{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/02/04/agencia-internacional-para-a-energia-atomica-garante-que-mantem-acao-no-irao" }, "headline": "Ag\u00eancia Internacional para a Energia At\u00f3mica garante que mant\u00e9m a\u00e7\u00e3o no Ir\u00e3o", "description": "\u0022A n\u00e3o prolifera\u00e7\u00e3o de armas nucleares \u00e9 uma decis\u00e3o soberana de um estado. Se um estado decide n\u00e3o aumentar, ele pode faz\u00ea-lo\u0022, garante o diretor-geral da Ag\u00eancia Internacional para a Energia At\u00f3mica, em entrevista \u00e0 Euronews.", "articleBody": "A Ag\u00eancia Internacional para a Energia At\u00f3mica \u00e9 o \u00f3rg\u00e3o central de vigil\u00e2ncia no mundo. O papel que desempenha em rela\u00e7\u00e3o ao acordo nuclear do Ir\u00e3o, assinado em 2015, tornou-se cada vez mais proeminente desde que Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo, em 2018. O atual diretor-geral da Ag\u00eancia \u00e9 Rafael Mariano Rossi e \u00e9 o entrevistado deste \u0022 The Global Conversation \u0022. Jack Parrock, Euronews:\u00a0 Vamos come\u00e7ar com o Ir\u00e3o. Desde o assassinato do general iraniano Qasam Soleimani, o governo iraniano disse que agora n\u00e3o \u00e9 obrigado a defender os cinco principais crit\u00e9rios do acordo nuclear iraniano. Qu\u00e3o perigoso \u00e9 que isso pode ser? Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Ag\u00eancia Internacional para a Energia At\u00f3mica: \u0022Eu diria que a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 bastante incomum, porque continuamos as nossas atividades de inspe\u00e7\u00e3o a esse respeito. A coopera\u00e7\u00e3o do Ir\u00e3o como um estado inspecionado n\u00e3o foi interrompida. Estamos l\u00e1, os nossos inspetores est\u00e3o l\u00e1. Continuam as atividades, o que \u00e9 muito importante. 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A ag\u00eancia estar\u00e1 l\u00e1 para certificar isso.\u0022 J.P.:\u00a0 Depois de Fran\u00e7a, a Alemanha e o Reino Unido afirmarem que lan\u00e7ariam os mecanismos de resolu\u00e7\u00e3o de diverg\u00eancias como parte do acordo, decidiram suspender o prazo. Na sua perspetiva, o que \u00e9 que isso significa e o que \u00e9 que a sua ag\u00eancia faz durante esse per\u00edodo? R.M.G.: \u0022 Temos de garantir a continuidade do esfor\u00e7o de inspe\u00e7\u00e3o. Obviamente que, se houvesse alguma interrup\u00e7\u00e3o ou disrup\u00e7\u00e3o no trabalho dos nossos inspetores, as diverg\u00eancias, que devem ser resolvidas por esse mecanismo, seriam muito maiores do que as que existem atualmente. J.P.:\u00a0 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump j\u00e1 se reuniu com Kim Jong Un, o l\u00edder da Coreia do Norte. Mas agora a rela\u00e7\u00e3o entre os dois parece n\u00e3o estar t\u00e3o boa. Como \u00e9 que avalia as ambi\u00e7\u00f5es nucleares da Coreia do Norte?\u0022 R.M.G.: \u0022A ag\u00eancia esteve l\u00e1 durante muito tempo, at\u00e9 os nossos inspetores serem expulsos do pa\u00eds, h\u00e1 mais de dez anos. Portanto, j\u00e1 h\u00e1 mais de uma d\u00e9cada que n\u00e3o h\u00e1 uma presen\u00e7a cont\u00ednua dos nossos inspetores no terreno. Isso significa que deit\u00e1mos toalha ao ch\u00e3o e par\u00e1mos o nosso trabalho? De forma alguma. Estamos constantemente a analisar informa\u00e7\u00f5es sobre o que est\u00e1 a acontecer e mantemos a nossa disponibilidade para o envio imediato dos nossos inspetores. Quando come\u00e7\u00e1mos esta complexa rela\u00e7\u00e3o, a Coreia do Norte era um pa\u00eds com ambi\u00e7\u00f5es, mas sem armas nucleares. Agora \u00e9 um Estado de armas nucleares com um arsenal confirmado. Portanto, toda a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 pol\u00edtica e tecnologicamente diferente. Por isso, julgo que dev\u00edamos parar de falar sobre ambi\u00e7\u00f5es. A Coreia do Norte \u00e9 um Estado com armamento nuclear. Precisamos de tentar reverter essa situa\u00e7\u00e3o e torn\u00e1-la num estado o mais est\u00e1vel poss\u00edvel.\u0022 J.P.:\u00a0 Mas o presidente dos EUA provou que gostar de fazer as coisas sozinho e n\u00e3o atrav\u00e9s de organiza\u00e7\u00f5es internacionais como a sua. Acredita que ele valoriza a sua ag\u00eancia para entrar na Coreia do Norte? Ou acha que gostaria que entrassem apenas os inspetores americanos? R.M.G.: \u0022Acredito que, quando se trata de um acordo, se houver um acordo com a Coreia do Norte, estou convencido de que esta ag\u00eancia ter\u00e1 um papel indispens\u00e1vel.\u0022 J.P.:\u00a0 Est\u00e1 preocupado com a possibilidade de agentes n\u00e3o estatais poderem vir a ter o a armas nucleares? R.M.G.: \u0022\u00c9 uma preocupa\u00e7\u00e3o. A quantidade de material nuclear - e por material nuclear, n\u00e3o quero dizer armas nucleares; estou a falar de ur\u00e2nio, ur\u00e2nio enriquecido ou mesmo material que est\u00e1 nas unidades de sa\u00fade de todo o mundo - est\u00e1 a crescer, o que \u00e9 bom. Mas \u00e9 \u00f3bvio que isso tamb\u00e9m funciona como um \u00edman para grupos terroristas, que podem, como sabe, ter o a esse material. Eu nem diria que \u00e9 para fabricar armas nucleares, mas simplesmente para ter um incidente radiol\u00f3gico, uma bomba. Portanto, todas essas possibilidades existem\u0022. 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Agência Internacional para a Energia Atómica garante que mantém ação no Irão

