{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/02/12/a-luta-dos-migrantes-as-portas-da-europa" }, "headline": "A luta dos migrantes \u00e0s portas da Europa", "description": "De acordo com a ag\u00eancia da ONU para os refugiados, 37.000 pessoas deixam os seus lares todos os dias e embarcam numa viagem que s\u00f3 esperam que os leve a algum lugar melhor.", "articleBody": "Chamam-lhe \u0022o jogo\u0022. Atravessar da B\u00f3snia-Herzegovina para a Cro\u00e1cia \u00e9 uma aposta perigosa. Envolve ar dias a escalar montanhas \u00edngremes, atravessar florestas selvagens e, no inverno, tudo \u00e9 feito sob temperaturas abaixo de zero. A B\u00f3snia-Herzegovina \u00e9 a porta das traseiras da Europa. Uma porta que os funcion\u00e1rios de Bruxelas tentam, desesperadamente, manter fechada. \u0022At\u00e9 agora, a Uni\u00e3o Europeia deu 36 milh\u00f5es de euros para responder \u00e0s necessidades mais prementes de refugiados e migrantes e tamb\u00e9m para ajudar a refor\u00e7ar a capacidade de gest\u00e3o de fronteiras das autoridades da B\u00f3snia-Herzegovina,\u0022 explica a porta-voz da Uni\u00e3o Europeia (UE) para Coopera\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Internacional, Ana Pisonero. A B\u00f3snia partilha a tarefa de proteger as fronteiras externas da UE com a pol\u00edcia croata - que tem sido repetidamente acusada de pr\u00e1ticas controversas. \u0022Estamos a poucos metros da fronteira croata - a Uni\u00e3o Europeia come\u00e7a logo ali. De acordo com denuncias, \u00e9 para aqui que a pol\u00edcia croata tem trazido pessoas de volta, de forma ilegal e violando a legisla\u00e7\u00e3o europeia,\u0022 revela a jornalista da Euronews, Anelise Borges, perto de Bihac, B\u00f3snia-Herzegovina. O regulamento de Dublin estabelece que os Estados membros da Uni\u00e3o Europeia devem permitir - e processar - pedidos de asilo. Deporta\u00e7\u00f5es informais, sem o devido processo, s\u00e3o ilegais. Mas as for\u00e7as croatas foram acusadas de muito pior - incluindo brutalidade policial - O que as autoridades negam. \u201cEu n\u00e3o vi (as provas). Existem muitas dessas campanhas da sociedade civil que tentam provar que \u00e9 esse o caso, mas tamb\u00e9m desconfio - eu trabalhei num escrit\u00f3rio de advogados sobre quest\u00f5es de migra\u00e7\u00e3o. Sei como algumas desse material pode ser,\u0022 afirma a euroeputada croata \u017deljana Zovko. No lado b\u00f3snio da fronteira, as hist\u00f3rias sobre abuso da pol\u00edcia croata est\u00e3o por toda parte. Mas, aqui, as autoridades insistem que a melhor solu\u00e7\u00e3o \u00e9 manter as pessoas afastadas. \u0022A Uni\u00e3o Europeia precisa entender que, para ter seguran\u00e7a, \u00e9 preciso transformar a B\u00f3snia-Herzegovina, S\u00e9rvia, Montenegro e toda a regi\u00e3o numa barreira impenetr\u00e1vel para os migrantes,\u0022 declara o ministro da Seguran\u00e7a da B\u00f3snia-Herzegovina. Fahrudin Radoncic. Um ditado b\u00f3snio diz que quando uma porta se fecha outra se abre. Mas as autoridades daqui dizem que est\u00e3o prontas para fazer mais para manter a fortaleza da Europa fechada e pessoas como Hussein fora. O jovem de 12 anos est\u00e1 doente e, pelo menos por hoje, desistiu da ideia de atravessar a fronteira De acordo com a ag\u00eancia da ONU para os refugiados, 37.000 pessoas deixam os seus lares todos os dias e embarcam numa viagem que s\u00f3 esperam que os leve a algum lugar melhor. ", "dateCreated": "2020-02-12T05:38:12+01:00", "dateModified": "2020-02-12T17:11:41+01:00", "datePublished": "2020-02-12T16:10:13+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F49%2F70%2F24%2F1440x810_cmsv2_d2599df4-07d9-595e-bbc1-aa5e96702747-4497024.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "De acordo com a ag\u00eancia da ONU para os refugiados, 37.000 pessoas deixam os seus lares todos os dias e embarcam numa viagem que s\u00f3 esperam que os leve a algum lugar melhor.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F49%2F70%2F24%2F432x243_cmsv2_d2599df4-07d9-595e-bbc1-aa5e96702747-4497024.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Kemal Softic", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Borges", "givenName": "Anelise", "name": "Anelise Borges", "url": "/perfis/1443", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@AnneliseBorges", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue anglaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

