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Há vida em Chernobyl, depois de Chernobyl

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adas décadas sobre o desastre nuclear de Chernobyl, há pessoas que voltaram à cidade-fantasma para viver. E garantem que é possível.

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O meu marido viu um clarão enquanto trabalhava num guindaste. Ele não prestou muita atenção, porque os "flashes" eram frequentes, mas mais tarde sentiu uma irritação na garganta e a boca seca. Disse aos amigos que não se sentia bem. E eles disseram para beber vodka. E ele bebeu. Durante a manhã, os médicos vieram com um medidor Geiger e mediram a radiação da tiróide. O nível de radiação era muito alto
Valentina Kukharenko
Residente na zona de exclusão de Chernobyl

Valentina Kukharenko decidiu não deixar os arredores de Chernobyl, após o pior desastre nuclear da história da humanidade.

A 26 de abril de 1986, um incêndio no quarto reator da central nuclear local acabaria por poluir toda a região com radiação. Mas não só. Nuvens carregadas de partículas radioativas percorreram milhares de quilómetros ao longo da Europa.

Quem morava perto da central abandonou as casas. À volta de Chernobyl foi criada uma zona de exclusão, com cerca de três mil quilómetros quadrados.

A tragédia matou pelo menos 31 pessoas de forma direta. Mas milhares acabaram por morrer com doenças associadas à exposição radioativa. Centenas de metros quadrados de terra foram contaminados, as águas poluídas e Pripiyat tornou-se numa cidade-fantasma, onde agora a natureza se impõe ao que outrora o homem construiu.

A área que abrange Chernobyl é uma terra abandonada para onde algumas pessoas se mudaram há décadas.

Atualmente, a lei ucraniana proíbe viver na zona de Chernobyl. O governo da Ucrânia reconhece que aquela parte do território está poluída. No entanto, entre 130 e 180 pessoas, principalmente idosos, vivem aqui.

Para o professor Sergey Zibtsev, da Universidade Nacional de Ciências da Vida e do Meio Ambiente da Ucrânia, o solo ao redor de Chernobyl ainda está contaminado.

"Atualmente, as pessoas estão severamente expostas à radiação mesmo fora da Zona de Exclusão, principalmente os moradores, porque tudo ainda é perigoso para o meio ambiente, mesmo 30 anos após a explosão. O governo precisa fazer grandes investimentos para proteger as pessoas, centenas de milhares de pessoas que vivem fora da zona de exclusão", alerta.

Vida que se renova

Apesar do impacto negativo na vida humana, alguns cientistas acreditam que o efeito, a longo prazo, no ecossistema foi positivo e a área afetada está a recuperar.

Evgeny Markevich, vive na zona de exclusão e assegura que isso não representa uma ameaça para a saúde.

Aos 82 anos, não tem dúvidas de que "O corpo humano se adapta a tudo, se acostuma e tudo e tudo a a ser normal. Já aram 34 anos, certo? Serão 34 [anos], em um mês. O tempo cura".

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