{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2018/01/22/julgamento-do-processo-fizz-comeca-com-ausente-de-peso-manuel-vicente" }, "headline": "Julgamento do processo \u0022Fizz\u0022 come\u00e7a com ausente de peso: Manuel Vicente", "description": "Arrancam em Lisboa as audi\u00eancias do processo que tem abalado as rela\u00e7\u00f5es diplom\u00e1ticas entre Angola e Portugal.", "articleBody": "Com ag\u00eancia LUSA O julgamento da \u0022opera\u00e7\u00e3o Fizz\u0022 , na origem da maior crise diplom\u00e1tica dos \u00faltimos tempos entre Angola e Portugal , come\u00e7a esta segunda-feira com um grande ausente: Manuel Vicente . O ex-Vice-Presidente angolano, acusado de corrup\u00e7\u00e3o ativa e branqueamento de capitais, n\u00e3o vai estar presente na audi\u00eancia, j\u00e1 que a defesa do antigo n\u00famero dois do governo de Luanda, presidente da Sonangol \u00e0 altura dos factos que lhe s\u00e3o imputados, pediu a separa\u00e7\u00e3o dos v\u00e1rios processos em causa. Esse pedido deve, ali\u00e1s, dominar o primeiro dia de audi\u00eancias. Al\u00e9m disso, a justi\u00e7a angolana alega nunca ter recebido a carta rogat\u00f3ria do Minist\u00e9rio P\u00fablico (MP) portugu\u00eas, em que \u00e9 pedida a constitui\u00e7\u00e3o de Manuel Vicente como arguido. O advogado de Manuel Vicente tem alegado que o seu cliente nem sequer foi notificado da acusa\u00e7\u00e3o de corrup\u00e7\u00e3o e branqueamento de capitais imputada pelo Minist\u00e9rio P\u00fablico e entende que o antigo presidente da Sonangol n\u00e3o pode ser julgado neste processo em Portugal, devendo o assunto ser suscitado no per\u00edodo de quest\u00f5es pr\u00e9vias do julgamento. Segundo a defesa, o processo sofreu v\u00edcios processuais que o afetam e colocam em causa. Por outro lado, o presidente do coletivo de ju\u00edzes, Alfredo Costa, j\u00e1 concordou com a posi\u00e7\u00e3o do MP em recusar a transfer\u00eancia do processo de Manuel Vicente para Angola, decis\u00e3o que est\u00e1 em recurso no Tribunal da Rela\u00e7\u00e3o de Lisboa. O magistrado enviou, a 07 de novembro de 2017, uma carta rogat\u00f3ria \u00e0s autoridades de Angola para que Manuel Vicente fosse constitu\u00eddo arguido e que seja notificado de \u0022todo o conte\u00fado da acusa\u00e7\u00e3o proferida nos autos\u0022, explicando que disp\u00f5e de 20 dias contados a partir da data da notifica\u00e7\u00e3o para requerer, caso assim o entenda, a abertura da instru\u00e7\u00e3o. A recusa em transferir a mat\u00e9ria processual para as autoridades judici\u00e1rias angolanas, ao abrigo de conven\u00e7\u00f5es judici\u00e1rias com a LP, levou o Presidente angolano, Jo\u00e3o Louren\u00e7o, a classificar como \u0022uma ofensa\u0022 a atitude da Justi\u00e7a portuguesa, advertindo que as rela\u00e7\u00f5es entre os dois pa\u00edses v\u00e3o \u0022depender muito\u0022 da resolu\u00e7\u00e3o do caso.\u00a0 De que \u00e9 acusado Manuel Vicente? Vicente\u00a0\u00e9 acusado de corrup\u00e7\u00e3o ativa em coautoria com o advogado Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais, em coautoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e falsifica\u00e7\u00e3o de documento, com os mesmos arguidos. Ainda enquanto presidente da Sonangol, come\u00e7ou a ser investigado em Portugal num caso relacionado com a compra de uma casa de luxo no Estoril, um processo que ficou conhecido por \u0022caso Portmill\u0022. Quando Vicente \u00e9 convidado a integrar a istra\u00e7\u00e3o angolana, com medo de eventuais consequ\u00eancias pol\u00edticas, ter\u00e1 ent\u00e3o oferecido \u0022luvas\u0022 ao procurador portugu\u00eas Orlando Figueira, que entretanto se afasta do cargo na justi\u00e7a portuguesa e integra os quadros do Millennium B - onde Vicente tem lugar no Conselho de istra\u00e7\u00e3o - e mais tarde da filial Activo Bank e da Primagest, empresa ligada \u00e0 Sonangol. Al\u00e9m dos cargos \u0022confort\u00e1veis\u0022 no setor privado, Figueira ter\u00e1 recebido pagamentos num total de 760 mil euros para arquivar o processo contra Vicente. Figueira foi constitu\u00eddo arguido e colocado em pris\u00e3o preventiva, que seria mais tarde alterada para pris\u00e3o domicili\u00e1ria. A sedu\u00e7\u00e3o dos d\u00f3lares angolanos Orlando Figueira \u00e9 a outra pe\u00e7a-chave deste processo. O procurador portugu\u00eas confessou estar a ar por uma separa\u00e7\u00e3o e por dificuldades financeiras quando, em 2011, aceitou pedir uma licen\u00e7a sem vencimento do MP e come\u00e7ar a trabalhar no setor privado, mas alega que tudo se ou dentro da legalidade. Ter\u00e1 mesmo assinado um contrato para trabalhar em Angola, o que nunca chegou a acontecer. Em sua defesa, disse ao seman\u00e1rio Sol :\u00a0 O MP come\u00e7ou a investiga\u00e7\u00e3o do fim para o princ\u00edpio; Bem sabendo que tinham um inocente preso; que estavam a enlamear a figura de um Chefe de Estado tamb\u00e9m ele inocente, prejudicando de uma forma totalmente irrespons\u00e1vel as rela\u00e7\u00f5es diplom\u00e1ticas entre dois Estados Soberanos, Portugal e Angola.