{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/11/08/entrevista-olaf-sholz-e-o-futuro-da-economia-da-uniao-europeia" }, "headline": "Entrevista: Olaf Scholz e o futuro da economia da Uni\u00e3o Europeia", "description": "Uni\u00e3o banc\u00e1ria, emprego na Alemanha e a quest\u00e3o do or\u00e7amento da Pol\u00edtica de Coes\u00e3o nas palavras do ministro das Finan\u00e7as da Alemanha", "articleBody": "De acordo com as \u00faltimas previs\u00f5es europeias, a Alemanha poder\u00e1 sofrer uma leve contra\u00e7\u00e3o do PIB no terceiro trimestre deste ano. Como consequ\u00eancia, a zona euro quase n\u00e3o cresceu e o equil\u00edbrio dos riscos, incluindo tens\u00f5es comerciais e a possibilidade de um Brexit desordenado, permanece decididamente em desvantagem. Entrevistamos o ministro das Finan\u00e7as alem\u00e3o Olaf Scholz. Qu\u00e3o perto estamos de uma recess\u00e3o real? 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Entrevista: Olaf Scholz e o futuro da economia da União Europeia

Entrevista: Olaf Scholz e o futuro da economia da União Europeia
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De Efi Koutsokosta & Ana Serapicos
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União bancária, emprego na Alemanha e a questão do orçamento da Política de Coesão nas palavras do ministro das Finanças da Alemanha

De acordo com as últimas previsões europeias, a Alemanha poderá sofrer uma leve contração do PIB no terceiro trimestre deste ano. Como consequência, a zona euro quase não cresceu e o equilíbrio dos riscos, incluindo tensões comerciais e a possibilidade de um Brexit desordenado, permanece decididamente em desvantagem. Entrevistamos o ministro das Finanças alemão Olaf Scholz.

"Reduzimos impostos para as famílias com baixa e média rendas e abolimos agora um imposto que existe desde o início dos anos 90, apenas para financiar a unificação da Alemanha."
Olaf Sholz
ministro das Finanças da Alemanha

Quão perto estamos de uma recessão real?

Olaf Scholz: "Não estamos perto de uma recessão real. Temos um crescimento mais lento. É algo que tem a ver com as tensões comerciais de todo o mundo. E qualquer um sabe que se essas tensões terminarem, teremos um cenário completamente diferente. São problemas provocados pelo homem, como disse Christine Lagarde quando era chefe do FMI. E se olhar para o dos debates entre a China e os EUA, parece que uma solução chegará e isso terá um impacto positivo no desenvolvimento da economia mundial. Por outro lado, se olhar para a Europa ou para a Alemanha, percebe que ainda existe uma situação económica muito estável. E se olhar especialmente para a Alemanha, percebe, também, que há uma constante oferta de emprego, que existem muitos ramos que procuram mão de obra qualificada. Se centenas de milhares de pessoas vierem de outros países baterem à nossas portas, terão logo emprego. E temos, por exemplo, na indústria da construção, muitos problemas que vêm do facto de não sermos capazes de responder a todas as demandas que existem."

Muitos argumentam que a Alemanha ainda tem espaço fiscal para aumentar o crescimento e a demanda doméstica. Vê a necessidade de aumentar os salários ou de reduzir os impostos para impulsionar todo esse ambiente?

Olaf Scholz: "É um pouco um debate teórico. Às vezes, tenho a ideia de que as pessoas apenas leem os artigos que escreveram há cinco anos sem olhar para a realidade. Temos uma política financeira muito expansionista, com investimentos públicos sempre altos. Continuaremos a ter isso nos próximos anos. E isso também será apoiado pela nova decisão do governo sobre o combate às mudanças climáticas. Será um investimento extra de 150 mil milhões nos próximos 10 anos, apenas para enfrentar essa questão."

Então não vê necessidade em tomar medidas ou medidas preventivas? Descreve um cenário que não é idêntico àquele que vemos na Europa e no mundo...

