Milhares de alemães com quipas judaicas na cabeça, participaram, na quarta-feira em manifestações de protesto contra o antissemitismo, em várias cidades da Alemanha
PUBLICIDADEMilhares de alemães com quipas judaicas na cabeça, participaram, na quarta-feira em manifestações de protesto contra o antissemitismo que tiveram lugar em Berlim, Colónia e outras cidades da Alemanha.
Na capital, mais de 2.000 pessoas participaram nesta "marcha da quipa", convocada por organizações judaicas como reação à agressão de dois jovens de origem árabe que se eavam com quipas numa rua do bairro berlinense de Prenzlauer Berg, na semana ada.
"Em Berlim e na Alemanha, devemos solidarizar-nos usando a quipa, dando uma quipa aos nossos filhos, mostrando que somos todos judeus de uma certa maneira. As estatísticas mostram que aumenta o antagonismo identitário, a hostilidade muçulmana", disse uma mulher à repórter da euronews.
Na opinião de Rüdiger Mahlo, advogado da Conferência sobre Reivindicações Materiais Judaicas (Jewish Claims Conference), "há antissemitismo de direita como de esquerda, e também entre muçulmanos, mas também de outras pessoas na sociedade. Mas o importante não é de onde vem, é que o combatamos."
O agressor da semana ada era um jovem refugiado sírio de 19 anos. Nenhuma das vítimas é de origem judaica. Um dos jovens agredidos é um árabe com aporte israelita, o outro um cidadão alemão de origem marroquina. Depois do incidente, um deles, Adam Armoush, explicou que sairam à rua com quipas judaicas na cabeça para testar o nível de antissemitismo em Berlim.
Ainda segundo Armoush, ele e o amigo foram insultados por três jovens e um deles começou a agredi-los com um cinto. Armoush filmou a agressão com o telemóvel, mas não há registo da troca de palavras que a precedeu.