\u00a0 Nega as \u0022luvas\u0022 que \u00e9 acusado de ter recebido. Os os com Angola come\u00e7aram com um convite de Paulo Blanco ,\u00a0advogado do Estado angolano, para participar na \u0022semana da legalidade\u0022 que decorreu em Luanda em abril de 2011. Foi o primeiro de v\u00e1rios encontros com Vicente e com os seus representantes - encontros que aram, muitas vezes, pelas mesas do Hotel Ritz em Lisboa. Blanco acabou tamb\u00e9m por ser constitu\u00eddo arguido neste processo. Carlos Silva, presidente do Banco Privado Atl\u00e2ntico , ter\u00e1 sido o autor do convite para que Figueira fosse trabalhar na banca e \u00e9 outra das figuras-chave do processo, mas n\u00e3o \u00e9 argu\u00eddo. J\u00e1 Armindo Pires, representante de Manuel Vicente em Portugal , \u00e9 acusado no processo. Cronologia 2016 23 fev Manuel Vicente e o seu advogado, Paulo Blanco, s\u00e3o indiciados por corrup\u00e7\u00e3o ativa em coautoria, ap\u00f3s buscas realizadas no escrit\u00f3rio do caus\u00eddico em Lisboa. O procurador do Minist\u00e9rio P\u00fablico Orlando Figueira \u00e9 detido no mesmo dia pela Pol\u00edcia Judici\u00e1ria por corrup\u00e7\u00e3o e branqueamento de capitais, sendo suspeito de ter arquivado processos contra altos dirigentes angolanos a troco de \u0022luvas\u0022. 25 fev A ju\u00edza de instru\u00e7\u00e3o criminal determina pris\u00e3o preventiva para Orlando Figueira, por considerar que h\u00e1 fortes ind\u00edcios da pr\u00e1tica do crime de corrup\u00e7\u00e3o iva e tamb\u00e9m de branqueamento e falsidade. O Minist\u00e9rio P\u00fablico anuncia em comunicado que o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, n\u00e3o \u00e9 arguido no \u00e2mbito da \u0022Opera\u00e7\u00e3o Fizz\u0022, que levou \u00e0 pris\u00e3o o procurador do Minist\u00e9rio P\u00fablico Orlando Figueira. As duas pessoas constitu\u00eddas arguidas no \u00e2mbito da \u0022Opera\u00e7\u00e3o Fizz\u0022 s\u00e3o o procurador Orlando Figueira e o advogado Paulo Blanco, que representou o vice-Presidente de Angola na compra de um apartamento no edif\u00edcio Estoril Sol, em 2012. O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, diz que n\u00e3o tem informa\u00e7\u00e3o \u0022cred\u00edvel\u0022 sobre a indicia\u00e7\u00e3o, em Portugal, do vice-Presidente, por corrup\u00e7\u00e3o ativa, escusando-se a comentar se a opera\u00e7\u00e3o poder\u00e1 afetar as rela\u00e7\u00f5es bilaterais. 26 fev A ministra da Justi\u00e7a portuguesa, Francisca Van Dunem, nega que o caso que levou \u00e0 pris\u00e3o preventiva do procurador Orlando Figueira tenha provocado um problema de credibilidade do Minist\u00e9rio P\u00fablico. 27 fev A Procuradoria-Geral da Rep\u00fablica confirma a realiza\u00e7\u00e3o de dilig\u00eancias de pesquisa no seu departamento de inform\u00e1tica, no \u00e2mbito da \u0022Opera\u00e7\u00e3o Fizz\u0022, que levou \u00e0 pris\u00e3o do procurador do Minist\u00e9rio P\u00fablico Orlando Figueira. O jornal P\u00fablico noticiou no mesmo dia que procuradores acompanhados por elementos da Pol\u00edcia Judici\u00e1ria estiveram na PGR para recolher informa\u00e7\u00e3o eletr\u00f3nica, j\u00e1 que \u00e9 naquele edif\u00edcio que est\u00e3o localizados os servidores que am a rede do Minist\u00e9rio P\u00fablico e armazenam o correio eletr\u00f3nico dos procuradores. 29 fev O embaixador de Angola em Portugal refere que os dois pa\u00edses trabalham para uma \u0022melhoria permanente\u0022 das rela\u00e7\u00f5es. \u0022\u00c9 bom costume n\u00e3o interferir nos assuntos que est\u00e3o a ser tratados de modo competente por quem de direito\u0022, diz Marcos Barrica. 