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1º bebé após transplante de útero de dadora morta

1º bebé após transplante de útero de dadora morta
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Procedimento realizado em São Paulo, no Brasil, é um avanço da medicina que vem dar esperança a muitas mulheres, mas que também relança o debate sobre os limites éticos da ciência.

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O nascimento do primeiro bebé após um transplante de útero de uma dadora morta é um avanço da medicina que vem dar esperança a muitas mulheres, mas que também relança o debate sobre os limites éticos da ciência.

"O mais importante neste caso é que se trata do primeiro parto na História a partir de uma dadora morta", realça Tommaso Falcone, Professor de Cirurgia e Diretor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Cleveland Clinic, nos EUA.

O 1º transplante de útero de uma dadora morta a resultar no nascimento de uma criança abre uma nova via no combate à infertilidade feminina, mas também reacende o debate sobre os limites éticos da ciência.

O parto ocorreu em dezembro do ano ado, em São Paulo, no Brasil, mas só agora é que o feito foi divulgado ao público até porque as 10 tentativas precedentes de realizar este tipo de transplante de útero falharam.

A questão ética está em debate desde que a técnica foi pela primeira vez executada com sucesso no início do milénio.

Vários bebés já nasceram após o procedimento, mas o útero era de dadoras vivas, o que implica sempre um risco, como explica um perito nos Estados Unidos.

"Este procedimento já foi realizado na Suécia, na Índia e em Dallas e implica sempre um risco potencial para a dadora do útero. Agora o risco é menor, mas se uma mulher não quiser que exista qualquer risco seja para a mãe ou para uma irmã, então este procedimento dá-lhe uma nova opção", refere Falcone

O chefe da equipa que executou o transplante na Universidade de São Paulo prefere afastar-se das polémicas e pensar no futuro das mulheres que querem ter filhos e não podem por causa de problemas uterinos:

"Esperamos ter mais nados-vivos nos próximos anos e queremos expandir o nosso estudo a muitas mais pacientes", adiantou Dani Ejzenberg.

A parturiente foi uma mulher de 32 anos que nasceu sem útero e que conseguiu engravidar logo no primeiro ciclo de fertilização in vitro após ter recebido o transplante. A dadora tinha 45 anos e três filhos quando um enfarte lhe roubou a vida.

Os detalhes do procedimento estão publicados na prestigiada revista de medicina, Lancet.

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