A luta dos migrantes às portas da Europa

A luta dos migrantes às portas da Europa
Direitos de autor AP Photo/Kemal SofticKemal Softic
Direitos de autor AP Photo/Kemal Softic
De Anelise Borges & Luís Guita
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

De acordo com a agência da ONU para os refugiados, 37.000 pessoas deixam os seus lares todos os dias e embarcam numa viagem que só esperam que os leve a algum lugar melhor.

PUBLICIDADE

Chamam-lhe "o jogo". Atravessar da Bósnia-Herzegovina para a Croácia é uma aposta perigosa.

Envolve ar dias a escalar montanhas íngremes, atravessar florestas selvagens e, no inverno, tudo é feito sob temperaturas abaixo de zero.

A Bósnia-Herzegovina é a porta das traseiras da Europa. Uma porta que os funcionários de Bruxelas tentam, desesperadamente, manter fechada.

"Até agora, a União Europeia deu 36 milhões de euros para responder às necessidades mais prementes de refugiados e migrantes e também para ajudar a reforçar a capacidade de gestão de fronteiras das autoridades da Bósnia-Herzegovina," explica a porta-voz da União Europeia (UE) para Cooperação e Desenvolvimento Internacional, Ana Pisonero.

A Bósnia partilha a tarefa de proteger as fronteiras externas da UE com a polícia croata - que tem sido repetidamente acusada de práticas controversas.

"Estamos a poucos metros da fronteira croata - a União Europeia começa logo ali. De acordo com denuncias, é para aqui que a polícia croata tem trazido pessoas de volta, de forma ilegal e violando a legislação europeia," revela a jornalista da Euronews, Anelise Borges, perto de Bihac, Bósnia-Herzegovina.

O regulamento de Dublin estabelece que os Estados membros da União Europeia devem permitir - e processar - pedidos de asilo. Deportações informais, sem o devido processo, são ilegais. Mas as forças croatas foram acusadas de muito pior - incluindo brutalidade policial - O que as autoridades negam.

“Eu não vi (as provas). Existem muitas dessas campanhas da sociedade civil que tentam provar que é esse o caso, mas também desconfio - eu trabalhei num escritório de advogados sobre questões de migração. Sei como algumas desse material pode ser," afirma a euroeputada croata Željana Zovko.

No lado bósnio da fronteira, as histórias sobre abuso da polícia croata estão por toda parte. Mas, aqui, as autoridades insistem que a melhor solução é manter as pessoas afastadas.

"A União Europeia precisa entender que, para ter segurança, é preciso transformar a Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro e toda a região numa barreira impenetrável para os migrantes," declara o ministro da Segurança da Bósnia-Herzegovina. Fahrudin Radoncic.

Um ditado bósnio diz que quando uma porta se fecha outra se abre. Mas as autoridades daqui dizem que estão prontas para fazer mais para manter a fortaleza da Europa fechada e pessoas como Hussein fora. O jovem de 12 anos está doente e, pelo menos por hoje, desistiu da ideia de atravessar a fronteira

De acordo com a agência da ONU para os refugiados, 37.000 pessoas deixam os seus lares todos os dias e embarcam numa viagem que só esperam que os leve a algum lugar melhor.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

UE dá verbas mas critica Bósnia-Herzegovina sobre campo de refugiados

Migrantes em condições muito difíceis na Bósnia Herzegovina

Guarda costeira britânica interceta mais de 90 migrantes