02 mar -- O vice-Presidente angolano declara ser \u0022completamente alheio \u00e0 contrata\u00e7\u00e3o\u0022 do procurador Orlando Figueira para o setor privado, assim como a \u0022qualquer pagamento\u0022 de que alegadamente aquele magistrado beneficiou. \u0022Sou completamente alheio, nomeadamente, \u00e0 contrata\u00e7\u00e3o de um magistrado do Minist\u00e9rio P\u00fablico portugu\u00eas para fun\u00e7\u00f5es no setor privado, bem como a qualquer pagamento de que se diz ter beneficiado, conforme relatos da comunica\u00e7\u00e3o social, alegadamente por uma sociedade com a qual eu n\u00e3o tinha nenhuma esp\u00e9cie de rela\u00e7\u00e3o, e que n\u00e3o era nem nunca foi subsidi\u00e1ria da Sonangol\u0022 , diz Manuel Vicente, que foi da petrol\u00edfera angolana. Numa nota enviada \u00e0 Lusa, Vicente salienta que o seu envolvimento na investiga\u00e7\u00e3o portuguesa \u0022n\u00e3o tem, pois, qualquer fundamento\u0022, por\u00e9m manifesta-se \u0022totalmente dispon\u00edvel para o esclarecimento dos factos (...), de modo a por termo a qualquer tipo de suspei\u00e7\u00f5es\u0022. 04 mar O estatal Jornal de Angola denuncia, em editorial, a \u0022instrumentaliza\u00e7\u00e3o da Justi\u00e7a portuguesa\u0022 para \u0022lan\u00e7ar na lama\u0022 o nome de dirigentes angolanos. 22 jun O Tribunal da Rela\u00e7\u00e3o de Lisboa altera a medida de coa\u00e7\u00e3o de Orlando figueira para pris\u00e3o domicili\u00e1ria com pulseira eletr\u00f3nica. 2017 16 fev O Minist\u00e9rio P\u00fablico acusa Orlando Figueira, Manuel Vicente, Paulo Blanco e Armindo Pires, representante em Portugal do vice-Presidente angolano. Orlando Figueira \u00e9 acusado de corrup\u00e7\u00e3o iva, branqueamento (em coautoria com os outros tr\u00eas arguidos), viola\u00e7\u00e3o de segredo de justi\u00e7a e falsifica\u00e7\u00e3o de documento (em coautoria com os restantes arguidos). Manuel Vicente, \u00e0 data dos factos presidente da Sonangol, \u00e9 acusado de corrup\u00e7\u00e3o ativa (em coautoria com os arguidos Paulo Blanco e Armindo Pires), de branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos) e falsifica\u00e7\u00e3o de documento (em coautoria com os restantes arguidos). Entre os acusados est\u00e3o ainda o advogado Paulo Blanco, que vai responder por corrup\u00e7\u00e3o ativa (em coautoria com os arguidos Manuel Vicente e Armindo Perp\u00e9tuo Pires), branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos), viola\u00e7\u00e3o de segredo de justi\u00e7a e falsifica\u00e7\u00e3o de documento (tamb\u00e9m em coautoria com os restantes arguidos). Armindo Pires, representante em Portugal de Manuel Vicente, \u00e9 acusado de corrup\u00e7\u00e3o ativa (em coautoria com os arguidos Paulo Blanco e Manuel Vicente), branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos) e falsifica\u00e7\u00e3o de documento (em coautoria com os restantes arguidos). 16 fev Rui Patr\u00edcio, advogado do vice-Presidente de Angola, afirma que o seu cliente n\u00e3o foi notificado, nem informado, de qualquer acusa\u00e7\u00e3o. 17 fev O Presidente portugu\u00eas, Marcelo rebelo de Sousa, considera que a acusa\u00e7\u00e3o ao vice-Presidente angolano corresponde ao \u0022funcionamento normal das institui\u00e7\u00f5es\u0022 e \u00e0 \u0022separa\u00e7\u00e3o de poderes em Portugal\u0022. O embaixador de Angola em Lisboa remete para a justi\u00e7a portuguesa a justifica\u00e7\u00e3o da acusa\u00e7\u00e3o ao vice-Presidente angolano, e separa o caso das rela\u00e7\u00f5es institucionais entre os dois pa\u00edses. \u0022Quem acusou \u00e9 que sabe porque \u00e9 que o fez, mas n\u00f3s n\u00e3o estamos aqui para comentar isso\u0022, declara Marcos Barrica. 21 fev Uma visita programada da ministra da Justi\u00e7a portuguesa a Angola \u00e9 adiada \u0022sine die\u0022, a pedido das autoridades angolanas. 22 fev O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros afirma que o Governo portugu\u00eas continua a preparar a visita do primeiro-ministro a Angola, prevista para a primavera. 26 fev O Jornal de Angola retoma as cr\u00edticas a Portugal, afirmando que \u0022custa ver tanta falta de vergonha\u0022, a prop\u00f3sito da divulga\u00e7\u00e3o pela comunica\u00e7\u00e3o social do processo envolvendo Manuel Vicente. 28 fev A UNITA, maior partido de oposi\u00e7\u00e3o em Angola, classifica como \u0022chantagem e inger\u00eancia nos assuntos de Portugal\u0022 a rea\u00e7\u00e3o do Governo angolano \u00e0 divulga\u00e7\u00e3o da acusa\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio P\u00fablico portugu\u00eas a Manuel Vicente e desafia as autoridades do seu pa\u00eds a investigar. 08 abr A defesa do vice-Presidente angolano nega que Vicente se tenha recusado a vir a Portugal prestar esclarecimentos no processo, como \u00e9 indicado no despacho do Minist\u00e9rio P\u00fablico. 05 jun O ministro da Justi\u00e7a angolano ite reequacionar a coopera\u00e7\u00e3o judici\u00e1ria com Portugal, mostrando-se \u0022estupefacto\u0022 por o Minist\u00e9rio P\u00fablico portugu\u00eas ter avan\u00e7ando para a fase Instru\u00e7\u00e3o no processo envolvendo Manuel Vicente, sem esperar pela resposta de Angola. 