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Joseph Kabila em Angola com futuro da RD Congo na mesa

Presidente da RD Congo está em Angola para visita de dois dias
Presidente da RD Congo está em Angola para visita de dois dias Direitos de autor Twitter @DiplomatieRdc
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De Francisco Marques com Angop, AFP
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Presidente congolês visita Luanda a convite de João Lourenço poucos meses após o homólogo angolano lhe ter pedido para se afastar das presidenciais de dezembro

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Processo eleitoral na República Democrática do Congo decorre de "forma normal", revelou esta quinta-feira o presidente de Angola ao lado do homólogo congolês.

Anfitrião de uma visita oficial de dois dias de Joseph Kabila, João Lourenço garantiu ter sido essa a informação que lhe foi transmitida pelo homólogo , de quem é esperado que após 17 anos se afaste agora do poder e não se recandidate às presidenciais marcadas para 23 de dezembro.

O Presidente da RD do Congo foi recebido esta quinta-feira de manhã, em Luanda, pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, e na conferência de imprensa ao lado de João Lourenço, de acordo com o Novo Jornal, citando a transmissão da Televisão Pública de Angola, não terá feito qualquer referência ao ato eleitoral.

A visita oficial de Joseph Kabila a Angola acontece poucos meses após o homólogo angolano João Lourenço, durante uma visita oficial a França e ao lado de Emmanuel Macron, lhe ter pedido para "respeitar" os acordos que preveem o fim do respetivo mandato presidencial e a realização a 23 de dezembro de eleições na RD Congo sem a sua participação.

O pedido foi visto na altura pelas autoridades congolesas como uma ingerência na soberania do país, mas o respetivo embaixador entretanto nomeado para Luanda garantiu não terem sido beliscadas as relações entre ambos chefes de Estado.

Em entrevista ao Jornal de Angola, em junho, Didier Kazadi afirmou não terem ado de "mal-entendidos" os rumores de uma crise política entre Angola e a RD Congo.

A seis dias do fim do prazo de apresentação de candidaturas para as presidenciais de dezembro, Kabila deslocou-se a Angola a convite de João Lourenço e fez-se acompanhar pelos respetivos ministros dos Negócios Estrangeiros, dos Transportes, da Comunicação Social, da Energia e dos Hidrocarbonetos.

A expectativa é saber se Kabila irá anunciar se pretende ou não recandidatar-se à presidência. A Constituição congolesa limita os mandatos a dois, mas alguns apoiantes do ainda presidente dizem estar a ser preparada uma eventual recandidatura, avança o Novo Jornal.

Em cima da mesa estará também a nomeação de um delfim para lhe suceder. Relatos oriundos da RD Congo dão conta de um pedido de Kabila aos aliados políticos para lhe sugerirem quatro eventuais candidatos, mas um nome tem sido recorrente, avança a Press: o do próprio Joseph Kabila.

Até agora não são conhecidas quaisquer candidaturas para as presidenciais de dezembro.

Angola tem sido um importante aliado de Kabila. Em 2001, após o assassinato do pai do atual presidente, as forças militares angolanas apoiaram a chegada ao poder de Kabila e também ajudaram a pôr fim ao regime de três décadas do ditador Mobutu Sese Seko.

Os dois países partilham uma fronteira terrestre de 2500 quilómetros e Angola foi porto seguro para cerca de 30.000 congoleses que fugiram da violência do país natal.

No início de junho, João Lourenço concedeu uma entrevista exclusiva à Euronews, na qual o presidente de Angola deixou bem claro ser a favor do respeito pela Constituição congolesa e do consequente afastamento do atual presidente por expiração de mandatos.

"Sabem que houve um acordo entre o executivo congolês e a oposição", sublinhou João Lourenço nessa entevista, que pode recordar em baixo, e na qual destacou que uma das condições aceites por ambas as partes foi "a não apresentação como candidato do atual Presidente da República".

"Tudo quanto queremos é que esse acordo seja cumprido", garantiu o presidente de Angola.

Outras fontes • Jornal de Angola, Novo Jornal

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