{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/02/20/eurodeputados-ceticos-com-proposta-de-orcamento-da-ue" }, "headline": "Eurodeputados c\u00e9ticos com proposta de or\u00e7amento da UE", "description": "O corte de 14 por cento na Pol\u00edtica Agr\u00edcola Comum e o corte de 12 por cento nos fundos de Coes\u00e3o s\u00e3o inaceit\u00e1veis para dois eurodeputados portugueses que fazem parte do grupo de negociadores por parte do Parlamento Europeu.", "articleBody": "H\u00e1 quase dois anos que se arrasta a discuss\u00e3o sobre o or\u00e7amento plurianual da Uni\u00e3o Europeia para o per\u00edodo 2021-2027. A primeira proposta foi feita pela Comiss\u00e3o Europeia liderada por Jean-Claude Juncker, ainda antes das elei\u00e7\u00f5es europeias de 2019. Mas agora o tempo escasseia e nesta cimeira da Uni\u00e3o Europeia (chefes de Estado e de Governo), que se inicia quinta-feira, os pa\u00edses do chamado grupo \u0022Amigos da Coes\u00e3o\u0022, no qual se inclui Portugal, que querem um or\u00e7amento mais expansionista, v\u00e3o ter que se entender com os chamados pa\u00edses do grupo \u0022Frugal\u0022, que n\u00e3o querem contribuir com mais verbas. O corte de 14 por cento na Pol\u00edtica Agr\u00edcola Comum e o corte de 12 por cento nos fundos de Coes\u00e3o s\u00e3o inaceit\u00e1veis para o Partido Popular Europeu (centro-direita), disse um eurodeputado portugu\u00eas que pertence ao grupo de negociadores por parte do Parlamento Europeu. \u0022Um pa\u00eds como Portugal, que depende em mais de 80 por cento dos fundos de coes\u00e3o para o seu or\u00e7amento de investimento p\u00fablico, n\u00e3o pode estar de acordo com estes cortes enormes. Espero que o primeiro-ministro portugu\u00eas tenha a coragem de dizer que rejeita essa proposta\u0022, disse Jos\u00e9 Manuel Fernandes, eleito pelo PSD. Outra negociadora portuguesa, do grupo socialista e democrata, diz que a proposta modesta p\u00f5e em risco, n\u00e3o s\u00f3 as chamadas pol\u00edticas tradicionais, mas \u00e1reas mais inovadoras. \u0022Quando analisamos em pormenor os cortes que s\u00e3o apresentados no programa de investiga\u00e7\u00e3o Horizonte Europa, no programa de interc\u00e2mbio universit\u00e1rio Erasmus, no programa para a promo\u00e7\u00e3o do investimento - todos programas-chave para o desenvolvimento da Uni\u00e3o Europeia -, vemos uma redu\u00e7\u00e3o sistem\u00e1ticas das verbas, pelo que este or\u00e7amento proposto \u00e9 claramente insuficiente\u0022, afirmou Margarida Marques, eleita pelo PS. Mais recursos pr\u00f3prios e mais respeito pelo Estado de direito Para os eurodeputados portugueses \u00e9 positiva a inclus\u00e3o na proposta de novas fontes de receita, com impostos a n\u00edvel europeu ligados \u00e0s emiss\u00f5es poluentes e \u00e0 n\u00e3o-reciclagem de pl\u00e1sticos, mas poderia ir-se mais longe, taxando os gigantes do setor digital. \u0022N\u00e3o \u00e9 justo que as grandes empresas da digital, tais como Facebook, Amazon, Apple, Google, n\u00e3o contribuam mais\u0022, explicou Jos\u00e9 Manuel Fernandes. Outra novidade \u00e9 que as viola\u00e7\u00f5es do Estado de direito poder\u00e3o levar a congelamento de fundos para alguns pa\u00edses. O eurodeputado social-democrata est\u00e1 contra, mas a colega socialista v\u00ea-lhe m\u00e9rito. \u0022Os cidad\u00e3os europeus que contribuem para o financiamento da Uni\u00e3o Europeia t\u00eam de saber como \u00e9 que o dinheiro que eles pagam \u00e9 utilizado e por isso a quest\u00e3o do Estado de direito \u00e9 tamb\u00e9m fundamental. A utiliza\u00e7\u00e3o dos dinheiros p\u00fablicos tem de ser transparente na Uni\u00e3o Europeia\u0022, referiu Margarida Marques. Mesmo que os chefes de Estado e de Governo cheguem a acordo na reuni\u00e3o do Conselho Europeu (cimeira da UE), cabe ao Parlamento Europeu a \u00faltima palavra e com poder de veto. Todos os pol\u00edticos envolvidos nestas negocia\u00e7\u00f5es t\u00eam a clara no\u00e7\u00e3o de que um ime, e poss\u00edvel adiamento do processo, pode p\u00f4r em risco os pagamentos de programas muito importantes da Uni\u00e3o Europeia j\u00e1 a partir de 1 de janeiro de 2021. ", "dateCreated": "2020-02-18T09:21:35+01:00", "dateModified": "2020-02-23T00:54:10+01:00", "datePublished": "2020-02-20T15:56:35+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F51%2F18%2F20%2F1440x810_cmsv2_fba3fca5-ced9-5704-b157-23d89c72c601-4511820.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O corte de 14 por cento na Pol\u00edtica Agr\u00edcola Comum e o corte de 12 por cento nos fundos de Coes\u00e3o s\u00e3o inaceit\u00e1veis para dois eurodeputados portugueses que fazem parte do grupo de negociadores por parte do Parlamento Europeu.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F51%2F18%2F20%2F432x243_cmsv2_fba3fca5-ced9-5704-b157-23d89c72c601-4511820.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Marques da Silva", "givenName": "Isabel", "name": "Isabel Marques da Silva", "url": "/perfis/544", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Eurodeputados céticos com proposta de orçamento da UE

