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Conflito por Nagorno-Karabakh coloca milhares em busca de abrigo

Conflito por Nagorno-Karabakh coloca milhares em busca de abrigo
Direitos de autor Ismail Cozkun/IHA
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Uns vivem em cidades alvo de bombardeamentos, outros optaram por fugir delas, No Azerbaijão, o confronto com as forças separatistas de Nagorno-Karabakh, obrigou os dois lados do conflito a procurar segurança onde a guerra é uma ameaça constante.

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O som das sirenes em Stepanakert dita o início de um ritual. Assim que as ouvem, centenas de mulheres da capital de Nagorno-Karabakh dirigem-se para as caves. É o abrigo possível, nesta região separatista, onde as tréguas com o Azerbaijão são sentidas como uma promessa que nunca saiu do papel.

Rita Grigoryan vive na cidade e não esconde os sentimentos que nutre pelas forças beligerantes do outro lado. 

"O que é que eu sinto? Se um deles estivesse aqui do meu lado, eu estrangulava-o, estrangulava-o, sem armas. Perdi o meu marido e agora podia ter perdido o meu neto e outros familiares, podia perder um genro, poderia perder um irmão. E porquê? Será que não tivemos perdas suficientes durante a outra guerra? Agora está tudo a recomeçar. Quem é que quer isto?", questiona. 

Milhares de deslocados em fuga

Numa aldeia do Azerbaijão, centenas de pessoas converteram uma escola em alojamento temporário. Fazem parte dos deslocados que a guerra obrigou a deixar tudo para trás.

"Partimos no dia 27 de setembro, de manhã cedo, quando começaram os bombardeamentos. Toda a gente correu. As casas foram destruídas. As pessoas na estrada estavam a morrer. Temos dois vizinhos que foram mortos por uma bomba", conta Fatma Suleymanova, uma octogenária a viver deslocada.

Com o filho ao colo, Sakhir Huseinov, conta que "As crianças assustaram-se com os sons dos bombardeamentos. Estavam assustadas. Foi por isso que deixámos tudo e viemos para aqui". 

Mas apesar da decisão que tomou, o regresso continua a ser um objetivo. "Deus abençoe o nosso estado, deram-nos tudo aqui. Mas nós queremos voltar à nossa terra. O meu irmão está lá agora, a lutar. Se me pedirem, eu também vou", afirma.

Em pouco mais de duas semanas, o conflito armado entre as forças arménias e azeris já terá feito centenas de mortos e milhares de deslocados.

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