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Lei da prostituição agravou precaridade social em França

Lei da prostituição agravou precaridade social em França
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De Francisco Marques
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Conclusão surge em estudo realizado junto de mais de meio milhar de trabalhadores do sexo dois anos após implementação das pesadas punições aos clientes

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Um estudo recente em França conclui que a lei da prostituição implementada há dois anos veio trazer mais dificuldades àqueles que deveria proteger e agravar a precariedade social no país.

De acordo com a pesquisa, 63 por cento dos trabalhadores na prostituição denunciam ter agora piores condições de trabalho, enquanto 78 por cento estão a ganhar menos dinheiro e a ter mais dificuldades de subsistência.

Via Skype, falámos com Thierry Schaffa, prostituto e membro do STRASS, um sindicato de trabalhadores do sexo.

"Esta lei veio dar mais poder negocial aos clientes. É mais difícil impor o uso de preservativos. Os preços baixaram e há também mais agressões porque corremos mais riscos ao termos de procurar locais mais perigosos. Temos menos tempo para selecionar os clientes. Enfim, não vejo nada positivo nesta lei", alega Thierry Schaffa.

A lei foi aprovada e implementada em abril de 2016. Provocou muitos protestos.

Entre as medidas, impunha pesadas multas entre os 1500 e os 3750 euros aos clientes com o objetivo de reprimir a procura do sexo pago a profissionais do setor.

Incluía também a criação de programas de reinserção social para quem aceitasse abandonar o trabalho sexual. Sem sucesso. Sobretudo porque os incentivos nem chegam aos 400 euros.

Dois anos depois, a pesquisadora Héléne le Bail falou com mais 580 trabalhadores do sexo.

Entre as conclusões, está a diminuição drástica dos melhores clientes devido à pesada punição ainda que em dois anos apenas dois mil coimas terão sido aplicadas.

Agravou-se sobretudo a precariedade social. A prostituição dá agora menos dinheiro, dificulta o o à habitação e até mesmo a subsistência de quem depende de vender sexualmente o corpo para pagar as contas.

Outras fontes • Le Monde

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