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Cardeal Barbarin conhece a sentença no dia 7 de março

Cardeal Barbarin conhece a sentença no dia 7 de março
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Terminou o julgamento do arcebispo de Lyon. O tribunal agendou para 7 de março a leitura da sentença do cardeal Barbarin e dos cinco outros arguidos.

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Terminou o julgamento do cardeal Phillipe Barbarin. O arcebispo de Lyon e os cinco outros antigos membros da sua diocese conhecem o veredito no dia 7 de março.

A sentença ainda não foi proferida, mas as vítimas sentem-se impotentes face às regras da justiça: "Estou escandalizado desde a decisão de ontem do procurador... agastado pelas interpretações dos advogados da outra parte. Mentiras e provas que são empurradas com as costas das mãos, para fazerem crer que estas pessoas fizeram tudo para nos ajudarem, para ajudarem o Alexandre. É simplesmente escandaloso, mas vamos ter que continuar a ouvi-los, não temos alternativa, é a regra do processo judicial", afirma Pierre-Emmanuel Germain-Thill, porta-voz da associação "La Parole Libéré".

O advogado da acusação, Jean Boudot, defende que não há como fechar os olhos aos sofrimento das vítimas: "Já ninguém pode dizer, com toda a publicidade que têm tido estes debates, "não sabíamos ou não tínhamos percebido que um menor, vítima de agressão sexual, iria viver isto de uma forma terrível durante anos".

O advogado de defesa, Jean-Felix Luciani, considera que este é um processo injusto para o cardeal Barbarin: "É preciso considerar os outros como um fim e não como um meio. Barbarin está a ser condiserado como um meio para denunciar não sei que sistema, não sei que instituição. É um homem com o seu sofrimento, com as suas ações, com os seus erros e com tudo aquilo que não merce e ele não mercia este processo penal".

O cardeal Barbarin compareceu em tribunal acusado de não ter denunciado as agressões sexuais cometidas pelo padre Preynat antes de 1991.

O processo, que incidiu essencialmente sobre os silêncios da Igreja levou a testemunhos aterradores sobre os atos do padre Preynat. Tanto Philippe Barbarin como os outros cinco arguidos negaram ter silenciado a atuação do padre, agora com 73 anos, que aguarda julgamento.

Bernard Preynat foi denunciado ao cardeal Decourtray, archebispo de Lyon na altura dos factos. Foi temporariamente afastado, mas continuou a exercer, em o com crianças, até setembro de 2015, altura em que o cardeal Barbarin lhe retirou todas as funções.

A repórter da Euronews, Valérie Gauriat acompanhou o julgamento, no tribunal de Lyon:

"O tribunal vai ler a sentença no dia 7 de março, daqui a dois meses. Um prazo que, segundo os advogados, não será demasiado para que os juizes possam analisar o conteúdo destes quatro dias de debates, que foram densos e complexos mas também de emoções fortes. Que os arguidos sejam ou não ilibados, o processo - que a defesa descreveu como um show mediático - terá tido, para os queixosos, o mérito de fazer luz, aos olhos do mundo inteiro, sobre os dramas que constituem as violências sexuais perpetradas contra as crianças. Por isso, a diocese de Lyon agradeceu hoje, através do seu porta-voz, a associação de vítimas "La Parole Libéré, que apresentou esta queixa, ainda que o cardeal Barbarin tenha preferido deixar discretamente a sala de audiência pela porta das traseiras".

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