O maestro italiano e a orquestra juvenil Luigi Cherubini vão interpretar Haydn. Público, só o de casa, devido às restrições ligadas à Covid-19.
PUBLICIDADEO Palácio Real de Caserta, em Itália, é o palco sumptuoso do concerto de natal da orquestra de Riccardo Muti.
"Devido à minha profissão, viajei por todo o mundo, mas adoro vir às minhas origens, ver o que os nossos anteados nos deixaram e nos deixa orgulhosos. No entanto, não deixo também de verter algumas lágrimas, ao ver as condições em que está o nosso país", conta o maestro.
É aqui que Muti vai dirigir a orquestra ‘Luigi Cherubini’, formada pelos mais talentosos entre os músicos italianos com menos de 30 anos.
"Neste espetacular Teatro da Corte, vão estar jovens italianos que representam a nossa esperança no futuro. É um sinal aos nossos governos para que vejam a importância da cultura. Cultura é igual a beleza, com B maiúsculo. É algo muito importante para a humanidade", diz Muti.
Este local já serviu de cenário a filmes como Star Wars ou Missão Impossível. Agora, é palco de um evento único. Neste concerto de Natal de Riccardo Mutti com a orquestra de jovens, não pode haver público, por causa das restrições ligadas à Covid, mas as notas de Haydn vão chegar ao coração de todos em casa. Aqui, vão interpretar a sinfonia "As sete últimas palavras do Senhor na cruz", de Haydn.
Para Muti, "música é abstração. Ninguém pode tocar um som. Mas o som existe, atinge-nos, envolve-nos. Cada palavra de Cristo encontra uma expressão sonora. Cada palavra é um som que se transforma em canção, através dos instrumentos da orquestra".
O concerto é gravado agora e transmitido pela RAI em janeiro de 2021.