Governo italiano lançou a "Imunni" em quatro regiões-piloto, mas vai alargar o uso a todo o país, apesar das dúvidas sobre os dados recolhidos e tratados
PUBLICIDADEOs cidadãos das regiões italianas de Ligúria, Apúlia, Marcas e Abruzos podem a partir desta segunda-feira descarregar e utilizar a aplicação para rastrear casos positivos de Covid-19.
O assunto tem levantado reservas no mundo inteiro. Em Itália, foi análisado pelo Provedor de Justiça que deu luz verde à "Immuni", desenvolvida por uma empresa informática de Milão.
O executivo italiano defende que esta é uma importante ferramenta para travar a propagação da doença, mas reconhece que precisa que 60 por cento da população a utilize para que seja eficaz.
Concluida a fase de testes, a aplicação agora aberta aos cidadãos das quatro regiões piloto deve ser alargada a todo o país dentro de uma semana.
A "Immuni" é anónima e de adesão voluntária - requisitos impostos pela União Europeia. Funciona com a tecnologia bluetooth e, em tese, guarda o mapa de os com outros aparelhos que tenham também a aplicação instalada. O objetivo é avisar esta rede de os, quando alguém testa positivo.
São vários os peritos que pedem transparência às autoridades italianas sobre a recolha e tratamento de dados neste processo. Pedem nomeadamente uma auditoria externa à forma como a aplicação foi construída para determinar os impactos na privacidade individua l dos cidadãos.
Na fase de testes, a aplicação gerou críticas positivas nos utilizadores tanto na Play Store como na Apple Store. As autoridades locais questionam a eficácia da aplicação em áreas em que o número de casos positivos de Covid-19 é muito limitado.