A era Netanyahu pode estar a chegar ao fim.
Israel vai a eleições pela quarta vez em apenas dois anos. O governo de coligação entre o Likud de Benjamin Netanyahu e a Aliança Azul e Branca de Benny Gantz caiu, depois de ultraado o prazo para a aprovação do orçamento, o que automaticamente dissolve a Assembleia e faz com que haja novas eleições no dia 23 de março.
Estas eleições podem significar o fim da era Netanyahu. O atual primeiro-ministro ocupa o poder ininterruptamente há quase doze anos. Formou a aliança de governo com o atual parceiro depois de um ime nas terceiras eleições a acontecer num curto espaço de tempo. Segundo o acordo, Gantz deveria suceder a Netanyahu e ocupar a liderança do governo até ao fim do mandato de três anos.
Agora, a principal ameaça à continuidade de Netanyahu já não é Gantz, que praticamente desapareceu do mapa nas sondagens, mas sim o novo partido liderado por Gideon Saar, um dissidente do Likud que já disse que iria vetar qualquer solução que e por um governo liderado por Netanyahu.
Afetado por um caso de corrupção, o ainda primeiro-ministro sai também enfraquecido do novo panorama político mundial, com o regresso dos democratas ao poder nos Estados Unidos e o fim do mandato do aliado Donald Trump. Já a posição do governo face à questão palestiniana não deve mudar, já que o próximo chefe do governo será, com quase toda a certeza, um conservador.