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O café para a reflorestação no Monte Gorongosa

O café para a reflorestação no Monte Gorongosa
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De Antonio Oliveira E Silva com ASSOCIATED PRESS
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É na província de Sofala que tem lugar um projeto de desenvolvimento para proteger as florestas e ajudar as populações locais.

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As Florestas da Gorongosa ficam situadas no sul do Grande Vale do Rift Africano, no centro de Moçambique. O Parque Nacional da Gorongosa é uma importante área de conservação de espécies raras, como o camaleão-pigmeu.

O Monte Gorongosa encontra-se ameaçado pela desflorestação, por causa da pressão de grandes empresas internacionais, como as companhias chinesas, parte de um mercado em expansão. 

De acordo com os peritos, cerca de 40% da floresta terá desaparecido nas últimas cinco décadas, numa tendência que começou mesmo antes da independência.

O projeto do café, financiado pela Fundação Carr, em conjunto com o Governo da Noruega e o Global Environment Facility, que agrupa 183 países e instituições internacionais, quer contrariar a tendência e ajudar as populações da província de Sofala.

O orçamento anual é superior a 900 mil euros e espera-se que chege aos dois mil milhões de euros anuais.

Os peritos no terreno encontraram no café o que dizem ser uma alternativa viável para um plano de reflorestação a longo prazo. As árvores que existem na zona fornecem a sombra necessária para o café plantado crescer.

Os agricultores de Sofala plantam café à sombra das árvores, o que permite, por outro lado, melhorar as condições do terreno, que se torna mais fértil e apto para a reflorestação.

O projeto prevê também a plantação de frutas, como bananas e ananás, cujas folhagens servirão como fertilizante para as plantações de café.

Ao contrário de outros países africanos, como a Etiópia ou o Uganda, Moçambique não é produtor de café. 

Por agora, as metas de produção da região do Monte Gorongosa são modestas.

Estão plantados cerca de 40 hectares de café arabica e os agricultores pensam plantar mais 100 hectares este ano. Nos próximos 10 anos, espera-se que a região conte com cerca de 1000 hectares, numa zona habituada às tarefas agrícolas.

As colheitas de melhor qualidade são conseguidas a partir quarta estação. Entre os mercados em vista encontra-se Portugal, onde o nome Gorongosa se relaciona com um ado colonial quase místico. 

Mas os gestores do projeto e os habitantes devem fazer face a outros problemas. Nos últimos anos, a região tem sido palco de tensões entre os militares do Governo e a oposição. Uma tensão que se vai fazendo sentir. Um exemplo são os bloqueios de estrada da parte de grupos da oposição bloquearam, para impedir que os militares fizessem chegar armas à região.

Um projeto de conservação complexo

O Monte Gorongosa é muito importante para as populações locais, assim como os rios que am pelo Parque Nacional. 

O Parque Nacional da Gorongosa é parte de um dos mais complexos projetos de conservação da África Austral, que tenta proteger a vida selvagem e as populações locais, ao mesmo tempo que goza do apoio do Executivo, numa região dominada por guerrilhas da oposição. 

O parque lida também com o problema das mudanças climáticas e as com as secas. Depois da independência, em 1975, Moçambique viveu uma sangrenta guerra colonial que deixou cerca de um milhão de mortos, até 1992.

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