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Conflito sírio agrava-se junto à fronteira com a Turquia

Conflito sírio agrava-se junto à fronteira com a Turquia
Direitos de autor REUTERS/Khalil Ashawi
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De Francisco Marques com Reuters, AFP
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Prestes a perder o apoio dos Estados Unidos, milícias curdas apelam ao Presidente Bashar al-Assad, mas os rebeldes sírios ameaçam impedir avanço das tropas fiéis ao regime

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A tensão agrava-se no norte da Síria com a aproximação de forças rivais junto à cidade de Manbij, a leste de Alepo, onde as milícias curdas YPG estão a ser ameaçadas pela Turquia após o anúncio de retirada das tropas dos Estados Unidos e apelaram, por isso, ao governo de Damasco, que tem a Rússia e o Irão como aliados.

O exército fiel ao presidente Bashar al-Assad anunciou a entrada em Manbij na sexta-feira, mas, de acordo com a agência curda de notícias, Rudaw, a informação foi negada pela aliança internacional liderada pelos Estados Unidos, ainda presente na região.

Os rebeldes do Exército Livre da Síria dizem-se, por sua vez, também prontos a entrar nesta cidade do norte da Síria e a bloquear o alegado avanço do regime.

Um porta-voz do Exército Livre da Síria, identificado como Abu Farouq, garantiu mesmo que "as forças malignas" ao serviço do Presidente Bashar al-Assad "não vão conseguir entrar" nesta cidade situada a cerca de 30 quilómetros da fronteira com a Turquia.

O presidente turco Recep Tayyp Erdogan prometeu colocar no terreno uma ofensiva militar contra os grupos organizados curdos, que Ancara considera terroristas pelo alegado apoio ao PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão-turco), uma organização considerada terrorista também pela União Europeia.

O receio da concretização da ameaça e a anunciada retirada americana, levou os curdos a virar-se para o governo de Damasco em busca de proteção contra a Turquia, que também não é bem vista pelo presidente Bashar al-Assad.

Os curdos esperam que as forças afetas ao regime sírio os ajudem a proteger a região da ameaça turca, mas este apelo vai contra a estratégia de vários grupos rebeldes que desde 2011 se insurgem contra o regime de Assad, num conflito anterior ao surgimento do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico.

O combate contra a expansão do "daesh" na região juntou ambas as fações num mesmo propósito, mas nunca lado a lado, com o regime sírio a ser apoiado a partir do sul pela Rússia e o Irão, e os rebeldes a serem apoiados a norte pela aliança liderada pelos Estados Unidos e alguns países europeus.

Praticamente vencido o "daesh", o presidente Donald Trump anunciou ser altura de mandar regressar a casa as tropas americanas destacadas no norte da Síria e esse vazio está a revelar-se uma nova ameaça à recuperação da estabilidade na região.

Numa medida que poderá agravar também o atrito entre Washington e Ancara, os responsáveis militares pelo destacamento americano no norte da Síria sugeriram deixar o respetivo armamento com as milícias curdas, avança a agência Reuters, citando três oficiais com quem a agência terá falado, sob condição de anonimato.

Os rebeldes sírios não pretendem ver o regime de Assad ganhar terreno a norte e ameaçam voltar a agravar em Manbij o conflito civil na Síria.

Outras fontes • Rudaw

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