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Segundo jovem morto pela polícia angolana em cinco dias

Um agente de autoridade interpela um jovem no distrito de Kifangondo, em Luanda
Um agente de autoridade interpela um jovem no distrito de Kifangondo, em Luanda Direitos de autor OSVALDO SILVA / AFP
Direitos de autor OSVALDO SILVA / AFP
De Francisco Marques com Agência Lusa
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Esta segunda morte aconteceu num mercado de Benguela, onde os agentes da ordem alegam ter sido recebidos " com paus, facas, catanas e pedras" após serem chamados para resolver uma contenda entre vendedores de peixe

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Um jovem de 14 anos foi baleado pelas forças da ordem num mercado de peixe, em Benguela, Angola.

Os agentes da autoridade alegam terem sido chamados para resolver uma discussão entre vendedoras de peixe e terão sido recebidos "com paus, facas, catanas e pedras."

Foi o segundo incidente do género ocorrido em Angola no espaço de cinco dias.

De acordo com o porta-voz da Polícia Nacional, Valdemar José, o caso aconteceu no mercado da praia das Tombas. Se a polícia é chamada para repor a ordem “não é de todo aceitável” que “seja recebida de forma contundente pelos cidadãos ao ponto de termos alguns polícias feridos”, acrescentou.

Valdemar José explicou que, se não fossem efetuados tiros para dispersar os populares, não se sabe “qual seria o desfecho”.

Em resultado desta ação, a polícia “feriu um cidadão de 26 anos e acabou por matar um outro cidadão de 14 anos”, adiantou, lamentando o sucedido.

O Comando Província de Benguela da Polícia Nacional adiantou num comunicado que foram detidos três jovens, dois de 16 e um de 19 anos de idade, estando no “encalço de outros implicados foragidos”.

Primeiro caso ocorreu em Luanda

No sábado, um outro jovem, de 21 anos, em Luanda, morreu na sequência de disparos efetuados por efetivos policiais, para dispersar um ajuntamento de pessoas, na zona do Rocha Pinto, em Luanda.

De acordo com a polícia, os cidadãos "partiram para agressão contra as forças da ordem, arremessando paus, pedras e garrafas", mas familiares do jovem alegam ter sido morto porque não estava a usar máscara.

A polícia angolana tem sido acusada de uso excessivo de força durante o estado de emergência, que Angola cumpre desde o dia 27 de março, para conter a pandemia de covid-19.

Por seu lado, as autoridades policiais têm reportado atos de desobediência e mesmo agressões físicas dos cidadãos aos agentes.

Novos casos de Covid-19

Angola registou três novos casos de infeção por covid-19, todos de transmissão local, elevando para 48 o número total de infetados, anunciou o secretário de Estado da Saúde Pública.

Segundo Franco Mufinda, trata-se de moradores do bairro Hoji Ya Henda, vizinhos do cidadão da Guiné-Conacri conhecido como “caso 31” e também nacionais deste país: um homem de 36 anos e duas mulheres, de 24 e 29 anos.

Os doentes, que moram numa área atualmente sob cerca sanitária, encontravam-se já em quarentena institucional. Atualmente, encontram-se isoladas desta forma 688 pessoas.

Entre os 48 casos identificados, 21 são de transmissão local.

Das 6136 amostras colhidas até ao momento, 48 deram resultados positivos, 5607 foram negativas e 481 estão em processamento.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Em África, há 2.475 mortos confirmados, com quase 72 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (913 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 casos e quatro mortos), Cabo Verde (315 casos e duas mortes), São Tomé e Príncipe (231 casos e sete mortos), Moçambique (115 casos) e Angola (45 infetados e dois mortos).

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