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O impacto social da crise na Catalunha

O impacto social da crise na Catalunha
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De Cristina Giner
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A habitação e os elevados preços dos arrendamentos são as principais preocupações da população. A Catalunha tem uma taxa de pobreza de 21%. Esta situação tem vindo a arrastar-se desde a crise e tornou-se crónica. Os despejos por não se conseguir pagar a renda são cada vez mais frequentes.

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A Catalunha está num ime político. A região está imersa numa paralisia institucional. O Governo catalão não conseguiu aprovar um novo orçamento e não há atividade legislativa.

"Isto está a ter um impacto nas políticas públicas e especialmente nas políticas sociais, mas não resulta numa queixa ao Governo, está tudo interessado na sentença. Ou se existe essa queixa não se nota porque está incluída na queixa da sentença do processo de independência", refere a politóloga Astrid Barrio.

As contas públicas foram transitando durante três anos, desde os tempos de Carles Puigdemont. Desde então, o Parlamento catalão aprovou apenas seis leis, 46 estão ainda pendentes. Os partidos pró-independência afirmam que a região vive uma situação excecional. Nas ruas, a vida quotidiana continua, mas com custos para os cidadãos, como refere um catalão: "Isso tem o seu preço porque, como não há entendimento entre as partes, os contratos e os orçamentos que deveriam ser atribuídos à educação ou à saúde, à segurança social em geral, estão congelados. Nós, os trabalhadores, sofremos constantemente com esta "paralisia".

"A independência está a ser exigida precisamente porque se viu que não havia opção para alcançar várias reformas sociais que foram sistematicamente dificultadas pelo Governo central", acusa outro catalão.

A habitação e os elevados preços dos arrendamentos são as principais preocupações da população. A Catalunha tem uma taxa de pobreza de 21%. Esta situação tem vindo a arrastar-se desde a crise e tornou-se crónica. Os despejos por não se conseguir pagar a renda são cada vez mais frequentes.

A Fundação Arrels ajuda os sem-abrigo, mas as restrições orçamentais não permitem ajudar todos os necessitados.

"As entidades estão a resolver emergências e a istração está a tentar sair das emergências com remendos, mas o que precisamos são políticas corajosas para que a situação possa ser revertida", refere a presidente das Entidades do Setor Social, Francina Alzina.

Segundo a Fundação, foram desperdiçados cerca de dois mil milhões de euros de investimento, durante a crise económica. Para Astrid Barrio, o movimento de independência é um catalisador da agitação social:

"Há um mal-estar e uma das interpretações é que o processo de independência se alimenta desse descontentamento social e da crise económica. Definiram-no como 'uma utopia disponível, num momento em que não há outras utopias'".

O Governo catalão tem de aprovar novos orçamentos após as eleições gerais, mas resta saber se terá o apoio do Parlamento.

"De acordo com as últimas sondagens, mais de metade da população quer que o Presidente Regional da Catalunha, Quim Torra, convoque eleições. Um partido pró-independência, o Esquerra Republica, adverte que seria difícil continuar a legislatura sem um novo orçamento, mas qualquer decisão tomada pelos partidos catalães dependerá dos resultados nacionais das eleições gerais", relata a correspondente da euronews em Barcelona, Cristina Giner.

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