Agência Internacional para a Energia Atómica garante que mantém ação no Irão
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De Jack ParrockEuronews
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"A não proliferação de armas nucleares é uma decisão soberana de um estado. Se um estado decide não aumentar, ele pode fazê-lo", garante o diretor-geral da Agência Internacional para a Energia Atómica, em entrevista à Euronews.

A Agência Internacional para a Energia Atómica é o órgão central de vigilância no mundo. O papel que desempenha em relação ao acordo nuclear do Irão, assinado em 2015, tornou-se cada vez mais proeminente desde que Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo, em 2018.

O atual diretor-geral da Agência é Rafael Mariano Rossi e é o entrevistado deste "The Global Conversation".

O que nossos inspetores têm verificado é o grau decrescente de cumprimento do contrato de 2015
Rafael Mariano Grossi
Diretor-geral da Agência Internacional para a Energia Atómica

Jack Parrock, Euronews:  Vamos começar com o Irão. Desde o assassinato do general iraniano Qasam Soleimani, o governo iraniano disse que agora não é obrigado a defender os cinco principais critérios do acordo nuclear iraniano. Quão perigoso é que isso pode ser?

Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional para a Energia Atómica: "Eu diria que a situação é bastante incomum, porque continuamos as nossas atividades de inspeção a esse respeito. A cooperação do Irão como um estado inspecionado não foi interrompida. Estamos lá, os nossos inspetores estão lá. Continuam as atividades, o que é muito importante. E o que nossos inspetores têm verificado é o grau decrescente de cumprimento do contrato de 2015."

J.P:  Uma das coisas que o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Javad Zarif, disse é que essas medidas são reversíveis. Acredita que as atividades nucleares sejam reversíveis? E o que é que significa "reversível"?

R.M.G.: "Como deu a entender, reversível é um termo subjetivo. Portanto, o que pode ser reversível para alguns pode não ser reversível para outros. Acredito que o valor inalienável do que fazemos é expormos os factos."

J.P.:  Mas todos os factos sobre o que o Irão está a fazer podem ser revertidos?

**R.M.G.: "**É claro que um país pode enriquecer mais, ou enriquecer menos. Podem atuar desta maneira. E vamos simplesmente informar sobre isso."

J.P.:  A que distância está o Irão de ser um estado com armamento nuclear?

**R.M.G.: "**É uma questão de analisar as capacidades, as capacidades tecnológicas que o Irão e muitos outros estados têm. Isso é uma realidade. O importante é que a Agência esteja lá para verificar se os valores e as quantidades são aqueles que foram acordados".

