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Estar ou não estar em Cannes

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Quando faltar a Cannes resulta da censura.

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Quando a equipa do filme russo "Leto" pisou a adeira vermelha em Cannes, o realizador estava lá... mas não fisicamente. O cineasta Kirill Serebrennikov, um vigoroso opositor do presidente russo, Vladimir Putin, encontra-se em prisão domiciliária, enfrentando acusações de corrupção que muitos dizem ser completamente infundadas.

"Ele tem autorização para sair entre as 6 e as 8 da noite, mas só no seu bairro. Tivemos a sorte - quer dizer, não se pode falar de sorte nesta situação -, porque já tínhamos feito a maior parte do filme quando tudo aconteceu. O Kirill conseguiu fazer a montagem em casa e isso foi reconfortante para a equipa de produção", explica o produtor, Ilya Stewart.

Serebrennikov não é o único. Este ano, o realizador Jafar Panahi, do Irão, também na corrida pela Palma de Ouro com "3 Faces", não foi mais uma vez autorizado a sair do país. Um facto que o Festival de Cannes lamenta expressamente.

"A ironia é que se trata de dois filmes que não são políticos. Não são filmes contra os regimes russo ou iraniano. São obras artísticas", declarou Thierry Frémaux, diretor do festival.

A realizadora Wanuri Kahiu, do Quénia, conhece bem a palavra "censura". O seu filme "Rafiki", uma história de amor entre duas mulheres apresentada na secção Un Certain Regard, foi proibido no seu país.

"Não estávamos preocupados, porque respeitámos o espírito da lei. Gostávamos de acreditar que o nosso país é progressista. Gostávamos de acreditar que está a avançar. Quando o filme foi banido, para nós foi como uma violação do nosso direito à liberdade de expressão, tal como nos garante a Constituição", afirma Kahiu.

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