão se recuperando. Só que nem todo mundo está nos hospitais, quinze mil pessoas estão hospitalizadas e aproximadamente duas mil em UCI'. A grande preocupação das autoridades é manter estes hospitais reservados para pacientes com a Covid-19", referiu o jornalista Vinícius à Euronews.

Já a presidente da Ordem dos Médicos da África do sul, Angelique Coetzee, também em entrevista à Euronews, afirmou que a segunda vaga está a ter um impacto maior do que a primeira:

“A nossa primeira vaga foi branda, em comparação com a segunda. Mas, isso não significa que mais pessoas estejam a morrer. A questão é que isso representa um fardo muito grande para as unidades de saúde. Sabemos que mais de 300 médicos já perderam a vida” referiu.

Angelique Coetzee disse que os funcionários de saúde correm sempre o risco de serem infetados e afetados, sendo que muitos dos infetados precisam de um longo período de recuperação, o que sobrecarrega o sistema de Saúde, uma vez que diminui o pessoal qualificado.

A Euronews ouviu também Renata Rocha, esta médica anestesista, em Angola na província da Huílae, foi infetada pelo novo coronavírus, esteve internada em uma Unidade de Cuidados Intensivos, e está agora a fazer fisioterapia. A sua experiência diz-lhe que o processo de recuperação pode ser longo:

"Apesar de lermos, apesar de acompanharmos vários depoimentos de vários colegas, tanto do país como de fora, para meu espanto é uma recuperação longa, em alguns casos, como acontece comigo, a caminho já de dois meses" afirmou. Em Angola, mais de setecentos profissionais de saúde foram afetados. 

A partir do dia 24 de janeiro Angola vai suspender os voos de e para Portugal, África do Sul e Brasil, países que já registaram a nova variante do novo coronavírus.

O ministério da Saúde anunciou, recentemente, que a primeira fase do plano nacional de vacinação para Angola arranca já em fevereiro próximo. 

Entretanto o presidente da União Africana, Cyril Ramaphosa, assegurou a distribuição de, pelo menos, 50 milhões de vacinas para os países africanos, a partir do mês de Abril.

Entre os Estados deste continente menos afetados estão a Tanzânia, Mauritânia, Seychelles, o Burundi e São Tomé e Príncipe.

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