J.P.:  Mas 1200 quilos de urânio enriquecido estão perto de constituir armamento nuclear, não?

**R.M.G.: "**Pode ser. Mas esses valores também existem em outras partes do mundo. É uma questão que faz parte do nosso complexo sistema de avaliação. Se tudo for verificado, se os nossos inspetores estiverem lá, se o Irão vai incluir o protocolo adicional no contrato abrangente de salvaguardas. A comunidade internacional vai sempre estar a par de qualquer desenvolvimento."

A não proliferação de armas nucleares é uma decisão soberana de um estado
Rafael Mariano Grossi
Diretor-geral da Agência Internacional para a Energia Atómica

J.P.:  O acordo com o Irão parece estar por um fio, neste momento, com a manutenção da atividade nuclear e a retirada dos Estados Unidos. Acha que o acordo pode sobreviver? Qual é a probabilidade de o acordo com o Irão sobreviver?

**R.M.G.: "**Essa questão está na esfera da política e dos países e só eles podem explicar porque fazem o que fazem. Mas quanto às realidades no terreno apenas a Agência pode verificar o que está a acontecer. No final das contas, a não proliferação de armas nucleares é uma decisão soberana de um estado. Se um estado decide não aumentar, ele pode fazê-lo. A agência estará lá para certificar isso."

J.P.:  Depois de França, a Alemanha e o Reino Unido afirmarem que lançariam os mecanismos de resolução de divergências como parte do acordo, decidiram suspender o prazo. Na sua perspetiva, o que é que isso significa e o que é que a sua agência faz durante esse período?

**R.M.G.: "**Temos de garantir a continuidade do esforço de inspeção. Obviamente que, se houvesse alguma interrupção ou disrupção no trabalho dos nossos inspetores, as divergências, que devem ser resolvidas por esse mecanismo, seriam muito maiores do que as que existem atualmente.

(...) julgo que devíamos parar de falar sobre ambições. A Coreia do Norte é um Estado com armamento nuclear
Rafael Mariano Grossi
Diretor-geral da Agência Internacional para a Energia Atómica

J.P.:  O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump já se reuniu com Kim Jong Un, o líder da Coreia do Norte. Mas agora a relação entre os dois parece não estar tão boa. Como é que avalia as ambições nucleares da Coreia do Norte?"

R.M.G.: "A agência esteve lá durante muito tempo, até os nossos inspetores serem expulsos do país, há mais de dez anos. Portanto, já há mais de uma década que não há uma presença contínua dos nossos inspetores no terreno. Isso significa que deitámos toalha ao chão e parámos o nosso trabalho? De forma alguma. Estamos constantemente a analisar informações sobre o que está a acontecer e mantemos a nossa disponibilidade para o envio imediato dos nossos inspetores. Quando começámos esta complexa relação, a Coreia do Norte era um país com ambições, mas sem armas nucleares. Agora é um Estado de armas nucleares com um arsenal confirmado. Portanto, toda a situação é política e tecnologicamente diferente. Por isso, julgo que devíamos parar de falar sobre ambições. A Coreia do Norte é um Estado com armamento nuclear. Precisamos de tentar reverter essa situação e torná-la num estado o mais estável possível."

J.P.:  Mas o presidente dos EUA provou que gostar de fazer as coisas sozinho e não através de organizações internacionais como a sua. Acredita que ele valoriza a sua agência para entrar na Coreia do Norte? Ou acha que gostaria que entrassem apenas os inspetores americanos?

R.M.G.: "Acredito que, quando se trata de um acordo, se houver um acordo com a Coreia do Norte, estou convencido de que esta agência terá um papel indispensável."

J.P.:  Está preocupado com a possibilidade de agentes não estatais poderem vir a ter o a armas nucleares?

R.M.G.: "É uma preocupação. A quantidade de material nuclear - e por material nuclear, não quero dizer armas nucleares; estou a falar de urânio, urânio enriquecido ou mesmo material que está nas unidades de saúde de todo o mundo - está a crescer, o que é bom. Mas é óbvio que isso também funciona como um íman para grupos terroristas, que podem, como sabe, ter o a esse material. Eu nem diria que é para fabricar armas nucleares, mas simplesmente para ter um incidente radiológico, uma bomba. Portanto, todas essas possibilidades existem".

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