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Caster Semenya fica de fora dos Mundiais devido à hiperandrogenia

Caster Semenya fica de fora dos Mundiais devido à hiperandrogenia
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De João Paulo Godinho
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A atleta sul-africana não vai poder competir em Doha e poderá vir a colocar em causa Tóquio2020, caso não tome substâncias que limitem a testosterona.

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Caster Semenya não vai poder defender o título de campeã do mundo nos 800 metros nos próximos Mundiais de atletismo de Doha, no Qatar.

A atleta sul-africana, conhecida pela sua hiperandrogenia, viu o Supremo Tribunal de Justiça da Suíça levantar a suspensão provisória que tinha sido aplicada sobre o regulamento da IAAF.

Embora não haja ainda uma decisão efetiva em relação ao recurso, Este é mais um rude golpe para a tricampeã mundial e bicampeã olímpica dos 800 metros.

Já em maio, Semenya tinha visto o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) recusar o recurso apresentado contra as regras da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), que a obrigariam a tomar medicamentos para limitar a testosterona.

Apesar de o organismo ter assumido que as regras eram "discriminatórias", o TAD não deixou de considera-las necessárias para o objetivo de respeito pela intregridade desportiva.

Em comunicado, a bicampeã olímpica reconheceu a sua desilusão com o levantamento da suspensão. Já no Twitter, Semenya mostrou o lado mais combativo e lembrou que "um espírito determinado é imparável".

Uma carreira marcada pela polémica

Os obstáculos legais são o mais recente desafio da atleta sul-africana de 28 anos. Desde o início da carreira, há cerca de uma década, que Semenya teve de lidar com suspeitas sobre a sexualidade e sobre as vantagens competitivas sobre a concorrência.

As queixas de rivais, os rumores que corriam no espaço mediático e a superioridade evidente nas pistas levou a IAAF a colocar um travão na hegemonia da especialista africana.

A decisão gerou já muitas críticas, que questionam a elaboração de um regulamento feito quase à medida para anular Caster Semenya. Por outro lado, discute-se a utilização científica de níveis de testosterona como parâmetro para as provas femininas entre os 400 e os 1500 metros. Por fim, algumas vozes deixam ainda a dúvida no ar sobre uma possível diferença de tratamento por Semenya ser uma atleta negra oriunda de África.

Para já, a primeira derrota para a sul-africana está marcada para os Mundiais de Doha, entre 27 de setembro e 06 de outubro.

No entanto, é daqui a um ano que tem lugar o maior objetivo de Caster Semenya: os Jogos Olímpicos de Tóquio2020. Estas regras levantam um ponto de interrogação sobre a presença de Semenya, que terá agora de 'correr nos tribunais' para tentar voltar a ganhar nas pistas.

Outras fontes • LUSA / Reuters

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