{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/05/01/progressos-ainda-insuficientes-na-liberdade-de-imprensa-em-angola" }, "headline": "Progressos \u0022ainda insuficientes\u0022 na liberdade de imprensa em Angola", "description": "A Euronews falou com a Rep\u00f3rteres Sem Fronteiras e tamb\u00e9m com o ex-diretor do jornal angolano Expans\u00e3o para perceber o estado da imprensa num pa\u00eds em que os governantes prometem mudan\u00e7as", "articleBody": "Alguns progressos encorajadores mas ainda muito em baixo na Liberdade de Imprensa. No \u00faltimo relat\u00f3rio anual da Organiza\u00e7\u00e3o Rep\u00f3rteres sem fronteiras, Angola subiu 12 lugares, saiu da zona vermelha, mas mesmo assim \u00e9 ainda o pa\u00eds lus\u00f3fono pior classificado, numa lista global liderada pela Noruega. A Rep\u00f3rteres Sem Fronteiras salientou \u00e0 Euronews a necessidade de reformas para conseguir dar o salto, a saber: \u201cFacilitar o desenvolvimento de novos media; reformar o quadro legal e despenalizar crimes de imprensa; tornar os media estatais em reais \u00f3rg\u00e3os de servi\u00e7o p\u00fablico, editorialmente independentes e representantes da pluralidade de opini\u00f5es da sociedade; Facilitar o \u00e0 informa\u00e7\u00e3o p\u00fablica\u201d. O jornalista Carlos Rosado, ex-diretor do jornal Expans\u00e3o, \u00e9 tamb\u00e9m opini\u00e3o de que os \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos ainda t\u00eam v\u00edcios do ado. \u201cDesde que o Presidente Jo\u00e3o Louren\u00e7o tomou posse, deu-se uma maior abertura, mais contradit\u00f3rio, mas no essencial e sobretudo no que concerne aos \u00f3rg\u00e3os do Estado, os \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, as coisas continuam um pouco na mesma. Podemos falar mal, ou melhor, podem falar mal, ou ouvimos falar mal do antigo Presidente, Jos\u00e9 Eduardo dos Santos, mas h\u00e1 nada de cr\u00edticas ao novo presidente, Jo\u00e3o Louren\u00e7o, a hist\u00f3ria \u00e9 a mesma do ado\u201d, explica o profissional. Rosado faz quest\u00e3o de sublinhar que \u201cn\u00e3o gosta de fazer distin\u00e7\u00e3o entre imprensa p\u00fablica e imprensa privada, mas que em Angola a distin\u00e7\u00e3o tem que ser feita... e tem que ser feita porqu\u00ea? Porque a imprensa p\u00fablica \u00e9 a que chega a todo o pa\u00eds\u201d, garante. Carlos Rosado considera que a Rep\u00f3rteres Sem Fronteiras est\u00e1 um pouco desatualizada em rela\u00e7\u00e3o aos media independentes do pa\u00eds. \u201cDe facto, a Rep\u00f3rteres Sem Fronteiras est\u00e1 um pouco desatualizada, ao dizer que a R\u00e1dio Ecclesia \u00e9 o \u00fanico \u00f3rg\u00e3o independente e cr\u00edtico. Eu pr\u00f3prio dirigi um jornal de economia at\u00e9 ao final de mar\u00e7o e posso dizer e garantir, sem qualquer esp\u00e9cie de d\u00favida, que n\u00f3s somos, ou eramos, enquanto l\u00e1 estive, enquanto diretor, \u00e9ramos totalmente independentes\u201d, sublinha. A Rep\u00f3rteres Sem Fronteiras, por seu lado, explica que \u201cas classifica\u00e7\u00f5es s\u00e3o baseadas numa rede de peritos (jornalistas e acad\u00e9micos) em cada pa\u00eds. Eles respondem a um question\u00e1rio que cobre todos os aspetos da liberdade de imprensa, em especial sobre sete crit\u00e9rios \u2013 pluralismo, independ\u00eancia, ambiente e autocensura, quadro legal, transpar\u00eancia, infraestruturas e press\u00f5es\u201d. Carlos Rosado explica ainda que na globalidade h\u00e1 excessos, tanto na cr\u00edtica como no elogio ao governo e que as dificuldades econ\u00f3micas dos m\u00e9dia privados s\u00e3o um problema. J\u00e1 a autocensura dos jornalistas \u00e9 tamb\u00e9m um dos mais s\u00e9rios obst\u00e1culos \u00e0 liberdade de imprensa em Angola, uma consequ\u00eancia ainda do ado, em que \u201co jornalista pensa mais em garantir o seu posto de trabalho\u201d. ", "dateCreated": "2019-04-30T22:16:11+02:00", "dateModified": "2019-05-01T06:50:31+02:00", "datePublished": "2019-05-01T06:50:25+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F83%2F98%2F76%2F1440x810_cmsv2_91a5b92b-6363-5961-b368-cc60852ffd06-3839876.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Portugal \u00e9 o pa\u00eds lus\u00f3fono com maior liberdade para jornalistas", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F83%2F98%2F76%2F432x243_cmsv2_91a5b92b-6363-5961-b368-cc60852ffd06-3839876.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Santos", "givenName": "Michel", "name": "Michel Santos", "url": "/perfis/272", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@Cibereporter", "jobTitle": "Producer", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Progressos "ainda insuficientes" na liberdade de imprensa em Angola