Eurodeputados céticos com proposta de orçamento da UE
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Isabel Marques da Silva
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O corte de 14 por cento na Política Agrícola Comum e o corte de 12 por cento nos fundos de Coesão são inaceitáveis para dois eurodeputados portugueses que fazem parte do grupo de negociadores por parte do Parlamento Europeu.

PUBLICIDADE

Há quase dois anos que se arrasta a discussão sobre o orçamento plurianual da União Europeia para o período 2021-2027. A primeira proposta foi feita pela Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker, ainda antes das eleições europeias de 2019.

Mas agora o tempo escasseia e nesta cimeira da União Europeia (chefes de Estado e de Governo), que se inicia quinta-feira, os países do chamado grupo "Amigos da Coesão", no qual se inclui Portugal, que querem um orçamento mais expansionista, vão ter que se entender com os chamados países do grupo "Frugal", que não querem contribuir com mais verbas.

O corte de 14 por cento na Política Agrícola Comum e o corte de 12 por cento nos fundos de Coesão são inaceitáveis para o Partido Popular Europeu (centro-direita), disse um eurodeputado português que pertence ao grupo de negociadores por parte do Parlamento Europeu.

"Um país como Portugal, que depende em mais de 80 por cento dos fundos de coesão para o seu orçamento de investimento público, não pode estar de acordo com estes cortes enormes. Espero que o primeiro-ministro português tenha a coragem de dizer que rejeita essa proposta", disse José Manuel Fernandes, eleito pelo PSD.

euronews

Outra negociadora portuguesa, do grupo socialista e democrata, diz que a proposta modesta põe em risco, não só as chamadas políticas tradicionais, mas áreas mais inovadoras.

"Quando analisamos em pormenor os cortes que são apresentados no programa de investigação Horizonte Europa, no programa de intercâmbio universitário Erasmus, no programa para a promoção do investimento - todos programas-chave para o desenvolvimento da União Europeia -, vemos uma redução sistemáticas das verbas, pelo que este orçamento proposto é claramente insuficiente", afirmou Margarida Marques, eleita pelo PS.

Mais recursos próprios e mais respeito pelo Estado de direito

Para os eurodeputados portugueses é positiva a inclusão na proposta de novas fontes de receita, com impostos a nível europeu ligados às emissões poluentes e à não-reciclagem de plásticos, mas poderia ir-se mais longe, taxando os gigantes do setor digital.

"Não é justo que as grandes empresas da digital, tais como Facebook, Amazon, Apple, Google, não contribuam mais", explicou José Manuel Fernandes.

Outra novidade é que as violações do Estado de direito poderão levar a congelamento de fundos para alguns países. O eurodeputado social-democrata está contra, mas a colega socialista vê-lhe mérito.

"Os cidadãos europeus que contribuem para o financiamento da União Europeia têm de saber como é que o dinheiro que eles pagam é utilizado e por isso a questão do Estado de direito é também fundamental. A utilização dos dinheiros públicos tem de ser transparente na União Europeia", referiu Margarida Marques.

Mesmo que os chefes de Estado e de Governo cheguem a acordo na reunião do Conselho Europeu (cimeira da UE), cabe ao Parlamento Europeu a última palavra e com poder de veto.

Todos os políticos envolvidos nestas negociações têm a clara noção de que um ime, e possível adiamento do processo, pode pôr em risco os pagamentos de programas muito importantes da União Europeia já a partir de 1 de janeiro de 2021.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Maxmillian Krah (AfD) vai ocupar lugar no parlamento alemão após polémicas

Comissário responsável pela Migração aberto a financiamento da UE para muros e vedações nas fronteiras

Comissão Europeia, Prodi e Monti apelam ao PPE e ao S&D: "A responsabilidade prevalece sobre Fitto e Ribera"