21 jun O Tribunal de Instru\u00e7\u00e3o Criminal de Lisboa decide levar a julgamento os arguidos. No processo, que investigou crimes econ\u00f3mico-financeiros, o vice-Presidente angolano \u00e9 suspeito de ter corrompido Orlando Figueira para que o procurador arquivasse dois inqu\u00e9ritos, um deles o caso Portmill, relacionado com a alegada aquisi\u00e7\u00e3o de um im\u00f3vel de luxo no Estoril. Em causa na 'Opera\u00e7\u00e3o Fizz' est\u00e3o alegados pagamentos de Manuel Vicente, no valor de 760 mil euros, a Orlando Figueira. 21 set O ministro da Justi\u00e7a de Angola, Rui Mangueira, avista-se em Lisboa com o Presidente portugu\u00eas, mas n\u00e3o \u00e9 revelado o teor da reuni\u00e3o. 22 ago Jo\u00e3o Louren\u00e7o vence as presidenciais em Angola e sucede a Jos\u00e9 Eduardo dos Santos. Manuel Vicente deixa de ser vice-Presidente e \u00e9 eleito deputado pelo MPLA. 27 set A defesa de Manuel Vicente espera que um parecer pedido pelo primeiro-ministro portugu\u00eas ao Conselho Consultivo do Minist\u00e9rio P\u00fablico possa trazer \u0022melhor luz ao caso e \u00e0s quest\u00f5es legais e de Estado\u0022, mas o documento nunca foi revelado. 04 out O procurador-geral da Rep\u00fablica de Angola diz que as autoridades portuguesas chegaram a equacionar o envio do processo com a investiga\u00e7\u00e3o ao ex-vice-Presidente angolano para Luanda, mas que recuaram ap\u00f3s a publica\u00e7\u00e3o de uma Lei de Amnistia que abrange Manuel Vicente e outros pol\u00edticos. 23 out O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros portugu\u00eas afirma que Portugal e Angola v\u00e3o trabalhar \u0022no sentido de novos os\u0022 na agenda bilateral, salientando que as rela\u00e7\u00f5es entre os dois pa\u00edses \u0022nunca tiveram nuvens\u0022. O embaixador de Angola em Portugal ite que as rela\u00e7\u00f5es entre os dois pa\u00edses \u0022est\u00e3o neste momento numa frieza\u0022, como \u0022de resto publicamente j\u00e1 se fez sentir\u0022. 14 nov Segundo um documento a que a Lusa teve o, o juiz do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa enviou a 07 de novembro uma carta rogat\u00f3ria \u00e0s autoridades de Angola para que Manuel Vicente fosse constitu\u00eddo arguido. 25 nov A Procuradoria-Geral da Rep\u00fablica de Angola garante que n\u00e3o recebeu qualquer carta rogat\u00f3ria proveniente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. 29 nov O ministro das Rela\u00e7\u00f5es Exteriores angolano avisa que enquanto o caso que envolve a Justi\u00e7a portuguesa e Manuel Vicente n\u00e3o tiver um desfecho, Angola \u0022n\u00e3o se mover\u00e1 nas a\u00e7\u00f5es de coopera\u00e7\u00e3o com Portugal\u0022. 30 nov O chefe da Diplomacia angolana defendeu hoje a transfer\u00eancia para a Justi\u00e7a do pa\u00eds do processo que envolve Manuel Vicente e garantiu que Angola sobreviver\u00e1 a uma crise de rela\u00e7\u00f5es com Portugal. 04 dez O ministro da Comunica\u00e7\u00e3o Social de Angola, Jo\u00e3o Melo, afirma que a investiga\u00e7\u00e3o em Portugal a Manuel Vicente \u0022foi mediatizada\u0022 quando este era vice-Presidente da Rep\u00fablica, demonstrando a \u0022intencionalidade\u0022 da Procuradoria-Geral da Rep\u00fablica portuguesa. 2018 08 jan O Presidente angolano, Jo\u00e3o Louren\u00e7o, classifica a atitude da Justi\u00e7a portuguesa como \u0022uma ofensa\u0022 para Angola e avisa que as rela\u00e7\u00f5es com Portugal v\u00e3o \u0022depender muito\u0022 da resolu\u00e7\u00e3o do caso em torno do caso do ex-vice-Presidente O presidente do Sindicato dos Magistrados do Minist\u00e9rio P\u00fablico de Portugal, Ant\u00f3nio Ventinhas, lembra que o \u0022poder executivo n\u00e3o pode condicionar a atua\u00e7\u00e3o do poder judicial\u0022. A defesa do antigo vice-Presidente de Angola considera que o processo judicial 'Opera\u00e7\u00e3o Fizz' sofreu v\u00edcios processuais que o colocam em causa e que as quest\u00f5es relacionadas com Manuel Vicente deviam ser analisadas pela justi\u00e7a angolana. 09 jan O juiz que vai julgar o caso concordou com a posi\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio P\u00fablico em recusar a transfer\u00eancia do processo do antigo vice-Presidente angolano Manuel Vicente para Angola, decis\u00e3o que foi objeto de recurso para a Rela\u00e7\u00e3o, segundo informa\u00e7\u00e3o prestada pela Procuradoria-Geral da Rep\u00fablica \u00e0 Lusa. 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Julgamento do processo "Fizz" começa com ausente de peso: Manuel Vicente

