{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/06/17/falta-de-antirretrovirais-em-angola-e-um-problema-real-onusida" }, "headline": "Falta de antirretrovirais em Angola \u201c\u00e9 um problema real\u201d - ONUSIDA", "description": "O representante da ONUSIDA em Angola, Michel Kouakou, disse esta quarta-feira, \u00e0 Ag\u00eancia Lusa, que a quest\u00e3o da rotura de \u0022stock\u0022 de antirretrovirais de segunda linha no pa\u00eds \u0022\u00e9 um problema real\u0022, mas garantiu que a organiza\u00e7\u00e3o e Governo angolano trabalham para resolu\u00e7\u00e3o.", "articleBody": "O representante da ONUSIDA em Angola, Michel Kouakou, disse esta quarta-feira, \u00e0 Ag\u00eancia Lusa, que a quest\u00e3o da rotura de \u0022stock\u0022 de antirretrovirais de segunda linha no pa\u00eds \u0022\u00e9 um problema real\u0022, mas garantiu que a organiza\u00e7\u00e3o e Governo angolano trabalham para resolu\u00e7\u00e3o. \u0022\u00c9 um problema real, obviamente como ONUSIDA temos que trabalhar em coordena\u00e7\u00e3o com outras ag\u00eancias, porque quando se trata de tratamento a responsabilidade \u00e9 da Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS), ent\u00e3o trabalhamos com a OMS para poder tornar isso efetivo\u0022, afirmou hoje em declara\u00e7\u00f5es \u00e0 Lusa. O Fundo Global \u00e9 atualmente respons\u00e1vel pela aquisi\u00e7\u00e3o de 30% de f\u00e1rmacos e testes de VIH em Angola e o Governo angolano adquire os restantes 70%, segundo Michel Kouakou. Para o representante da ONUSIDA em Angola, o \u0022encerramento de fronteiras e o cancelamento de voos, devido \u00e0 Covid-19\u0022, concorreram para a atual situa\u00e7\u00e3o de car\u00eancia de antirretrovirais de segunda linha no pa\u00eds. Neste per\u00edodo de pandemia, \u0022que apareceu sem avisar ningu\u00e9m, os atos mudaram, todo o mundo ficou preocupado e o Governo angolano tomou a medida certa para conter a propaga\u00e7\u00e3o,\u0022. \u0022Com os voos suspensos, as encomendas n\u00e3o chegaram a tempo, ent\u00e3o isso explica em parte essas medidas, mas outra medida salutar que foi tomada em finais de mar\u00e7o e in\u00edcio de abril era dar tr\u00eas meses de medica\u00e7\u00e3o \u00e0s pessoas vivendo\u0022, real\u00e7ou. Ent\u00e3o, observou, \u0022o perigo \u00e9 a partir agora em finais de junho, obviamente que \u00e9 complicado fazer uma pesquisa para saber quantas pessoas est\u00e3o nesta situa\u00e7\u00e3o sem o aos medicamentos de segunda linha\u0022. \u0022Mas, mesmo se for uma ou dez pessoas j\u00e1 \u00e9 uma preocupa\u00e7\u00e3o\u0022, notou. A problem\u00e1tica da rotura de \u0022stock\u0022 de antirretrovirais, sobretudo de segunda linha, em Angola foi apresentada na quinta-feira ada pela Anaso, que em carta aberta enviada \u00e0 Lusa, onde alertava que a situa\u00e7\u00e3o \u0022poder\u00e1 se alargar\u0022 para os f\u00e1rmacos de primeira linha. Em rea\u00e7\u00e3o, o Governo angolano de conta que a rotura de \u0022stock\u0022 de antirretrovirais no pa\u00eds, \u0022decorre da conjuntura internacional, devido \u00e0 covid-19\u0022, garantindo que \u0022tudo est\u00e1 a ser feito para que esses medicamentos n\u00e3o faltem doentes\u0022. \u0022Quanto aos antirretrovirais dizemos que \u00e9 um desafio por esta altura, n\u00e3o s\u00f3 em Angola, mas \u00e9 um desafio mundial, Angola tem refor\u00e7ado tamb\u00e9m o seu stock, tem feito o seu melhor, mas h\u00e1 sempre um ou outro f\u00e1rmaco em que h\u00e1 uma dificuldade\u0022, afirmou a ministra da Sa\u00fade angolana, S\u00edlvia Lutucuta, na sexta-feira ada. Michel Kouakou assinala que \u0022v\u00e1rias a\u00e7\u00f5es est\u00e3o em curso para resolver a situa\u00e7\u00e3o o mais breve poss\u00edvel\u0022, garantindo que h\u00e1 disposi\u00e7\u00e3o dos respons\u00e1veis regionais e mundiais da ONUSIDA \u0022em apoiar o Governo angolano a partir das alternativas que vier a sugerir\u0022. \u0022Felizmente os voos devem retomar a 30 de junho e acreditamos que nos pr\u00f3ximos dias esse problema seja superado\u0022, frisou. Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 pretens\u00e3o de protestos p\u00fablicos de pessoas vivendo com o VIH/Sida sobre a car\u00eancia de antirretrovirais, anunciada hoje pela Anaso, o respons\u00e1vel da ONUSIDA no pa\u00eds sublinhou que \u0022manifestar \u00e9 um direito humano\u0022. \u0022Sei que a Anaso tem recebido essas preocupa\u00e7\u00f5es e quando eles chegam entramos em o com o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade para encontrar solu\u00e7\u00f5es porque realmente tecnicamente a rotura de stock n\u00e3o quer dizer que n\u00e3o h\u00e1 mais\u0022, apontou. Mas, explicou, \u0022n\u00e3o h\u00e1 o suficiente para abastecer todos, ent\u00e3o ainda acredito que existe o m\u00ednimo para acudir algumas pessoas\u0022. Segundo estat\u00edsticas da Anaso, Angola conta com cerca de 350 000 pessoas vivendo com o VIH/Sida, das quais 930 00 est\u00e3o a fazer terapia antirretroviral e destas cerca de 30% faz tratamento de segunda linha. ", "dateCreated": "2020-06-17T15:46:19+02:00", "dateModified": "2020-06-17T16:03:23+02:00", "datePublished": "2020-06-17T16:03:20+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F75%2F64%2F98%2F1440x810_cmsv2_26d700b9-4a0f-5418-ba31-083c8e856590-4756498.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O representante da ONUSIDA em Angola, Michel Kouakou, disse esta quarta-feira, \u00e0 Ag\u00eancia Lusa, que a quest\u00e3o da rotura de \u0022stock\u0022 de antirretrovirais de segunda linha no pa\u00eds \u0022\u00e9 um problema real\u0022, mas garantiu que a organiza\u00e7\u00e3o e Governo angolano trabalham para resolu\u00e7\u00e3o.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F75%2F64%2F98%2F432x243_cmsv2_26d700b9-4a0f-5418-ba31-083c8e856590-4756498.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Falta de antirretrovirais em Angola “é um problema real” - ONUSIDA

