{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2017/11/03/cop-23-feldheim-e-a-pequena-aldeia-que-concentra-as-atences-dos-grandes-da-onu" }, "headline": "COP 23: Feldheim \u00e9 a pequena aldeia que concentra as aten\u00e7\u00f5es dos grandes da ONU", "description": "A 23\u00aa Confer\u00eancia da ONU sobre Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas acontece na Alemanha - o pa\u00eds das energias renov\u00e1veis e do carv\u00e3o.", "articleBody": "A 23\u00aa Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas acontece em Bona, na Alemanha. Alguns dos estudos e workshops concentram-se na pequena aldeia de Feldheim onde vivem, aproximadamente, 120 pessoas juntamente com v\u00e1rias centenas de animais \u2013 \u00e9 claro. A aldeia \u00e9 uma grande produtora de energia renov\u00e1vel. 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COP 23: Feldheim é a pequena aldeia que concentra as atenções dos grandes da ONU

COP 23: Feldheim é a pequena aldeia que concentra as atenções dos grandes da ONU
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A 23ª Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas acontece na Alemanha - o país das energias renováveis e do carvão.

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A 23ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas acontece em Bona, na Alemanha.

Alguns dos estudos e workshops concentram-se na pequena aldeia de Feldheim onde vivem, aproximadamente, 120 pessoas juntamente com várias centenas de animais – é claro. A aldeia é uma grande produtora de energia renovável. Apenas 1% das energias renováveis produzidas aqui é utilizado pela própria aldeia, o restante destina-se a abastecer outras cidades e vilas.

Lors de la COP23</a>, 145 événements seront organisés à Bonn en plus des centaines d’activités sur les 2 sites officiels <a href="https://twitter.com/hashtag/ActionClimat?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#ActionClimat</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/COP23?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#COP23</a> <a href="https://t.co/daPW7Ukpvm">pic.twitter.com/daPW7Ukpvm</a></p>&mdash; ONU Climat (CCNUCC) 21 octobre 2017

Barbara Ral é responsável pela proteção climática da região e faz uma visita guiada pela aldeia: “O edifício cinzento é a central de aquecimento. É onde se encontra o tanque de água quente. E aqui, por trás das árvores, é possível ver a instalação de biogás que transforma resíduos dos porcos e das vacas em aquecimento e eletricidade. Depois temos as turbinas eólicas. Aqui está a central elétrica, era a maior da Europa quando foi construída. É onde a eletricidade é armazenada e a energia estabilizada. E aqui estão os painéis solares”.

A primeira turbina eólica na aldeia foi construída em 1995 por um empresário local. Existem agora 55 centrais eólicas e 284 painéis solares, assim como a central do biogás. Em 2010, a aldeia parou completamente de “importar” energia. Os preços da eletricidade são mais baixos do que em qualquer outro local da região, esta localidade está na vanguarda da revolução das energias renováveis da Alemanha e orgulha-se disso.

“É claro que os terrenos onde estão instaladas as turbinas eólicas estão perdidos. Mas, como com todas as coisas boas, existe sempre uma pequena desvantagem. Mas estamos orgulhosos do que está acontecer e do que criámos aqui”, explica o residente Siegfried Kappert.

No primeiro semestre de 2017, a Alemanha gerou cerca de 35% de sua energia elétrica a partir de fontes renováveis. Desde 2009, a produção de energia renovável na Alemanha quase duplicou, mas existe um outro lado nesta história.

“Provavelmente isto vai surpreender muitas pessoas, mas na Alemanha as emissões de CO2 não diminuíram desde 2009. Estamos no bom caminho nos nossos compromissos internacionais relativos às alterações climáticas. Mas quando se trata de realmente fazer alguma coisa aqui no país, o caso muda de figura. Há anos que estamos na mesma posição”, explica a especialista em assuntos do clima, Viviane Raddatz.

O grande responsável é o carvão. A mina de carvão a céu aberto de Jänschwalde fica a poucas horas a leste de Feldheim.Todos os anos são extraídas, aproximadamente, 11 milhões de toneladas de lenhite, ou carvão castanho. Cerca de 40% da produção de eletricidade da Alemanha vem do carvão. Os defensores do carvão, como Thoralf Schirmer, dizem que este combustível fóssil é necessário para que a Alemanha tenha uma fonte de energia estável.

“As energias renováveis existem. Está tudo em pleno andamento portanto existem em grande quantidade. Mas o problema é: como fornecer energia com segurança 24 horas por dia. Isso não é possível com as renováveis hoje. E é por isso que precisamos do apoio de fornecedores de energia convencionais como, especificamente, o carvão”.

As organizações ambientais não concordam. Apontam para exportações de energia para mostrar que o país pode ser autossuficiente em termos de energia sem recorrer ao carvão. De qualquer forma, o gás natural seria uma melhor alternativa ao carvão. A Alemanha comprometeu-se em reduzir as emissões, mas é pouco provável que atingir os objetivos, a menos que o carvão seja eliminado rapidamente.

“Para atingir os objetivos climáticos de Paris, é preciso tomar uma decisão e começar a eliminar o carvão agora. É preciso dar os primeiros os agora e não daqui 20 anos. Pode ser feito. E pode ser feito hoje”, acrescenta Viviane Raddatz.

“Não é possível fixar uma data. Depende de como o fornecimento de energia muda. Vamos continuar o tempo que for necessário e forneceremos eletricidade a partir de carvão para apoiar um fornecimento estável em termos de energia, na Alemanha”, conclui Thoralf Schirmer.

“A Alemanha é um país das maravilhas no que toca à energia renovável ou é ainda é preciso queimar carvão para fornecer energia aos cidadãos e à indústria? É um poucos das duas opções. E, provavelmente, vai continuar assim num futuro próximo” – diz o repórter da euronews, Jona Källgren.

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