Julgamento do processo "Fizz" começa com ausente de peso: Manuel Vicente
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De Ricardo Figueira com LUSA
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Arrancam em Lisboa as audiências do processo que tem abalado as relações diplomáticas entre Angola e Portugal.

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Com agência LUSA

O julgamento da "operação Fizz", na origem da maior crise diplomática dos últimos tempos entre Angola e Portugal, começa esta segunda-feira com um grande ausente: Manuel Vicente. O ex-Vice-Presidente angolano, acusado de corrupção ativa e branqueamento de capitais, não vai estar presente na audiência, já que a defesa do antigo número dois do governo de Luanda, presidente da Sonangol à altura dos factos que lhe são imputados, pediu a separação dos vários processos em causa. Esse pedido deve, aliás, dominar o primeiro dia de audiências. Além disso, a justiça angolana alega nunca ter recebido a carta rogatória do Ministério Público (MP) português, em que é pedida a constituição de Manuel Vicente como arguido.

O advogado de Manuel Vicente tem alegado que o seu cliente nem sequer foi notificado da acusação de corrupção e branqueamento de capitais imputada pelo Ministério Público e entende que o antigo presidente da Sonangol não pode ser julgado neste processo em Portugal, devendo o assunto ser suscitado no período de questões prévias do julgamento.