Olaf Scholz: "Reduzimos impostos para as famílias com baixa e média rendas, abolimos agora um imposto que existe desde o início dos anos 90, apenas para financiar a unificação da Alemanha. Há, portanto, muitos impactos a acontecer na economia da Alemanha. E se olhar de forma geral, vê que isto ajuda. Faz parte da estabilidade da economia alemã." 

"(...) a construção de uma União Bancária é uma tarefa enorme, e a primeira visão que devemos ter é a visão dos EUA"
Olaf Sholz
ministro das Finanças da Alemanha

Outra questão que surpreendeu, na verdade, também aqui em Bruxelas, foi a sua proposta de concluir algo que está nos papéis há sete anos no sindicato bancário. E vimos na sua proposta que também mudou aquela que era tradicionalmente uma linha vermelha alemã: O esquema de seguro de depósito. Significa que esta é a hora dos alemães, em caso de uma nova crise, pagarem para salvar os bancos dos países membros mais vulneráveis?

Olaf Scholz: "Ninguém deve ficar àquem. O que precisamos de entender é que a construção de uma União Bancária é uma tarefa enorme, e a primeira visão que devemos ter é a visão dos EUA. É um grande país com uma União Bancária e devemos aprender com eles o que precisamos. Se queremos ter algo assim na União Europeia, a visão deve ar por criar uma união bancária coesa e definir as etapas para lá chegar. E não apenas discutir o a o e depois não fazer nada, que é o que tem acontecido nos últimos anos."

Esta proposta é sua, resultou de si, ou é uma posição oficial do governo?

Olaf Scholz: "Foi minha a ideia de reabrir o cenário e discutir todos os elementos necessários para uma União Bancária. Por exemplo, precisamos de uma entidade que trabalhe com bancos mais pequenos, como o Federal Deposit Insurance Corporation nos Estados Unidos. Precisamos de uma solução para as questões de insolvência dos bancos. Não podemos ter regulamentos completamente diferentes em nenhum país sobre esta questão.

Há algo que impeça isso? Por exemplo, o sistema bancário da Europa é suficientemente seguro?

Olaf Scholz: "Se começarmos agora um debate - que é algo que não está acontecer como no ado, porque estão todos a ler os próprios trabalhos e a fazer nada - chegar a um acordo ainda levará algum tempo. E depois, haveria um trabalho árduo em produzir os documentos necessários e a fazer de tudo para consegui-los. E então, é melhor começarmos agora, já que não temos uma crise para enfrentar."

Vamos à política. É candidato à liderança do SPD. Sabemos que o partido perdeu terreno no último processo eleitoral. Ainda apoia a coligação com os conservadores?

Olaf Scholz: "Estamos numa coligação com o Partido Conservador porque não foi possível formar outro governo depois das últimas eleições. Não é fácil e qualquer um sabe que depois das próximas eleições obviamente que esta não será uma continuação do nosso governo."

Mas os seus eleitores pensam que o senhor ministro é muito parecido com o seu parceiro de coligação, por isso é que pergunto se ainda apoia...Ou deseja ver outro caminho para o seu partido?

Olaf Scholz: "É o partido que vai tomar uma decisão em dezembro no Congresso. Estou absolutamente certo de que se está num governo, e a fazer o que acordou fazer, não pode simplesmente dizer: Vou sair sem motivo."

E uma última pergunta sobre um debate muito intenso aqui em Bruxelas, que é o orçamento europeu. Está pronto para dar algo mais neste orçamento. Ou é o 1% a linha vermelha absoluta?

Olaf Scholz: Foi o que muitos países, como a Alemanha, propam, para mostrar que este é um aumento do dinheiro que gastamos. E agora vamos ver o que acontece. Espero que seja possível chegar a um acordo mais cedo do que aconteceu na presidência alemã, não porque não conseguiremos encontrar uma solução em conjunto com os outros, mas porque seria demasiado tarde. Porque o próximo quadro financeiro plurianual começaria em 2021 e, se concordarmos com este período de sete anos em outubro, novembro ou dezembro do próximo ano, muitos projetos serão adiados e isso seria uma pena.

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