Portugal é o país lusófono com maior liberdade para jornalistas
Portugal é o país lusófono com maior liberdade para jornalistas
Direitos de autor 
De Michel Santos
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A Euronews falou com a Repórteres Sem Fronteiras e também com o ex-diretor do jornal angolano Expansão para perceber o estado da imprensa num país em que os governantes prometem mudanças

PUBLICIDADE

Alguns progressos encorajadores mas ainda muito em baixo na Liberdade de Imprensa. No último relatório anual da Organização Repórteres sem fronteiras, Angola subiu 12 lugares, saiu da zona vermelha, mas mesmo assim é ainda o país lusófono pior classificado, numa lista global liderada pela Noruega.

A Repórteres Sem Fronteiras salientou à Euronews a necessidade de reformas para conseguir dar o salto, a saber: “Facilitar o desenvolvimento de novos media; reformar o quadro legal e despenalizar crimes de imprensa; tornar os media estatais em reais órgãos de serviço público, editorialmente independentes e representantes da pluralidade de opiniões da sociedade; Facilitar o à informação pública”.

O jornalista Carlos Rosado, ex-diretor do jornal Expansão, é também opinião de que os órgãos públicos ainda têm vícios do ado.

“Desde que o Presidente João Lourenço tomou posse, deu-se uma maior abertura, mais contraditório, mas no essencial e sobretudo no que concerne aos órgãos do Estado, os órgãos públicos, as coisas continuam um pouco na mesma. Podemos falar mal, ou melhor, podem falar mal, ou ouvimos falar mal do antigo Presidente, José Eduardo dos Santos, mas há nada de críticas ao novo presidente, João Lourenço, a história é a mesma do ado”, explica o profissional. Rosado faz questão de sublinhar que “não gosta de fazer distinção entre imprensa pública e imprensa privada, mas que em Angola a distinção tem que ser feita... e tem que ser feita porquê? Porque a imprensa pública é a que chega a todo o país”, garante.

Carlos Rosado considera que a Repórteres Sem Fronteiras está um pouco desatualizada em relação aos media independentes do país. “De facto, a Repórteres Sem Fronteiras está um pouco desatualizada, ao dizer que a Rádio Ecclesia é o único órgão independente e crítico. Eu próprio dirigi um jornal de economia até ao final de março e posso dizer e garantir, sem qualquer espécie de dúvida, que nós somos, ou eramos, enquanto lá estive, enquanto diretor, éramos totalmente independentes”, sublinha.

A Repórteres Sem Fronteiras, por seu lado, explica que “as classificações são baseadas numa rede de peritos (jornalistas e académicos) em cada país. Eles respondem a um questionário que cobre todos os aspetos da liberdade de imprensa, em especial sobre sete critérios – pluralismo, independência, ambiente e autocensura, quadro legal, transparência, infraestruturas e pressões”.

Carlos Rosado explica ainda que na globalidade há excessos, tanto na crítica como no elogio ao governo e que as dificuldades económicas dos média privados são um problema. Já a autocensura dos jornalistas é também um dos mais sérios obstáculos à liberdade de imprensa em Angola, uma consequência ainda do ado, em que “o jornalista pensa mais em garantir o seu posto de trabalho”.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Angola vai atualizar legislação da Comunicação Social

Legislação angolana sobre Comunicação Social alterada ainda este ano

Milhares de húngaros protestam em silêncio contra a lei da transparência