Segundo a defesa, o processo sofreu vícios processuais que o afetam e colocam em causa.

Por outro lado, o presidente do coletivo de juízes, Alfredo Costa, já concordou com a posição do MP em recusar a transferência do processo de Manuel Vicente para Angola, decisão que está em recurso no Tribunal da Relação de Lisboa.

O magistrado enviou, a 07 de novembro de 2017, uma carta rogatória às autoridades de Angola para que Manuel Vicente fosse constituído arguido e que seja notificado de "todo o conteúdo da acusação proferida nos autos", explicando que dispõe de 20 dias contados a partir da data da notificação para requerer, caso assim o entenda, a abertura da instrução.

A recusa em transferir a matéria processual para as autoridades judiciárias angolanas, ao abrigo de convenções judiciárias com a LP, levou o Presidente angolano, João Lourenço, a classificar como "uma ofensa" a atitude da Justiça portuguesa, advertindo que as relações entre os dois países vão "depender muito" da resolução do caso. 

De que é acusado Manuel Vicente?

Vicente é acusado de corrupção ativa em coautoria com o advogado Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais, em coautoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e falsificação de documento, com os mesmos arguidos. Ainda enquanto presidente da Sonangol, começou a ser investigado em Portugal num caso relacionado com a compra de uma casa de luxo no Estoril, um processo que ficou conhecido por "caso Portmill". Quando Vicente é convidado a integrar a istração angolana, com medo de eventuais consequências políticas, terá então oferecido "luvas" ao procurador português Orlando Figueira, que entretanto se afasta do cargo na justiça portuguesa e integra os quadros do Millennium B - onde Vicente tem lugar no Conselho de istração - e mais tarde da filial Activo Bank e da Primagest, empresa ligada à Sonangol. Além dos cargos "confortáveis" no setor privado, Figueira terá recebido pagamentos num total de 760 mil euros para arquivar o processo contra Vicente. Figueira foi constituído arguido e colocado em prisão preventiva, que seria mais tarde alterada para prisão domiciliária.

**A sedução dos dólares angolanos **

Orlando Figueira é a outra peça-chave deste processo. O procurador português confessou estar a ar por uma separação e por dificuldades financeiras quando, em 2011, aceitou pedir uma licença sem vencimento do MP e começar a trabalhar no setor privado, mas alega que tudo se ou dentro da legalidade. Terá mesmo assinado um contrato para trabalhar em Angola, o que nunca chegou a acontecer. Em sua defesa, disse ao semanário SolO MP começou a investigação do fim para o princípio; Bem sabendo que tinham um inocente preso; que estavam a enlamear a figura de um Chefe de Estado também ele inocente, prejudicando de uma forma totalmente irresponsável as relações diplomáticas entre dois Estados Soberanos, Portugal e Angola. 

Nega as "luvas" que é acusado de ter recebido. Os os com Angola começaram com um convite de Paulo Blanco, advogado do Estado angolano, para participar na "semana da legalidade" que decorreu em Luanda em abril de 2011. Foi o primeiro de vários encontros com Vicente e com os seus representantes - encontros que aram, muitas vezes, pelas mesas do Hotel Ritz em Lisboa. Blanco acabou também por ser constituído arguido neste processo. Carlos Silva, presidente do Banco Privado Atlântico, terá sido o autor do convite para que Figueira fosse trabalhar na banca e é outra das figuras-chave do processo, mas não é arguído. Já Armindo Pires, representante de Manuel Vicente em Portugal, é acusado no processo.

A primeira viagem de Figueira a Luanda deu-se em abril de 2011.

Cronologia

2016

**23 fev **

  • Manuel Vicente e o seu advogado, Paulo Blanco, são indiciados por corrupção ativa em coautoria, após buscas realizadas no escritório do causídico em Lisboa.
  • O procurador do Ministério Público Orlando Figueira é detido no mesmo dia pela Polícia Judiciária por corrupção e branqueamento de capitais, sendo suspeito de ter arquivado processos contra altos dirigentes angolanos a troco de "luvas".

25 fev

  • A juíza de instrução criminal determina prisão preventiva para Orlando Figueira, por considerar que há fortes indícios da prática do crime de corrupção iva e também de branqueamento e falsidade.

  • O Ministério Público anuncia em comunicado que o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, não é arguido no âmbito da "Operação Fizz", que levou à prisão o procurador do Ministério Público Orlando Figueira.

  • As duas pessoas constituídas arguidas no âmbito da "Operação Fizz" são o procurador Orlando Figueira e o advogado Paulo Blanco, que representou o vice-Presidente de Angola na compra de um apartamento no edifício Estoril Sol, em 2012.

