{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2018/06/27/a-reconstrucao-do-nepal" }, "headline": "A reconstru\u00e7\u00e3o do Nepal", "description": "Os terramotos de 2015 destru\u00edram milh\u00f5es de habita\u00e7\u00f5es no Nepal. Tr\u00eas anos depois, o pa\u00eds continua a reconstru\u00e7\u00e3o. A falta de meios e o excesso de burocracia fazem com que milh\u00f5es de nepaleses desesperem e continuem a viver em aut\u00eanticas barracas.", "articleBody": "A reconstru\u00e7\u00e3o est\u00e1 a todo o vapor, no Nepal, tr\u00eas anos ap\u00f3s os terremotos de abril e maio de 2015, que mataram cerca de 9.000 pessoas e deixaram pelo menos 3,5 milh\u00f5es de desalojados. Apenas 20% das casas foram eleg\u00edveis para serem reconstru\u00eddas com subs\u00eddios do Governo, mas o trabalho abrange mais de 60% das habita\u00e7\u00f5es danificadas. No distrito de Sindhupalchowk, que ficou bastante destru\u00eddo, praticamente todas as ruas s\u00e3o agora um estaleiro de constru\u00e7\u00e3o civil. Encontramo-nos com o presidente da C\u00e2mara Municipal de Chautara, a principal cidade do distrito, que nos garantiu que a reconstru\u00e7\u00e3o ir\u00e1 prolongar-se, pelo menos, por mais um ano. \u201cAqui, restaram apenas 5% das casas. As outras foram destru\u00eddas ou ficaram seriamente danificadas. A reconstru\u00e7\u00e3o foi adiada porque as pessoas pensavam que apenas os edif\u00edcios de cimento eram resistentes a terremotos e n\u00e3o tinham dinheiro suficiente para constru\u00ed-los. Ent\u00e3o o procedimento istrativo \u00e9 muito demorado e as pessoas que n\u00e3o sabem exatamente o que fazer provocam, ainda mais atrasos\u201d, refere o autarca. O Governo apoia parte da reconstru\u00e7\u00e3o. Cada propriet\u00e1rio eleg\u00edvel recebe 3.000 d\u00f3lares em tr\u00eas parcelas, que s\u00e3o disponibilizadas somente quando o trabalho realizado atender aos requisitos de resist\u00eancia a terremotos em cada fase de reconstru\u00e7\u00e3o. Enquanto isso, as pessoas continuam a viver em lares improvisados. No Nepal, a jornalista da euronews, Monica Pinna, visita os desalojados: \u201cEste \u00e9 o tipo de abrigo onde a maioria dos nepaleses, que perderam as suas casas depois do terremoto, est\u00e1 a viver. Como podem ver, a chapa \u00e9 extremamente fria durante o inverno e muito quente no ver\u00e3o. Hoje, 80% dos desalojados ainda vivem neste tipo de abrigo. Esta cabana pertence a Nany Maya, tem aproximadamente 15 metros quadrados. Esta divis\u00e3o \u00e9 a sua cozinha, o quarto e a sala de estar.\u0022 \u0022A minha antiga casa era aqui perto e foi destru\u00edda pelo terremoto. Era maior e mais confort\u00e1vel do que este lugar, onde eu vivi nos \u00faltimos tr\u00eas anos. \u0022O dinheiro que recebo do Governo n\u00e3o \u00e9 suficiente. Tive de comprar areia, cimento, barras de a\u00e7o e tijolos. N\u00e3o \u00e9 suficiente\u0022, afirma Nany Maya. Nany Maya construiu as funda\u00e7\u00f5es da sua futura casa com a primeira parcela do subs\u00eddio e alguma ajuda financeira de parentes. O trabalho est\u00e1 suspenso enquanto ela aguarda a segunda parcela e mais ajuda da fam\u00edlia. A situa\u00e7\u00e3o torna-se mais complexa quando as fam\u00edlias s\u00e3o obrigadas a contrair empr\u00e9stimos, como sublinha Renaud Meyer, diretor do Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Desenvolvimento no Nepal. \u201cA maioria das v\u00edtimas est\u00e1 em \u00e1reas remotas, onde o pre\u00e7o do material de constru\u00e7\u00e3o \u00e9 mais elevado do que nas plan\u00edcies, ent\u00e3o quando somam tudo, n\u00e3o conseguem uma nova casa por 3.000 d\u00f3lares. As pessoas ainda querem uma casa, mas o o ao financiamento \u00e9 muito limitado. Ent\u00e3o, as v\u00edtimas do terremoto ficam impacientes e recorrem a canais informais de empr\u00e9stimo, onde as taxas de juros ficam entre 20 e os 60%\u201d, conta. A ag\u00eancia da ONU est\u00e1 encarregada de um projeto financiado pela Uni\u00e3o Europeia para reconstruir casas melhores e mais baratas. ", "dateCreated": "2018-06-27T12:15:27+02:00", "dateModified": "2018-06-27T16:37:51+02:00", "datePublished": "2018-06-27T12:15:00+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F19%2F28%2F00%2F1440x810_cmsv2_5ee49b30-9723-5081-bd19-73f0e74ce1d1-3192800.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Os terramotos de 2015 destru\u00edram milh\u00f5es de habita\u00e7\u00f5es no Nepal. Tr\u00eas anos depois, o pa\u00eds continua a reconstru\u00e7\u00e3o. A falta de meios e o excesso de burocracia fazem com que milh\u00f5es de nepaleses desesperem e continuem a viver em aut\u00eanticas barracas.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F19%2F28%2F00%2F432x243_cmsv2_5ee49b30-9723-5081-bd19-73f0e74ce1d1-3192800.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Pinna", "givenName": "Monica", "name": "Monica Pinna", "url": "/perfis/107", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@_MonicaPinna", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue italienne" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

