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Novo n\u00edvel de risco em Inglaterra Londres e o sudeste de Inglaterra cumprem este domingo o primeiro dia do novo n\u00edvel quatro de risco, o mais elevado no Reino Unido e anunciado s\u00e1bado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, de forma n\u00e3o vinculativa para Esc\u00f3cia, Pa\u00eds de Gales e Irlanda do Norte. Nas zonas inglesas de maior risco, as pessoas est\u00e3o agora obrigadas a ficar em casa e n\u00e3o podem viajar porque a nova estirpe est\u00e1 \u0022descontrolada\u0022, assumiu o ministro da Sa\u00fade do Reino Unido, em entrevista \u00e0 Sky News. A s\u00fabita mudan\u00e7a de estrat\u00e9gia anunciada este s\u00e1bado pelo primeiro-ministro brit\u00e2nico est\u00e1 a gerar protestos mesmo dentro do pr\u00f3prio Partido Conservador. Sobretudo depois de Boris Johnson ter itido que as novas regras agora implementadas para o Natal podem ficar em vigor durante meses para combater a estirpe do v\u00edrus surgida em Inglaterra. De acordo com jornal Guardian , alguns parlamentares conservadores est\u00e3o a acusar Johnson de ter deliberadamente atrasado a decis\u00e3o de colocar milh\u00f5es de pessoas restringidas pelas regras do n\u00edvel 4 para evitar o escrut\u00ednio do pr\u00f3prio partido. J\u00e1 Keir Starmer, o l\u00edder do Partido Trabalhista e por conseguinte da oposi\u00e7\u00e3o, embora concorde com as novas medidas de conten\u00e7\u00e3o da epidemia, aponta o dedo a Boris Johnson, cuja gest\u00e3o da epidemia \u00e9 categorizada pelos trabalhistas como uma \u0022neglig\u00eancia grosseira\u0022. Entretanto, ap\u00f3s muitas pessoas terem fugido s\u00e1bado \u00e0 noite das restri\u00e7\u00f5es de Londres na sequ\u00eancia do an\u00fancio de Boris Johnson, a pol\u00edcia brit\u00e2nica refor\u00e7ou este domingo as equipas nas zonas de maior risco de Inglaterra para garantir o cumprimento das novas regras. No resto do Reino Unido, a Esc\u00f3cia apertou as medidas para a \u00e9poca festiva, permitindo algum al\u00edvio apenas para o dia de Natal; o Pa\u00eds de Gales antecipou o confinamento previsto para este domingo; e a Irlanda do Norte manteve a estrat\u00e9gia j\u00e1 delineada anteriormente. ", "dateCreated": "2020-12-20T13:15:09+01:00", "dateModified": "2020-12-20T18:56:42+01:00", "datePublished": "2020-12-20T18:22:31+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F21%2F39%2F30%2F1440x810_cmsv2_35282dbf-8003-5e86-ab81-0864913c09ac-5213930.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Diversos pa\u00edses europeus decidem cortar liga\u00e7\u00f5es para tentar evitar importar o v\u00edrus modificado descoberto em Inglaterra. 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Nova variante do SARS-CoV-2 em Inglaterra dispara alarmes europeus

Nova variante do SARS-CoV-2 em Inglaterra dispara alarmes europeus
Direitos de autor Peter Dejong/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De Francisco Marques
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Diversos países europeus decidem cortar ligações para tentar evitar importar o vírus modificado descoberto em Inglaterra. Portugal mantém-se "ligado" aos britânicos, à espera da posição da União Europeia

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A Alemanha é o mais recente país europeu a juntar-se ao grupo dos que decidiram suspender as viagens de e para o Reino Unido para tentar evitar importar a nova variante do SARS-CoV-2 descoberta em Inglaterra.

Itália, Bélgica e Países Baixos já tinha anunciado a suspensão das ligações com o Reino Unido.

Outros países europeus como a a Irlanda e a França, que tem também ligação ferroviária à ilha britânica, estão a ponderar interromper igualmente as viagens oriundas do Reino Unido.