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, diz que não tem informação "credível" sobre a indiciação, em Portugal, do vice-Presidente, por corrupção ativa, escusando-se a comentar se a operação poderá afetar as relações bilaterais.

**26 fev **

  • A ministra da Justiça portuguesa, Francisca Van Dunem, nega que o caso que levou à prisão preventiva do procurador Orlando Figueira tenha provocado um problema de credibilidade do Ministério Público.

27 fev

  • A Procuradoria-Geral da República confirma a realização de diligências de pesquisa no seu departamento de informática, no âmbito da "Operação Fizz", que levou à prisão do procurador do Ministério Público Orlando Figueira.
  • O jornal Público noticiou no mesmo dia que procuradores acompanhados por elementos da Polícia Judiciária estiveram na PGR para recolher informação eletrónica, já que é naquele edifício que estão localizados os servidores que am a rede do Ministério Público e armazenam o correio eletrónico dos procuradores.

29 fev

  • O embaixador de Angola em Portugal refere que os dois países trabalham para uma "melhoria permanente" das relações. "É bom costume não interferir nos assuntos que estão a ser tratados de modo competente por quem de direito", diz Marcos Barrica.

02 mar

  • -- O vice-Presidente angolano declara ser "completamente alheio à contratação" do procurador Orlando Figueira para o setor privado, assim como a "qualquer pagamento" de que alegadamente aquele magistrado beneficiou.

"Sou completamente alheio, nomeadamente, à contratação de um magistrado do Ministério Público português para funções no setor privado, bem como a qualquer pagamento de que se diz ter beneficiado, conforme relatos da comunicação social, alegadamente por uma sociedade com a qual eu não tinha nenhuma espécie de relação, e que não era nem nunca foi subsidiária da Sonangol", diz Manuel Vicente, que foi da petrolífera angolana.

  • Numa nota enviada à Lusa, Vicente salienta que o seu envolvimento na investigação portuguesa "não tem, pois, qualquer fundamento", porém manifesta-se "totalmente disponível para o esclarecimento dos factos (...), de modo a por termo a qualquer tipo de suspeições".

**04 mar **

  • O estatal Jornal de Angola denuncia, em editorial, a "instrumentalização da Justiça portuguesa" para "lançar na lama" o nome de dirigentes angolanos.

**22 jun **

  • O Tribunal da Relação de Lisboa altera a medida de coação de Orlando figueira para prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

2017

**16 fev **

  • O Ministério Público acusa Orlando Figueira, Manuel Vicente, Paulo Blanco e Armindo Pires, representante em Portugal do vice-Presidente angolano.

  • Orlando Figueira é acusado de corrupção iva, branqueamento (em coautoria com os outros três arguidos), violação de segredo de justiça e falsificação de documento (em coautoria com os restantes arguidos).

  • Manuel Vicente, à data dos factos presidente da Sonangol, é acusado de corrupção ativa (em coautoria com os arguidos Paulo Blanco e Armindo Pires), de branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos) e falsificação de documento (em coautoria com os restantes arguidos).

  • Entre os acusados estão ainda o advogado Paulo Blanco, que vai responder por corrupção ativa (em coautoria com os arguidos Manuel Vicente e Armindo Perpétuo Pires), branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos), violação de segredo de justiça e falsificação de documento (também em coautoria com os restantes arguidos).

  • Armindo Pires, representante em Portugal de Manuel Vicente, é acusado de corrupção ativa (em coautoria com os arguidos Paulo Blanco e Manuel Vicente), branqueamento de capitais (em coautoria com os restantes arguidos) e falsificação de documento (em coautoria com os restantes arguidos).

**16 fev **

  • Rui Patrício, advogado do vice-Presidente de Angola, afirma que o seu cliente não foi notificado, nem informado, de qualquer acusação.

**17 fev **

  • O Presidente português, Marcelo rebelo de Sousa, considera que a acusação ao vice-Presidente angolano corresponde ao "funcionamento normal das instituições" e à "separação de poderes em Portugal".
  • O embaixador de Angola em Lisboa remete para a justiça portuguesa a justificação da acusação ao vice-Presidente angolano, e separa o caso das relações institucionais entre os dois países. "Quem acusou é que sabe porque é que o fez, mas nós não estamos aqui para comentar isso", declara Marcos Barrica.

**21 fev **

  • Uma visita programada da ministra da Justiça portuguesa a Angola é adiada "sine die", a pedido das autoridades angolanas.

22 fev

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros afirma que o Governo português continua a preparar a visita do primeiro-ministro a Angola, prevista para a primavera.