Falta de antirretrovirais em Angola “é um problema real” - ONUSIDA
Direitos de autor John Locher/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor John Locher/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
De euronews com LUSA
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

O representante da ONUSIDA em Angola, Michel Kouakou, disse esta quarta-feira, à Agência Lusa, que a questão da rotura de "stock" de antirretrovirais de segunda linha no país "é um problema real", mas garantiu que a organização e Governo angolano trabalham para resolução.

PUBLICIDADE

O representante da ONUSIDA em Angola, Michel Kouakou, disse esta quarta-feira, à Agência Lusa, que a questão da rotura de "stock" de antirretrovirais de segunda linha no país "é um problema real", mas garantiu que a organização e Governo angolano trabalham para resolução.

"É um problema real, obviamente como ONUSIDA temos que trabalhar em coordenação com outras agências, porque quando se trata de tratamento a responsabilidade é da Organização Mundial da Saúde (OMS), então trabalhamos com a OMS para poder tornar isso efetivo", afirmou hoje em declarações à Lusa.

O Fundo Global é atualmente responsável pela aquisição de 30% de fármacos e testes de VIH em Angola e o Governo angolano adquire os restantes 70%, segundo Michel Kouakou.

Para o representante da ONUSIDA em Angola, o "encerramento de fronteiras e o cancelamento de voos, devido à Covid-19", concorreram para a atual situação de carência de antirretrovirais de segunda linha no país.

Neste período de pandemia, "que apareceu sem avisar ninguém, os atos mudaram, todo o mundo ficou preocupado e o Governo angolano tomou a medida certa para conter a propagação,".

"Com os voos suspensos, as encomendas não chegaram a tempo, então isso explica em parte essas medidas, mas outra medida salutar que foi tomada em finais de março e início de abril era dar três meses de medicação às pessoas vivendo", realçou.

Então, observou, "o perigo é a partir agora em finais de junho, obviamente que é complicado fazer uma pesquisa para saber quantas pessoas estão nesta situação sem o aos medicamentos de segunda linha".

"Mas, mesmo se for uma ou dez pessoas já é uma preocupação", notou.

A problemática da rotura de "stock" de antirretrovirais, sobretudo de segunda linha, em Angola foi apresentada na quinta-feira ada pela Anaso, que em carta aberta enviada à Lusa, onde alertava que a situação "poderá se alargar" para os fármacos de primeira linha.

Em reação, o Governo angolano de conta que a rotura de "stock" de antirretrovirais no país, "decorre da conjuntura internacional, devido à covid-19", garantindo que "tudo está a ser feito para que esses medicamentos não faltem doentes".

"Quanto aos antirretrovirais dizemos que é um desafio por esta altura, não só em Angola, mas é um desafio mundial, Angola tem reforçado também o seu stock, tem feito o seu melhor, mas há sempre um ou outro fármaco em que há uma dificuldade", afirmou a ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, na sexta-feira ada.

Michel Kouakou assinala que "várias ações estão em curso para resolver a situação o mais breve possível", garantindo que há disposição dos responsáveis regionais e mundiais da ONUSIDA "em apoiar o Governo angolano a partir das alternativas que vier a sugerir".

"Felizmente os voos devem retomar a 30 de junho e acreditamos que nos próximos dias esse problema seja superado", frisou.

Em relação à pretensão de protestos públicos de pessoas vivendo com o VIH/Sida sobre a carência de antirretrovirais, anunciada hoje pela Anaso, o responsável da ONUSIDA no país sublinhou que "manifestar é um direito humano".

"Sei que a Anaso tem recebido essas preocupações e quando eles chegam entramos em o com o Ministério da Saúde para encontrar soluções porque realmente tecnicamente a rotura de stock não quer dizer que não há mais", apontou.

Mas, explicou, "não há o suficiente para abastecer todos, então ainda acredito que existe o mínimo para acudir algumas pessoas".

Segundo estatísticas da Anaso, Angola conta com cerca de 350 000 pessoas vivendo com o VIH/Sida, das quais 930 00 estão a fazer terapia antirretroviral e destas cerca de 30% faz tratamento de segunda linha.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Itália assinala o dia em memória das vítimas da Covid-19

Democratas pressionam Joe Biden para reavaliar candidatura às presidenciais

Biden infetado com covid-19 suspende ações de campanha