{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/04/16/rumo-as-eleicoes-europeias-em-aquila" }, "headline": "Rumo \u00e0s elei\u00e7\u00f5es europeias: em \u00c1quila", "description": "Na contagem decrescente para o escrut\u00ednio de maio, a Euronews ouviu a voz dos habitantes da cidade, devastada por um sismo", "articleBody": "A nossa road trip por It\u00e1lia rumo \u00e0s elei\u00e7\u00f5es europeias est\u00e1 em \u00c1quila, cidade destru\u00edda por um sismo h\u00e1 dez anos, que devastou edif\u00edcios e matou 309 pessoas. Uma d\u00e9cada depois, ainda est\u00e1 na fase de reconstru\u00e7\u00e3o. Os andaimes cobrem grande parte dos edif\u00edcios. aram-se dez anos e as pessoas t\u00eam vivido com obras constantes, mas h\u00e1 muita controv\u00e9rsia sobre a forma como as casas e os projetos de constru\u00e7\u00e3o est\u00e3o a decorrer. It\u00e1lia \u00e9 o pa\u00eds que recebe a maior fatia de fundos europeus de solidariedade. Fal\u00e1mos com Andrea Mancini e Stefania di Nardo para perceber o que aconteceu nos \u00faltimos dez anos e como \u00e9 que as pessoas vivem depois da trag\u00e9dia. Muitos dos mortos e feridos no sismo de 2009 eram estudantes - como os pr\u00f3prios Andrea e Stefania. \u0022Tive uma rea\u00e7\u00e3o de terror, puro terror. Tamb\u00e9m chorei porque da minha casa dava para ver todo o centro hist\u00f3rico. Por isso, apercebemo-nos imediatamente da trag\u00e9dia. Vimos o fumo a sair das casas em ru\u00ednas. Percebemos que tinha acontecido um massacre \u00e0 medida que as casas caiam, que algo mau se tinha ado\u0022, sublinha Andrea Mancini, residente. A Uni\u00e3o Europeia financiou um projeto para a constru\u00e7\u00e3o de casas nos arredores de \u00c1quila no valor de 350 milh\u00f5es de euros. Foi gerido pelo ent\u00e3o Governo de Silvio Berlusconi mas h\u00e1 acusa\u00e7\u00f5es de uso indevido de fundos, de que algumas casas eram de fraca qualidade e que organiza\u00e7\u00f5es criminosas se infiltraram nos projetos. \u0022Em alguns apartamentos, as varandas cederam. Em outros, houve infiltra\u00e7\u00f5es. Tiveram problemas nos pisos e as paredes ficaram danificadas. Tudo isto afetou as pessoas que aqui vivem\u0022. lamenta Stefania di Nardo, que tamb\u00e9m reside em \u00c1quila. Marcella del Vecchio, uma moradora de Coppito, convidou-nos para visitar a casa onde vive. Conhecia algumas pessoas que morreram no sismo. \u0022Uma amiga muito pr\u00f3xima, os filhos, o m\u00e9dico que cuidava dos meus netos . Sofremos muito\u0022, recorda Marcella. Apesar de se sentir isolada na nova cidade em que vive h\u00e1 dez anos, acredita que a Uni\u00e3o Europeia a ajudou e quer votar nas elei\u00e7\u00f5es de maio para o parlamento europeu: \u0022Votarei seguramente. \u00c9 o meu dever porque penso que seria a \u00fanica forma de agradecer.\u0022 Rumo ao centro hist\u00f3rico de \u00c1quila, Andrea contou-nos como \u00e9 que os pequenos neg\u00f3cios est\u00e3o a lutar para regressar ao normal, quase de dez anos depois. Enquanto prosseguem as constru\u00e7\u00f5es em toda a cidade h\u00e1 muitas pessoas que se sentem abandonadas pela Uni\u00e3o Europeia. Seguimos Stefania e Andrea a p\u00e9 pela cidade para visitar o bar que este criou depois do sismo. \u0022Antes do sismo costumava dizer que queria partir, que queria fazer isto e aquilo, mas depois da trag\u00e9dia desenvolvi um forte sentimento de perten\u00e7a a este lugar. Espero ver este centro hist\u00f3rico repleto de gente de novo, com mais atividades. Espero ver outra vez o sorriso das pessoas\u0022, desabafa Andrea. ", "dateCreated": "2019-04-16T05:55:02+02:00", "dateModified": "2019-04-16T11:41:47+02:00", "datePublished": "2019-04-16T11:41:44+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F80%2F25%2F68%2F1440x810_cmsv2_fd65673e-7476-5044-9e02-bf2edb76b802-3802568.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Na contagem decrescente para o escrut\u00ednio de maio, a Euronews ouviu a voz dos habitantes da cidade, devastada por um sismo", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F80%2F25%2F68%2F432x243_cmsv2_fd65673e-7476-5044-9e02-bf2edb76b802-3802568.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Rumo às eleições europeias: em Áquila