A reconstrução do Nepal

A reconstrução do Nepal
Direitos de autor 
De Monica Pinna
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Os terramotos de 2015 destruíram milhões de habitações no Nepal. Três anos depois, o país continua a reconstrução. A falta de meios e o excesso de burocracia fazem com que milhões de nepaleses desesperem e continuem a viver em autênticas barracas.

PUBLICIDADE

A reconstrução está a todo o vapor, no Nepal, três anos após os terremotos de abril e maio de 2015, que mataram cerca de 9.000 pessoas e deixaram pelo menos 3,5 milhões de desalojados. Apenas 20% das casas foram elegíveis para serem reconstruídas com subsídios do Governo, mas o trabalho abrange mais de 60% das habitações danificadas.

No distrito de Sindhupalchowk, que ficou bastante destruído, praticamente todas as ruas são agora um estaleiro de construção civil.

Encontramo-nos com o presidente da Câmara Municipal de Chautara, a principal cidade do distrito, que nos garantiu que a reconstrução irá prolongar-se, pelo menos, por mais um ano.

“Aqui, restaram apenas 5% das casas. As outras foram destruídas ou ficaram seriamente danificadas. A reconstrução foi adiada porque as pessoas pensavam que apenas os edifícios de cimento eram resistentes a terremotos e não tinham dinheiro suficiente para construí-los. Então o procedimento istrativo é muito demorado e as pessoas que não sabem exatamente o que fazer provocam, ainda mais atrasos”, refere o autarca.

O Governo apoia parte da reconstrução. Cada proprietário elegível recebe 3.000 dólares em três parcelas, que são disponibilizadas somente quando o trabalho realizado atender aos requisitos de resistência a terremotos em cada fase de reconstrução. Enquanto isso, as pessoas continuam a viver em lares improvisados.

No Nepal, a jornalista da euronews, Monica Pinna, visita os desalojados: “Este é o tipo de abrigo onde a maioria dos nepaleses, que perderam as suas casas depois do terremoto, está a viver. Como podem ver, a chapa é extremamente fria durante o inverno e muito quente no verão. Hoje, 80% dos desalojados ainda vivem neste tipo de abrigo. Esta cabana pertence a Nany Maya, tem aproximadamente 15 metros quadrados. Esta divisão é a sua cozinha, o quarto e a sala de estar."

"A minha antiga casa era aqui perto e foi destruída pelo terremoto. Era maior e mais confortável do que este lugar, onde eu vivi nos últimos três anos.

"O dinheiro que recebo do Governo não é suficiente. Tive de comprar areia, cimento, barras de aço e tijolos. Não é suficiente", afirma Nany Maya.

Nany Maya construiu as fundações da sua futura casa com a primeira parcela do subsídio e alguma ajuda financeira de parentes. O trabalho está suspenso enquanto ela aguarda a segunda parcela e mais ajuda da família.

A situação torna-se mais complexa quando as famílias são obrigadas a contrair empréstimos, como sublinha Renaud Meyer, diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Nepal.

“A maioria das vítimas está em áreas remotas, onde o preço do material de construção é mais elevado do que nas planícies, então quando somam tudo, não conseguem uma nova casa por 3.000 dólares. As pessoas ainda querem uma casa, mas o o ao financiamento é muito limitado. Então, as vítimas do terremoto ficam impacientes e recorrem a canais informais de empréstimo, onde as taxas de juros ficam entre 20 e os 60%”, conta.

A agência da ONU está encarregada de um projeto financiado pela União Europeia para reconstruir casas melhores e mais baratas.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Tempestade no Nepal deixa rasto de destruição