Israel também decidiu ar a bloquear a entrada no país de cidadãos estrangeiros oriundos do Reino Unido, assim como da Dinamarca e, tal como a Alemanha, também da África do Sul devido a diferentes mutações do SARS-CoV-2.

Portugal está atento

O Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, diz estar a acompanhar "com atenção" a situação epidemiológica no Reino Unido, "privilegiando a cooperação estreita entre as autoridades de saúde de ambos os dois países", não colocando para já a hipótese de restringir a circulação de pessoas entre ambos, aguardando por uma posição formal da União Europeia.

Em declarações à Agência Lusa, o virologista Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, considerou "pouco provável" que a nova estirpe do coronavírus que tem mantido o mundo refém venha a ter um "impacto gigantesco" nas novas vacinas, mas "é muito precoce estar a especular em relação a isso".

Este domingo, Portugal somou mais 3.334 novas infeções, 71 mortes, 2.419 pessoas recuperadas da infeção e mais 54 doentes internados, para um total de 3.027 hospitalizados, incluindo 483 nos cuidados intensivos.

Até ao momento, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), em Portugal não foi ainda identificado qualquer caso de infeção por esta nova variante do SARS-CoV-2, que as autoridades do Reino Unido alegam ser "mais facilmente transmissível".

A descoberta desta nova estirpe no sul de Inglaterra, e já com pelo menos um caso detetado nos Países Baixos, motivou uma reunião por videoconferência entre o presidente de França, Emmanuel Macron, que está com Covid-19, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Novo nível de risco em Inglaterra

Londres e o sudeste de Inglaterra cumprem este domingo o primeiro dia do novo nível quatro de risco, o mais elevado no Reino Unido e anunciado sábado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, de forma não vinculativa para Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Nas zonas inglesas de maior risco, as pessoas estão agora obrigadas a ficar em casa e não podem viajar porque a nova estirpe está "descontrolada", assumiu o ministro da Saúde do Reino Unido, em entrevista à Sky News.

É mais importante que nunca as pessoas serem responsáveis.

"Não se trata apenas de respeitar as regras, mas mesmo dentro da regras devem evitar ao máximo o o social porque isto é muito grave.
Matt Hancock
Ministro da Saúde do Reino Unido

A súbita mudança de estratégia anunciada este sábado pelo primeiro-ministro britânico está a gerar protestos mesmo dentro do próprio Partido Conservador. Sobretudo depois de Boris Johnson ter itido que as novas regras agora implementadas para o Natal podem ficar em vigor durante meses para combater a estirpe do vírus surgida em Inglaterra.

De acordo com jornal Guardian, alguns parlamentares conservadores estão a acusar Johnson de ter deliberadamente atrasado a decisão de colocar milhões de pessoas restringidas pelas regras do nível 4 para evitar o escrutínio do próprio partido.

Já Keir Starmer, o líder do Partido Trabalhista e por conseguinte da oposição, embora concorde com as novas medidas de contenção da epidemia, aponta o dedo a Boris Johnson, cuja gestão da epidemia é categorizada pelos trabalhistas como uma "negligência grosseira".

Levantei a questão das restrições no Natal ao primeiro-ministro na quarta-feira. Ele descartou-a e preferiu desejar às pessoas um Feliz Natal para, apenas três dias depois, acabar por lhes cancelar os planos.

"Penso que o povo britânico merece uma liderança mais eficaz. Estão a ser confundidos quando precisam de clareza.
Keir Starmer
Líder do Partido Trabalhista e da oposição

Entretanto, após muitas pessoas terem fugido sábado à noite das restrições de Londres na sequência do anúncio de Boris Johnson, a polícia britânica reforçou este domingo as equipas nas zonas de maior risco de Inglaterra para garantir o cumprimento das novas regras.

No resto do Reino Unido, a Escócia apertou as medidas para a época festiva, permitindo algum alívio apenas para o dia de Natal; o País de Gales antecipou o confinamento previsto para este domingo; e a Irlanda do Norte manteve a estratégia já delineada anteriormente.

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