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Depois de 40 anos a aquecer milhares de casas espanholas, o fumo vai desaparecer destas chamin\u00e9s a partir de julho deste ano. Esta \u00e9 mais uma central de carv\u00e3o que vai fechar. O correspondente da Euronews, Jaime Vel\u00e1zquez explica que \u0022Espanha est\u00e1 a abandonar o carv\u00e3o mais r\u00e1pido que nunca. A produ\u00e7\u00e3o el\u00e9trica que usa este mineral baixou de 15 para 5% em menos de um ano e deve desaparecer por completo antes de 2030. Mas em Teruel, a popula\u00e7\u00e3o n\u00e3o quer que a vida desapare\u00e7a com o carv\u00e3o e nesta central os trabalhadores acreditam que encontraram a solu\u00e7\u00e3o.\u0022 A empresa Endesa tem mantido as caldeiras paradas uma vez que o que se gasta apenas para as acender n\u00e3o compensa: o elevado custo da tonelada de CO2 no mercado das emiss\u00f5es de carbono faz com que o carv\u00e3o n\u00e3o seja rent\u00e1vel. Ignacio Montaner, diretor da Endesa para a regi\u00e3o de Arag\u00e3o, lembra que \u0022se fiz\u00e9ssemos um inqu\u00e9rito, todos estariam de acordo em fechar a central de carv\u00e3o. Mas nesta regi\u00e3o, onde a central foi instalada h\u00e1 v\u00e1rios anos e onde tem sido o motor da economia, diriam que seria necess\u00e1rio ter um per\u00edodo de transi\u00e7\u00e3o de forma a n\u00e3o deixar ao abandono os trabalhadores e as fam\u00edlias da regi\u00e3o.\u0022 Neste espa\u00e7o chegaram a ser armazenadas tr\u00eas milh\u00f5es de toneladas de carv\u00e3o. Agora s\u00f3 h\u00e1 restos e em breve o parque deve ganhar uma nova vida. Ignacio Montaner acredita que \u0022este \u00e9 o fim de uma era mas felizmente haver\u00e1 uma transi\u00e7\u00e3o\u0022. Integrado no processo justo de transi\u00e7\u00e3o, a Endesa deve investir 1500 milh\u00f5es de euros para construir o maior parque solar da Europa. 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Central de carvão de Teruel transformada em parque solar a partir de julho

Central de carvão de Teruel transformada em parque solar a partir de julho
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Espanha está a abandonar o carvão mais rápido que nunca. A produção elétrica que usa este mineral baixou de 15 para 5% em menos de um ano e deve desaparecer por completo antes de 2030

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Numa altura em que alguns países da Europa resistem a abandonar a energia do carvão, Espanha está a acelerar a transição. Apenas três das 15 centrais do país vão continuar operacionais até 2022. Mas a transição para uma economia verde também está a levantar muitas preocupações junto dos trabalhadores: exigem uma transição socialmente justa.

Depois de 40 anos a aquecer milhares de casas espanholas, o fumo vai desaparecer destas chaminés a partir de julho deste ano. Esta é mais uma central de carvão que vai fechar. O correspondente da Euronews, Jaime Velázquez explica que "Espanha está a abandonar o carvão mais rápido que nunca. A produção elétrica que usa este mineral baixou de 15 para 5% em menos de um ano e deve desaparecer por completo antes de 2030. Mas em Teruel, a população não quer que a vida desapareça com o carvão e nesta central os trabalhadores acreditam que encontraram a solução."

A empresa Endesa tem mantido as caldeiras paradas uma vez que o que se gasta apenas para as acender não compensa: o elevado custo da tonelada de CO2 no mercado das emissões de carbono faz com que o carvão não seja rentável. Ignacio Montaner, diretor da Endesa para a região de Aragão, lembra que "se fizéssemos um inquérito, todos estariam de acordo em fechar a central de carvão. Mas nesta região, onde a central foi instalada há vários anos e onde tem sido o motor da economia, diriam que seria necessário ter um período de transição de forma a não deixar ao abandono os trabalhadores e as famílias da região."

Neste espaço chegaram a ser armazenadas três milhões de toneladas de carvão. Agora só há restos e em breve o parque deve ganhar uma nova vida. Ignacio Montaner acredita que "este é o fim de uma era mas felizmente haverá uma transição".

Integrado no processo justo de transição, a Endesa deve investir 1500 milhões de euros para construir o maior parque solar da Europa. Um projeto que conta com 4 mil postos de trabalho durante a instalação dos painéis solares e deve garantir 140 empregos quando a unidade estiver operacional.

A apenas quatro meses do fim definitivo da central a carvão, os trabalhadores queixam-se que o novo projeto ainda não está em marcha. Antonio Planas era mineiro até ter sido contratado para a trabalhar na central há 27 anos. Agora teme que a agem para a energia ecológica não seja suficiente.

"Existe futuro para além do carvão, claro que existe. E os empregos? Alguns dos meus colegas. que têm 35, 40 anos, com filhos...vão ter de sair daqui. Não é justo", afirma Antonio.

Outros esperam que o novo parque solar seja um recomeço, é o caso de Nacho Blasco. "Com as minhas aptidões, depois de vários anos na manutenção e operações da central de carvão, acho que consigo trabalhar como supervisor no parque solar", acredita o funcionário da central de carvão.

Neste momento, estes trabalhadores têm apenas uma certeza: o carvão vai acabar. Teruel vai ter de esperar 5 anos para perceber se a transição funciona e servir de exemplo para dezenas de centrais de carvão na Europa, antes que a emergência climática se torne numa emergência social.

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