**26 fev **

  • O Jornal de Angola retoma as críticas a Portugal, afirmando que "custa ver tanta falta de vergonha", a propósito da divulgação pela comunicação social do processo envolvendo Manuel Vicente.

**28 fev **

  • A UNITA, maior partido de oposição em Angola, classifica como "chantagem e ingerência nos assuntos de Portugal" a reação do Governo angolano à divulgação da acusação do Ministério Público português a Manuel Vicente e desafia as autoridades do seu país a investigar.

08 abr

  • A defesa do vice-Presidente angolano nega que Vicente se tenha recusado a vir a Portugal prestar esclarecimentos no processo, como é indicado no despacho do Ministério Público.

**05 jun **

  • O ministro da Justiça angolano ite reequacionar a cooperação judiciária com Portugal, mostrando-se "estupefacto" por o Ministério Público português ter avançando para a fase Instrução no processo envolvendo Manuel Vicente, sem esperar pela resposta de Angola.

**21 jun **

  • O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decide levar a julgamento os arguidos.

  • No processo, que investigou crimes económico-financeiros, o vice-Presidente angolano é suspeito de ter corrompido Orlando Figueira para que o procurador arquivasse dois inquéritos, um deles o caso Portmill, relacionado com a alegada aquisição de um imóvel de luxo no Estoril.

  • Em causa na 'Operação Fizz' estão alegados pagamentos de Manuel Vicente, no valor de 760 mil euros, a Orlando Figueira.

**21 set **

  • O ministro da Justiça de Angola, Rui Mangueira, avista-se em Lisboa com o Presidente português, mas não é revelado o teor da reunião.

22 ago

  • João Lourenço vence as presidenciais em Angola e sucede a José Eduardo dos Santos. Manuel Vicente deixa de ser vice-Presidente e é eleito deputado pelo MPLA.

**27 set **

  • A defesa de Manuel Vicente espera que um parecer pedido pelo primeiro-ministro português ao Conselho Consultivo do Ministério Público possa trazer "melhor luz ao caso e às questões legais e de Estado", mas o documento nunca foi revelado.

**04 out **

  • O procurador-geral da República de Angola diz que as autoridades portuguesas chegaram a equacionar o envio do processo com a investigação ao ex-vice-Presidente angolano para Luanda, mas que recuaram após a publicação de uma Lei de Amnistia que abrange Manuel Vicente e outros políticos.

**23 out **

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirma que Portugal e Angola vão trabalhar "no sentido de novos os" na agenda bilateral, salientando que as relações entre os dois países "nunca tiveram nuvens".
  • O embaixador de Angola em Portugal ite que as relações entre os dois países "estão neste momento numa frieza", como "de resto publicamente já se fez sentir".

**14 nov **

  • Segundo um documento a que a Lusa teve o, o juiz do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa enviou a 07 de novembro uma carta rogatória às autoridades de Angola para que Manuel Vicente fosse constituído arguido.

**25 nov **

  • A Procuradoria-Geral da República de Angola garante que não recebeu qualquer carta rogatória proveniente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa.

**29 nov **

  • O ministro das Relações Exteriores angolano avisa que enquanto o caso que envolve a Justiça portuguesa e Manuel Vicente não tiver um desfecho, Angola "não se moverá nas ações de cooperação com Portugal".

**30 nov **

  • O chefe da Diplomacia angolana defendeu hoje a transferência para a Justiça do país do processo que envolve Manuel Vicente e garantiu que Angola sobreviverá a uma crise de relações com Portugal.

**04 dez **

  • O ministro da Comunicação Social de Angola, João Melo, afirma que a investigação em Portugal a Manuel Vicente "foi mediatizada" quando este era vice-Presidente da República, demonstrando a "intencionalidade" da Procuradoria-Geral da República portuguesa.

2018

**08 jan **

  • O Presidente angolano, João Lourenço, classifica a atitude da Justiça portuguesa como "uma ofensa" para Angola e avisa que as relações com Portugal vão "depender muito" da resolução do caso em torno do caso do ex-vice-Presidente
  • O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público de Portugal, António Ventinhas, lembra que o "poder executivo não pode condicionar a atuação do poder judicial".
  • A defesa do antigo vice-Presidente de Angola considera que o processo judicial 'Operação Fizz' sofreu vícios processuais que o colocam em causa e que as questões relacionadas com Manuel Vicente deviam ser analisadas pela justiça angolana.

09 jan

  • O juiz que vai julgar o caso concordou com a posição do Ministério Público em recusar a transferência do processo do antigo vice-Presidente angolano Manuel Vicente para Angola, decisão que foi objeto de recurso para a Relação, segundo informação prestada pela Procuradoria-Geral da República à Lusa.
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