Rumo às eleições europeias: em Áquila
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Na contagem decrescente para o escrutínio de maio, a Euronews ouviu a voz dos habitantes da cidade, devastada por um sismo

PUBLICIDADE

A nossa road trip por Itália rumo às eleições europeias está em Áquila, cidade destruída por um sismo há dez anos, que devastou edifícios e matou 309 pessoas.

Uma década depois, ainda está na fase de reconstrução. Os andaimes cobrem grande parte dos edifícios. aram-se dez anos e as pessoas têm vivido com obras constantes, mas há muita controvérsia sobre a forma como as casas e os projetos de construção estão a decorrer.

Itália é o país que recebe a maior fatia de fundos europeus de solidariedade. Falámos com Andrea Mancini e Stefania di Nardo para perceber o que aconteceu nos últimos dez anos e como é que as pessoas vivem depois da tragédia.

Muitos dos mortos e feridos no sismo de 2009 eram estudantes - como os próprios Andrea e Stefania.

"Tive uma reação de terror, puro terror. Também chorei porque da minha casa dava para ver todo o centro histórico. Por isso, apercebemo-nos imediatamente da tragédia. Vimos o fumo a sair das casas em ruínas. Percebemos que tinha acontecido um massacre à medida que as casas caiam, que algo mau se tinha ado", sublinha Andrea Mancini, residente.

A União Europeia financiou um projeto para a construção de casas nos arredores de Áquila no valor de 350 milhões de euros. Foi gerido pelo então Governo de Silvio Berlusconi mas há acusações de uso indevido de fundos, de que algumas casas eram de fraca qualidade e que organizações criminosas se infiltraram nos projetos.

"Em alguns apartamentos, as varandas cederam. Em outros, houve infiltrações. Tiveram problemas nos pisos e as paredes ficaram danificadas. Tudo isto afetou as pessoas que aqui vivem". lamenta Stefania di Nardo, que também reside em Áquila.

Marcella del Vecchio, uma moradora de Coppito, convidou-nos para visitar a casa onde vive. Conhecia algumas pessoas que morreram no sismo.

"Uma amiga muito próxima, os filhos, o médico que cuidava dos meus netos . Sofremos muito", recorda Marcella.

Apesar de se sentir isolada na nova cidade em que vive há dez anos, acredita que a União Europeia a ajudou e quer votar nas eleições de maio para o parlamento europeu: "Votarei seguramente. É o meu dever porque penso que seria a única forma de agradecer."

Rumo ao centro histórico de Áquila, Andrea contou-nos como é que os pequenos negócios estão a lutar para regressar ao normal, quase de dez anos depois. Enquanto prosseguem as construções em toda a cidade há muitas pessoas que se sentem abandonadas pela União Europeia.

Seguimos Stefania e Andrea a pé pela cidade para visitar o bar que este criou depois do sismo.

"Antes do sismo costumava dizer que queria partir, que queria fazer isto e aquilo, mas depois da tragédia desenvolvi um forte sentimento de pertença a este lugar. Espero ver este centro histórico repleto de gente de novo, com mais atividades. Espero ver outra vez o sorriso das pessoas", desabafa Andrea.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Rumo às eleições europeias: A luta contra a criminalidade em Scampia

Em digressão pela Europa e Médio oriente, Milei é recebido por Meloni em Roma

Icónica fonte de Roma tingida de vermelho em protesto contra acordos militares com Israel