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Polícia desaloja protesto ambientalista na floresta milenar de Hambach

Polícia desaloja protesto ambientalista na floresta milenar de Hambach
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Zona estava ocupada há seis anos numa tentativa de bloqueio à expansão de uma mina de carvão, cuja empresa tem o apoio do governo de Angela Merkel

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A resistência ambientalista contra a expansão de uma mina de carvão na floresta milenar de Hambach, no ocidente da Alemanha, foi esta semana abalada pela da polícia.

Uma operação de evacuação da zona está em curso desde quinta-feira e pelo menos 10 das cerca de 60 casas improvisadas em árvores foram já despejadas.

Da floresta original com cerca de 12 mil anos restam apenas cerca de 10 por cento de pé e uma parte foi ocupada por ativistas ambientais há cerca de seis anos para bloquear o crescimento de uma mina de extração de lignito pela empresa energética RWE.

A empresa alega ter há décadas autorização legal para a exploração e conta inclusive com o apoio do governo liderado por Angela Merkel apesar do compromisso do executivo com as metas ambientais do Acordo do Paris, que preveem o fim da exploração de carvão na Europa e a aposta em fontes energias renováveis.

A Euronews esteve esta sexta-feira na floresta de Hambach e ouviu alguns dos ativistas.

Julia Brinner contou-nos que "esta floresta tornou-se um símbolo". "A ocupação começou há seis anos e por isso tornou-se este é agora um símbolo da resistência contra a extração de lignito e da luta por um melhor clima", explicou.

O porta-voz do movimento "Occupy Hambach Forest" sublinha que esta exploração da RWE "está a destruir o planeta com as emissões de CO2".

"Por vezes, precisamos de assumir o risco de irmos para as florestas e lutar contra algo que nos está a destruir a nós e ao planeta. É o caso deste poço de carvão onde eles estão a minar o lignito", especificou "Momo", como o próprio se apelida.

Porta-voz da câmara municipal da cidade vizinha de Kerpen, Erhard Nimtz contou à Euronews sobre "o muito medo" que sentiu quando deixava a floresta e o carro da polícia em que se seguia foi "atacado por duas pessoas de cara tapada que lhe atiraram 'coquetéis molotov'."

Os ativistas ambientais prometem não baixar os braços na defesa de Hambach e ao longo deste fim de semana pretendem manter a defesa da biodiversidade do que resta desta floresta milenar.

O nosso enviado especial a Hambach deixa o aviso de que, se a mineração de lignitio e a combustão de carvão continuarem na Alemanha, o país não vai conseguir respeitar os objetivos de redução das emissões de CO2 do Acordo de Paris. Por outro lado, há 21 mil postos de trabalho ligados à exploração do carvão.

O dilema, acrescenta Hans von der Brelie, deverá ter resposta em dezembro, com a conclusão dos trabalhos da chamada Comissão do Carvão.

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