{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2017/11/16/ong-opublicam-relatorios-comprometedores-para-os-militares-da-antiga-birmania" }, "headline": "\u0022Abusos sexuais\u0022 e \u0022genoc\u00eddio\u0022 contra minoria rohingya em Myanmar", "description": "Human Rights Watch e Fortify Rights publicam relat\u00f3rios comprometedores para os militares da antiga Birm\u00e2nia", "articleBody": "Est\u00e1 em curso em Myanmar um \u201cgenoc\u00eddio\u201d contra a minoria isl\u00e2mica Rohingya com recurso inclusive a viol\u00eancia sexual contra mulheres e raparigas desta minoria mu\u00e7ulmana.Estas s\u00e3o as mais recentes acusa\u00e7\u00f5es reveladas pelos relat\u00f3rios publicados esta semana por duas organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o-governamentais (ONG) a operar na antiga Birm\u00e2nia.A Human Rights Watch (HRW) acusa os militares birmaneses de estarem a conduzir desde 25 de agosto uma opera\u00e7\u00e3o de \u201climpeza \u00e9tnica\u201d contra os rohingyas no estado de Rakhine, no norte do pa\u00eds. A investigadora Skye Wheeler, respons\u00e1vel pelo estudo, conclui que o resultado \u201c\u00e9 uma crise humanit\u00e1ria de impressionante escalada e severidade.\u201dO relat\u00f3rio da HRW teve por base dezenas de entrevistas a mulheres e meninas v\u00edtimas de abusos por soldados. H\u00e1 testemunhos aterrorizadores como o de uma sobrevivente que assistiu \u00e0 viola\u00e7\u00e3o e assass\u00ednio de uma vizinha. \u201cEra uma rapariga muito bonita chamada Din-Newaz. Tr\u00eas militares viram-na escondida, levaram-na para o exterior. Um deles deitou-a. Tiraram-lhe a roupa e dois deles violaram-na. Quando acabaram, o homem que a tinha deitado deu-lhe um tiro e matou-a. Eu vi tudo\u201d, contou a refugiada \u00e0 HRW.A Fortify Rights, por fim, associou-se ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos e acaba de publicar um documento de 30 p\u00e1ginas onde denuncia \u201ccrimes contra a Humanidade\u201d e \u201cuma campanha de limpeza \u00e9tnica\u201d cometidos pelas \u201cfor\u00e7as de seguran\u00e7a birmanesas e civis\u201d contra membros da minoria rohingya.\u201rovas de que estes atos representam um genoc\u00eddio contra a popula\u00e7\u00e3o rohingya n\u00e3o param de crescer\u201d, diz o relat\u00f3rio, dando conta de v\u00edtimas abatidas ou queimadas vivas.Yearlong investigation & 200+ in-depth interviews w #Rohingya survivors, eyewitnesses reveals atrocity crimes, need for int\u2019l action in new report by FortifyRights & HolocaustMuseum: https://t.co/ZOQEEUcfM0 pic.twitter.com/2BAH4stpmF\u2014 Fortify Rights (@FortifyRights) 15 de novembro de 2017Os autores entrevistaram mais de 200 pessoas (sobreviventes, testemunhas e trabalhadores humanit\u00e1rios) para documentar duas vagas de ataques levados a cabo pelas for\u00e7as birmanesas contra a minoria rohingya entre 09 de outubro e dezembro de 2016, e a partir do ado dia 25 de agosto.Num pa\u00eds com cerca de 90 por cento de budistas, os Rohingyas continuam a n\u00e3o ter direitos de cidadania, s\u00e3o perseguidos e, s\u00f3 nos \u00faltimos tr\u00eas meses, mais de 600.000 fugiram para o Bangladesh.", "dateCreated": "2017-11-16T15:09:57+01:00", "dateModified": "2017-11-16T15:09:57+01:00", "datePublished": "2017-11-16T15:09:57+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F404993%2F1440x810_404993.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Human Rights Watch e Fortify Rights publicam relat\u00f3rios comprometedores para os militares da antiga Birm\u00e2nia", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F404993%2F432x243_404993.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

"Abusos sexuais" e "genocídio" contra minoria rohingya em Myanmar

"Abusos sexuais" e "genocídio" contra minoria rohingya em Myanmar
Direitos de autor 
De Francisco Marques
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Human Rights Watch e Fortify Rights publicam relatórios comprometedores para os militares da antiga Birmânia

PUBLICIDADE

Está em curso em Myanmar um “genocídio” contra a minoria islâmica Rohingya com recurso inclusive a violência sexual contra mulheres e raparigas desta minoria muçulmana.

Estas são as mais recentes acusações reveladas pelos relatórios publicados esta semana por duas organizações não-governamentais (ONG) a operar na antiga Birmânia.

A Human Rights Watch (HRW) acusa os militares birmaneses de estarem a conduzir desde 25 de agosto uma operação de “limpeza étnica” contra os rohingyas no estado de Rakhine, no norte do país.

A investigadora Skye Wheeler, responsável pelo estudo, conclui que o resultado “é uma crise humanitária de impressionante escalada e severidade.”

O relatório da HRW teve por base dezenas de entrevistas a mulheres e meninas vítimas de abusos por soldados.

Há testemunhos aterrorizadores como o de uma sobrevivente que assistiu à violação e assassínio de uma vizinha. “Era uma rapariga muito bonita chamada Din-Newaz. Três militares viram-na escondida, levaram-na para o exterior. Um deles deitou-a. Tiraram-lhe a roupa e dois deles violaram-na. Quando acabaram, o homem que a tinha deitado deu-lhe um tiro e matou-a. Eu vi tudo”, contou a refugiada à HRW.

A Fortify Rights, por fim, associou-se ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos e acaba de publicar um documento de 30 páginas onde denuncia “crimes contra a Humanidade” e “uma campanha de limpeza étnica” cometidos pelas “forças de segurança birmanesas e civis” contra membros da minoria rohingya.

“Provas de que estes atos representam um genocídio contra a população rohingya não param de crescer”, diz o relatório, dando conta de vítimas abatidas ou queimadas vivas.

Yearlong investigation & 200+ in-depth interviews w #Rohingya survivors, eyewitnesses reveals atrocity crimes, need for int’l action in new report by FortifyRights</a> & <a href="https://twitter.com/HolocaustMuseum?ref_src=twsrc%5Etfw">HolocaustMuseum: https://t.co/ZOQEEUcfM0pic.twitter.com/2BAH4stpmF

— Fortify Rights (@FortifyRights) 15 de novembro de 2017

Os autores entrevistaram mais de 200 pessoas (sobreviventes, testemunhas e trabalhadores humanitários) para documentar duas vagas de ataques levados a cabo pelas forças birmanesas contra a minoria rohingya entre 09 de outubro e dezembro de 2016, e a partir do ado dia 25 de agosto.

Num país com cerca de 90 por cento de budistas, os Rohingyas continuam a não ter direitos de cidadania, são perseguidos e, só nos últimos três meses, mais de 600.000 fugiram para o Bangladesh.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Junta militar de Myanmar liberta mais de 4.500 prisioneiros, incluindo 22 presos políticos

Tribunal do Bangladesh emite mandado de captura contra antiga ministra do Trabalho do Reino Unido

Número de mortos no terramoto em Myanmar ultraa os 3.000 e há centenas de desaparecidos